Brasil

Como começou a sexta-feira

Com a chegada do inverno – de verdade – os principais jornais do país chegaram gelados às bancas.

Na calada da noite, enquanto a revista Veja estava rodando na gráfica da Editora Abril, os principais jornais do país estavam sendo fechados sem a bomba do dia. A novas revelações dos diálogos entre o então juiz Sergio Moro e o promotor Deltan Dallagnol, mostrando suas tenebrosas transações, publicadas pelo site The Intercept e a revista Veja, deixaram os jornais com cara de velho.

The Intercept Brasil

Na verdade, a principais manchetes foram pra reforma da Previdência, que deu um primeiro passo ontem, com a aprovação do texto-base pela Comissão Especial.

Abraços e beijinhos foram estampados em fotos nas primeiras páginas do Estadão e do Globo. A Folha preferiu a festa do Dia da Independência dos Estados Unidos.

Fotos Lula Marques
Foto: Keegan Barber

O Estadão, além da comemoração na Câmara dos Deputados, voltou a uma velha novela, no ar em São Paulo, há décadas: A poluição do Rio Tietê. Uma história sem fim, apesar dos milhões que já foram jogados ali.

Já que cada um fala o que quer, a declaração do ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles, sobre a Amazônia, foi parar na primeira página da Folha: “Temos um desmatamento que, em números inteiros, já é zero, é 0.2”.

O Globo foi o único a registrar na primeira página, numa manchetinha discreta, a visita à Lula do candidato à presidência da Argentina, Alberto Fernandez – que tem Cristina Kirchner como vice – acompanhado do ex-chanceler Celso Amorim.

A visita de Alberto Fernandes está na primeira página do jornal argentino Página 12, enquanto o direitista Clarín fala das negociações Macri/Bolsonaro.

O jornal italiano La Repubblica, um dos principais do país, estampa em sua manchete: “O Papa a Putin: Ajude a Venezuela”

A revista inglesa The Economist, a bíblia do conservadorismo, saiu com uma capa mostrando o conservadorismo sendo esfacelado.

A revista Veja virou a vedete das bancas hoje e nós aproveitamos para fazer uma pequena antologia das três últimas capas da revista com Sergio Moro. No total, foram seis até agora.

E os americanos amanheceram mais tristes hoje com a morte da revista satírica Mad, aos 67 anos. Morreu de morte morrida.

Mad Maganize

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