Brasil

Senado quer que Jungmann explique declarações de general sobre intervenção militar

Ministro da Defesa, Raul Jungmann. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil


 
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado aprovou a realização de uma audiência pública com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para que ele explique as declarações do general de Exército Antonio Hamilton Martins Mourão a favor de uma intervenção militar para dar fim à crise política.
Mourão, secretário de economia e finanças do Exército, afirmou que “uma intervenção militar poderá ser adotada se o Judiciário não solucionar o problema político do Brasil”. A ameaça foi feita em uma palestra promovida pela maçonaria no dia 15 de setembro.
O general afirmou que chegará o momento em que os militares vão precisar impor a ação militar. Essa “imposição não será fácil”. Diz também que seus “companheiros” do Exército avaliam que não é o momento para realizar a intervenção.

Em entrevista ao jornalista Pedro Bial, o comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, disse que não haverá punição ao general pelas declarações e ainda elogiou Mourão: “é um grande soldado, uma figura fantástica, um gauchão…(…)Esta questão está resolvida internamente. Punição não vai haver. A maneira como Mourão se expressou deu margem a interpretações amplas, mas ele inicia a fala dizendo que segue as diretrizes do comandante. E o comando segue as diretrizes de promover a estabilidade, baseada na legalidade e preservar a legitimidade das instituições”.
Villas Bôas ainda declarou que a Constituição concede às Forças Armadas “um mandato” para intervir se o país estiver na “iminência de um caos”: “Se você recorrer ao que está na Constituição, no artigo 142, como atribuição das Forças Armadas, ela diz ali: que as Forças Armadas podem ser empregadas na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de um dos poderes. E isso tem acontecido recorrentemente. Estamos lá no Rio de Janeiro, estivemos lá no Espírito Santo. Mas, antes, no texto [constitucional], diz: as Forças Armadas se destinam à defesa da pátria e das instituições. Essa defesa das instituições, dos poderes constituídos, ela poderá ocorrer por iniciativa de um deles ou na iminência de um caos. Então, as Forças Armadas teriam um mandato para fazê-lo.”
 

Notícias relacionadas

  1. Avatar

    Jungman vai explicar nada. Ele deve estar se cagando de medo dos militares.
    Como que um golpista pode parar ou tentar parar outro golpista muito mais
    preparado e mais poderoso que ele?
    Jungman fede.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *