Marcado para as 20h30 da noite de ontem, quarta-feira (18), o panelaço contra o presidente da República começou meia hora antes. Por volta de 20 horas, panelas e gritos de “fora Bolsonaro”, “Bolsonaro acabou”, “fora Bozo” e “fascista”, começaram a ser ouvidos em várias partes do Brasil. O Estado de S.Paulo computou em pelo menos 22 das principais cidades brasileiras.
Em São Paulo, em bairros nobres como Higienópolis, Jardins, Perdizes, Pinheiros e também em bairros mais populares, os gritos ecoavam e muitas luzes dos apartamentos piscavam.
No Rio, ouviu-se barulho em Copacabana, Santa Teresa, Laranjeiras, Leblon, Ipanema, entre outros. A barulheira durou cerca de 40 minutos.
Em Perdizes, o morador de um prédio, bolsonarista, começou a focar os manifestantes com uma lanterna, tentando intimidá-los, mas foi logo escorraçado pela vizinhança com gritos de “fascista”.
Nove horas em ponto, horário marcado para o primeiro panelaço a favor de alguém, anunciado pelo presidente Bolsonaro durante a coletiva à tarde, ouvia-se uma panela aqui, outra ali.
O Jornal Nacional dedicou cinco minutos ao panelaço contra o presidente, pontuando sem pressa, cada bairro onde os gritos eram ouvidos. E dedicou pouco mais de 1 minuto para o outro panelaço, aquele anunciado por Bolsonaro. Segundo o apresentador Willian Bonner, “bem menor”.
No mesmo JN, durante uma participação ao vivo da repórter Giovana Teles, ouviu-se o som de um saxofonista entoando a canção “Olê Olê Olá, Lula Lula”. No final do telejornal, Bonner pediu desculpas aos telespectadores pelo vazamento da música que entrou pelo microfone da repórter, ecoando em todos os lares brasileiros.
