Mundo

A Parada contra Trump

Por Clarissa Carvalhaes
Correspondente do Nocaute em NYC
Assista às imagens da Parada LGBT de Nova York:

NOVA YORK – Milhares de pessoas atravessaram a 5ª Avenida, em Nova York, para assistir e participar dos desfiles do orgulho gay no domingo (25). A celebração, no entanto, dividiu espaço com manifestos contra o presidente americano Donald Trump. Uma reação, aliás, mais do que natural diante das novas ameaças que os direitos dos homossexuais vêm sofrendo dentro do governo republicano.
 
A Parada de Nova York é conhecida como o maior evento gay do mundo, mas Trump mais uma vez mostrou que não se importa muito com o eleitorado e, ao contrário de Barack Obama, sequer emitiu nota em homenagem ao Mito do Orgulho. O troco veio nas ruas. Durante o ato, o manifesto pode ser visto em cartazes, adesivos, panfletos que chamavam o republicano de “presidente de um regime ilegítimo e fascista”, além de gritos de ordem que acusavam Trump de comprar a presidência.
 
Reafirmando a oposição à era republicana, o governador de Nova York, Andrew Cuomo; o prefeito da cidade, Bill de Blasio; além de muitos senadores democratas; marcaram presença na Gay Pride Parade e foram ovacionados pelo público. Cuomo foi lembrado pelo movimento por liderar o caminho da igualdade. O governador nomeou formalmente Paul G. Feinman para o Tribunal de Apelações de Nova York, o tribunal mais alto do estado. Feinman é o primeiro juiz abertamente gay a ocupar o cargo.
 
Paródias mil para um líder sem moral
Os protestos contra Trump na Gay Pride Parade não são uma exceção. Ao contrário, elas apenas refletem a postura diária de Nova York diante do presidente americano.
 
Caminhar pelas ruas e lojas da cidade e não tropeçar em qualquer paródia que tem Trump como inspiração é tarefa difícil. Nos últimos meses a situação do líder republicano diante da opinião pública é cada vez mais delicada. As polêmicas começam pela forma como Trump conduz medidas severas contra os imigrantes, a criação de um orçamento e plano de saúde de fome, as frases de ódio as mulheres e aos homossexuais, a postura diante do meio ambiente (quando os Estados Unidos deixaram o Acordo de Paris), a recorrente censura à imprensa e, obviamente, ao escândalo envolvendo o ex-diretor do FBI, James Comey e os russos durante a eleição presidencial no ano passado.
 
E como um tropeço seguido de outro não facilitam a vida de Trump, a postura fascista do líder americano promete levar milhares de pessoas às ruas de Nova York no próximo dia 15 de julho – ato que pedirá o impeachment do presidente. Enquanto isso, são vendidos à todo vapor camisas, broches, ímãs, adesivos, brinquedos, bonés e até papel higiênico com o rosto de Trump. Produtos que revelam, escrachadamente, para onde grande parte dos americanos deseja que seu presidente vá parar.
Veja também o ensaio fotográfico “O Olhar de NYC sobre Trump”: 

 

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