América⠀Latina

EUA libertam preso político portorriquenho após 36 anos

O militante independentista Óscar Lopez Rivera, 74, deixou a prisão nos Estados Unidos depois de 36 anos. Em 1981, ele havia sido preso pelo FBI e condenado a 55 anos de detenção, acusado de conspirar.
“Posso afirmar que meu espírito, minha dignidade e minha honra estão incólumes”, declarou à imprensa ao ser libertado.

Rivera agradeceu aos países e lideranças que defenderam sua libertação (Foto: Telesur)

Rivera agradeceu aos países e lideranças que defenderam sua libertação (Foto: Telesur)


Natural de San Sebastián, Porto Rico, mudou-se para Chicago com a família aos 14 anos. Foi recrutado pelo exército norte-americano para servir na Guerra do Vietnã. Ao voltar para os EUA, começou a militar em defesa do direito dos portorriquenhos. Em 1976, passou à clandestinidade.
Rivera fez parte da FALN (Forças Armadas de Libertação Nacional), uma organização que existiu entre 1960 e 1983 para lutar pela independência de Porto Rico, território não incorporado dos Estados Unidos. Durante todo seu período de atividade, a FALN foi considerada terrorista pelo FBI.
Quando foi capturado, em 1981, as acusações foram de conspiração, roubo e transporte de armas. Como seu objetivo era a luta pela independência de Porto Rico, Rivera foi considerado por muitos, inclusive por congressistas norte-americanos, um preso político.
Diversas lideranças internacionais na defesa dos direitos humanos defendiam sua anistia, como Rigoberta Menchu, Adolfo Pérez Esquivel, Desmond Tutu, Coretta Scott King.
Em 1988, teve a pena ampliada em 15 anos, acusado de elaborar um plano para tentar escapar da prisão. Em janeiro de 2017, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu anistia a Rivera.
Em junho de 2016, o Comitê Especial de Descolonização da ONU aprovou uma resolução que reafirma o direito inalienável do povo portorriquenho à livre determinação e à independência.
Os Estados Unidos têm 54 presos políticos,  sem contar presos de Guantánamo ou estrangeiros julgados nos EUA por crimes cometidos no exterior.

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *