Fundada há 32 anos, a editora Companhia das Letras anunciou hoje que a Penguin Randon House passou a deter 70% do controle da empresa brasileira. O atual publisher e sócio da editora, Luiz Schwarcz (foto), passará a ser o CEO da nova empresa. Leia, a seguir a nota Oficial da Companhia, dirigida a seus autores:
“São Paulo/Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2018
Caros autores:
Hoje será noticiado que a Penguin Random House adquiriu o controle acionário do Grupo Companhia das Letras, e que seus fundadores, Luiz e Lilia Schwarcz, permanecem como sócios da empresa. A operação é um desdobramento da associação da Penguin à Companhia em 2011, e representa um claro sinal da confiança da maior editora trade do mundo no mercado editorial brasileiro.
Luiz Schwarcz seguirá exercendo o cargo de CEO, e Lilia Schwarcz, o de diretora de conteúdo. A editora não sofrerá qualquer modificação em sua estrutura de comando, e contará com absoluta autonomia editorial, mantendo inalteradas sua rotina e o objetivo de levar os melhores livros aos seus leitores, em todos os nichos em que atua.
Uma editora nada é sem seus autores. Este é, portanto, o momento e o lugar para reafirmar os princípios éticos e valores editoriais que nortearam nossa existência nesses 32 anos.
Somos a sua casa. Como sempre, fiquem totalmente à vontade se tiverem qualquer dúvida.
Abraços,
Equipe Companhia das Letras.”
A Random House, Inc. é uma das principais editoras em língua inglesa do mundo. Faz parte da Bertelsmann, empresa de mídia alemã. Além de Estados Unidos e Reino Unido, a Random House possui escritórios no Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Fundada em 1986 por Luiz Schwarcz e Lilia Moritz Schwarcz nos fundos da gráfica Cromocart, que pertencia ao avô de Luiz, a editora Companhia das Letras surgiu com foco original em literatura e ciências humanas. “Rumo à Estação Finlândia”, do americano Edmund Wilson, foi um dos quatros primeiros títulos publicados e logo se tornou um grande sucesso; no total foram 48 lançamentos no primeiro ano. Hoje são 16 selos dedicados aos mais variados segmentos.
Três anos depois a Companhia das Letras se associou aos irmãos Moreira Salles. Em 2009 a editora se juntou à Penguin para lançar a coleção de clássicos universais e nacionais no mercado brasileiro. Em 2011, a Penguin adquiriu 45% das ações da editora.
Em 2015, da junção da editora paulista Companhia das Letras com a carioca Objetiva nasceria o Grupo Companhia das Letras, que reúne o mais expressivo acervo de escritores e poetas brasileiros. Entre os nomes estão Chico Buarque, Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Morais, Lira Neto, Lucas Figueiredo, Mário Magalhães, Milton Hatoum. No catálogo estrangeiro estão José Saramago, Fernando Pessoa, Haruki Murakami, Italo Calvino, J. M. Coetzee, Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Oliver Sacks, Orhan Pamuk, Philip Roth e Salman Rushdie. Além dos autores de não-ficção, como Andrew Solomon, Daniel Goleman, Gay Talese, Simon Montefiore, Thomas L. Friedman, Walter Isaacson, Tony Judt, entre outros.
Nesta terça-feira, 30 de outubro de 2018, a editora anunciou que a Penguin Random House, maior grupo editorial do mundo, passará a ter controle majoritário da Companhia das Letras. O grupo passa a ter agora 70% de participação.
