direita – Nocaute https://nocaute.blog.br Blog do escritor e jornalista Fernando Morais Tue, 23 Jun 2020 17:39:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.5.1 https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/06/nocaute-icone.png direita – Nocaute https://nocaute.blog.br 32 32 A falsa indignação da direita brasileira https://nocaute.blog.br/2020/06/23/a-falsa-indignacao-da-direita-brasileira/ Tue, 23 Jun 2020 17:39:16 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=67718 Ao ignorar o movimento de um amplo arco de forças políticas e sociais que defende o impeachment de Bolsonaro, a direita brasileira, que insiste em apoiar a política econômica suicida do governo, revela seu egoísmo e falta de compromisso democrático.

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Ao ignorar o movimento de um amplo arco de forças políticas e sociais que defende o impeachment de Bolsonaro, a direita brasileira, que insiste em apoiar a política econômica suicida do governo, revela seu egoísmo e falta de compromisso democrático.

Vivemos momentos de imprevisibilidade e instabilidade agravados por uma crise humanitária e, no caso do Brasil, por uma profunda crise política institucional, social e econômica. O golpe de 2016, a Lava Jato, o governo Temer e a vitória de Bolsonaro representaram o fim do pacto constitucional de 1988. Rasgado única e exclusivamente pela oposição de direita, com apoio da mídia monopolista, conivência da Suprema Corte e sinal verde dos militares que não vacilaram em vetar o habeas corpus para Lula.

Assim, nossas elites políticas, empresariais, militares e judiciais criaram as condições para a vitória de Bolsonaro e para sua própria derrota, tudo em nome de seus interesses expressos hoje na politica econômica, se é que se pode chamar assim, de Paulo Guedes, o ultra liberalismo tardio, o desmonte do Estado Nacional e de Bem Estar Social.

O mais grave é que persistem na mesma toada, buscam saídas com Bolsonaro, com Mourão, se recusam a apoiar seu impedimento apesar do desastre humanitário à vista. Uma tragédia nacional com mais de 50 mil mortos e 1 milhão de infectados.

Mesmo neste cenário de guerra, nada faz nossas elites abandonarem seus privilégios e interesses de classe. O adversário, para elas, não é o risco de um golpe ou o desastre em todas frentes do governo Bolsonaro e sim a esquerda e sua provável ou possível volta ao governo.

Bolsonaro segue acuado, mas atacando. Perdeu as ruas e seu isolamento cresce a cada dia. Daí a pergunta que é feita por todos: por que o PSDB se opõe ao impeachment, seguido pelo silêncio do DEM e MDB? A resposta é simples. Estes partidos querem se livrar de Bolsonaro, até porque avaliam que a seguir no seu ritmo ele levará novamente a esquerda ao poder, mas não querem assumir nenhum compromisso democrático, social ou econômico.

Questão de fundo

Há uma questão democrática de fundo. O PSDB não aceitou o resultado das urnas de 2014 e, na prática, não aceita uma alternativa de governo de esquerda, seja do PT ou de outro partido. A causa desse veto é que, com um governo de esquerda, não há espaço para suas políticas neoliberais e de Estado mínimo, espoliação máxima dos trabalhadores e concentração da renda sob a batuta do capital financeiro. 

E o cenário internacional, com a gravidade da crise que se avizinha pós pandemia, também mostra-se desfavorável às políticas que sustentaram até aqui o ideário tucano.

Os acontecimentos recentes no Chile, no Equador, na Colômbia; a vitória de candidatos de esquerda no México e na Argentina; os movimentos de protesto e resistência nos Estados Unidos são sinais de alerta para os partidos brasileiros de direita. São sinais de que a roda na história não parou e de que as classes trabalhadoras não aceitarão sem luta a continuidade do capitalismo real brasileiro, um dos de maior concentração de renda, riqueza e propriedade do mundo. É o fantasma de Lula que os assombra.

Se dependesse dos militares e de Bolsonaro, a esquerda já estaria excluída da vida institucional do país. A nossa direita liberal não fica atrás: faz de conta que não há uma interdição política a Lula e uma constante criminalização do PT e tentativas de fazê-lo com a luta social, de classes.

Esse equilíbrio instável e imprevisível que vivemos será rompido via impeachment ou cassação da chapa por pressão pelas ruas assim que a pandemia permitir. Nessa hora, a questão que se colocará é quem conduzirá a ruptura e a transição e qual será o seu caráter e duração e saída – provavelmente nas eleições de 2022.

Correlação de forças

Hoje, a correlação de forças não favorece as esquerdas, seus partidos políticos e movimentos sociais, com o MST à frente pelo maior poder de mobilização e apoio. Vamos lembrar sempre que Haddad obteve no primeiro turno de 18,32 milhões de votos, que as classes médias, sejam progressistas ou conservadoras, sairão às ruas depois da pandemia e que os setores mais explorados dos trabalhadores se mobilizam e já estão nas ruas. Poder de fogo que não coloca as esquerdas na liderança, mas é o suficiente para explicar o jogo de cena e de sombras ensaiado pela oposição de direita, o apoio explícito do centrão ao governo e as decisões constitucionais e de direito da Suprema Corte, que buscam colocar limites a Bolsonaro, como se isso fosse possível, de preferência chegar até 2022 com ele enquadrado.

Há uma variante, para além da alternativa de esquerda, que perturba os sonos e sonhos de nossas elites — o fantasma de Geisel, o Pro Brasil, o papel do Estado. É bem verdade que todos os indícios são de que os militares aderiram ao ultra liberalismo tardio, mas, por sobrevivência política e pragmatismo, podem optar por uma outra política econômica. 

As esquerdas vivem seus dilemas. PDT, PSB, REDE, PV e Cidadania optaram por uma aliança de centro-esquerda. Foram os primeiros a pedir o impeachment e, nitidamente, se afastam do PT, apesar da ação conjunta na Câmara e no Senado e entre as fundações partidárias e da luta comum pelo impedimento do presidente com o PT, PC do B, que está mais próximo deles, PSOL, PSTU, PCO e PCB.

Para o PT, o Fora Bolsonaro e o impeachment são o centro da luta. Mas a ausência das ruas e das mobilizações e o inaceitável impediento de Lula, com seus direitos políticos suspensos por uma condenação que deve e precisa ser anulada, coloca o PT, junto com toda esquerda, na defensiva. Isso abre espaço para que a direita liberal, com apoio da mídia e de seu peso institucional e econômico, busque saídas de compromisso com os militares e Bolsonaro.

O aprofundamento da crise sanitária, fruto da política genocida do governo e seus aliados; o crescente isolamento do Brasil no mundo com reflexos imediatos no comércio exterior e nos investimentos; a insuportável incompetência e ineficiência em todas frentes, sanitária, ambiental, educacional, cientifica, cultural, agravada pelos gravíssimas denúncias contra os filhos e a família de Bolsonaro; e as investigações e inquéritos sobre os crimes cometidos pelo presidente na campanha de 2018 e no governo compõem o cenário dramático que envolve o presidente da República. E, tudo indica, o obrigará a um acordo o que não condiz com a natureza e os objetivos autoritários de seu governo.

Em que país vive a elite?

A direita brasileira parece viver em outro pais, o que revela seu egoísmo e sua falsa indignação com Bolsonaro. Insiste com a imediata retomada da austeridade, das privatizações, das chamadas reformas, da manutenção do teto de gastos, regra de ouro, já fala em superávits em 2021 e 2022.

Para as classes trabalhadoras propõe mais sacrifícios e mais privações de seus direitos e espera que não aconteça nada. Ledo engano, haverá luta e grandes batalhas.

Sem compromisso democrático e sem nenhum aceno de mudanças na política econômica suicida, o que esperar? Nada além de um acordão que exclui uma saída democrática como foi a campanha das Diretas Já, onde havia um compromisso que desaguou na Constituinte de 1988. Um acordão que ignora a classe trabalhadora e o povo pobre do nosso país, que solapa seus direitos trabalhistas, sociais e de cidadania.

A oposição a Bolsonaro no país é ampla geral e irrestrita. Basta ver os manifestos, o apoio das entidades ao STF e em defesa da democracia. A oposição já está nas ruas e forma um amplo arco de forças sociais e políticas. Quem não ouve o país e essa maioria é a oposição de direita que se recusa a evitar o pior e abraçar já o impeachment.

Essa é a única escolha que nos impõe nossa consciência moral e responsabilidade política, custe o que custar. Com todos riscos, devemos lutar sem tréguas pelo fim do governo Bolsonaro.

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Sobre a polêmica proposta de uma frente ampla https://nocaute.blog.br/2020/06/15/sobre-a-polemica-proposta-de-uma-frente-ampla/ Mon, 15 Jun 2020 13:18:53 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=67184 “Só tenho um objetivo, a destruição de Hitler, e isso simplifica minha vida consideravelmente. Se Hitler invadisse o inferno, eu faria pelo menos uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns”. Winston Churchill disse essas frases a propósito da aliança com Stalin e a União Soviética – aliança que repugnava a muitos integrantes da classe dirigente britânica. Lembrei-me delas a propósito da nossa situação no Brasil hoje.

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“Só tenho um objetivo, a destruição de Hitler, e isso simplifica minha vida consideravelmente. Se Hitler invadisse o inferno, eu faria pelo menos uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns”. Winston Churchill disse essas frases a propósito da aliança com Stalin e a União Soviética – aliança que repugnava a muitos integrantes da classe dirigente britânica. Lembrei-me delas a propósito da nossa situação no Brasil hoje. 

A ideia de uma frente ampla em defesa da democracia é polêmica e suscita reações negativas compreensíveis. A principal razão é clara. Nos anos recentes, praticamente desapareceu o centro político no Brasil. Não existe mais, a rigor, um conjunto discernível e relevante de forças políticas de centro. Deve-se reconhecer, portanto, que propor uma frente ampla significa propor uma aliança da esquerda com a direita – uma aliança contra a extrema direita que se instalou em Brasília. 

A proposta é inegavelmente indigesta. A direita tradicional merece os epítetos que a esquerda costuma lançar contra ela. É repulsivo, em especial, defender a democracia ao lado de figuras que apoiaram e ativamente promoveram o golpe parlamentar de 2016 e as barbaridades subsequentes. A questão, leitor, é que – como a Inglaterra de Churchill – o Brasil corre um risco mortal. 

Como não perceber, a essa altura, que o que temos desde janeiro de 2019 é um governo de destruição nacional? Não há área da vida pública brasileira que não esteja submetida a um processo de desestabilização e desintegração – a economia, o emprego, a saúde em meio à pandemia, o meio ambiente, a educação, a cultura, a administração pública, as instituições, a soberania nacional. Temos um governo que se enrola na bandeira nacional para rastejar aos pés dos Estados Unidos. O Brasil perdeu toda a credibilidade no plano internacional e deixou de ser levado em conta como voz independente. Somos vistos hoje com um misto de desprezo, pena e preocupação. 

Já não escapa a ninguém, a essa altura, que o governo Bolsonaro constitui uma ameaça real ao que sobrou da democracia brasileira depois do golpe de 2016 e dos desmandos dos anos seguintes. Muitos que na justiça, na mídia e na política fazem oposição a Bolsonaro são integrantes, não raro destacados, da tradicional direita brasileira – agora alarmada com as tendências desagregadoras e ditatoriais do governo federal. 

Cabe lembrar que as camadas dirigentes nacionais são sempre muito sensíveis à opinião internacional, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. É um dos traços marcantes do seu vira-latismo. Tudo que é dito em inglês, por mais trivial e superficial, adquire para eles ares de profunda e inquestionável sabedoria. Assim, a visão profundamente negativa que se formou a respeito do governo brasileiro nos principais canais de mídia do Ocidente pesa – e muito – na decisão tardia de fazer oposição a Bolsonaro. 

O governo está mais isolado hoje do que estava há poucos meses. Desgastou-se muito pela maneira incompetente e irresponsável com que respondeu à pandemia. Infelizmente, porém, não é verdade que o seu governo tenha chegado ao fim da linha. Conserva importantes pontos de apoio – nas forças armadas, nas milícias, nas polícias militares e num segmento de cerca de 30% da opinião pública. Ainda tem, apesar de tudo, capacidade de produzir grandes estragos. 

Nessas condições, não deve a oposição de esquerda ou centro-esquerda engolir seco e trabalhar em conjunto, quando houver oportunidade, com forças da direita tradicional dispostas a defender a democracia e fazer oposição ao governo? Na minha modesta opinião, a resposta deve ser afirmativa. 

A questão é espinhosa, volto a dizer. O manifesto “Estamos Juntos”, por exemplo, pede que sejam deixadas de lado velhas disputas e apela para a união da esquerda, do centro e da direita. Percorri a lista de signatários e encontrei muitas pessoas que respeito e admiro. Mas a verdade é que, no seu conjunto, a lista é ligeiramente tenebrosa. Aparecem ali muitos políticos, economistas, jornalistas e outros profissionais que deram contribuição notável à desgraça que estamos vivendo. 

Devo dar exemplos? A língua me coça. Mas não, não darei nome aos bois desta vez. É a minha pequena contribuição ao clima de entendimento que precisa prevalecer na frente ampla em formação. 

Compreendo perfeitamente a recusa de muitos na esquerda a aceitar aliados da direita. O mesmo sentimento, diga-se, deve existir do outro lado. O campo de convergência é limitado. É até possível que uma frente realmente ampla seja inviabilizada por resistências e escrúpulos da direita. O sectarismo não é privilégio da esquerda e parece, inclusive, até mais acentuado no campo da direita. 

Seja como for, só há uma coisa pior do que lutar com aliados: lutar sem aliados – outra tirada de Churchill que merece ser lembrada. Ele sabia perfeitamente que a União Soviética era indispensável na guerra contra a Alemanha e não permitiu que escrúpulos anticomunistas dificultassem a luta contra o inimigo principal. Mutatis mutandis, é o que precisamos fazer hoje. 

Não há dúvida de que as diferenças entre os vários setores da oposição ao governo são imensas. Mas o que está em discussão não é uma reconciliação de forças opostas. Uma frente ampla é meramente circunstancial, fruto da emergência em que se encontra o Brasil. A aliança que é possível hoje e que alguns tentam construir não é, nem pode ser, uma aliança programática. Tampouco pode ser uma aliança de tipo eleitoral. 

Se funcionar, ela terá propósitos limitados, mas cruciais. Trata-se, primordialmente, de defender a nação, o povo brasileiro e a democracia contra os arroubos destrutivos e ditatoriais do governo e seus asseclas. E a experiência mostra, de forma cada vez mais clara, que preservar o país e a democracia significa trabalhar incansavelmente para afastar, o mais rápido possível, Bolsonaro da Presidência da República.  


Versão ampliada de artigo publicado na revista Carta Capital em 12 de junho de 2020.

O autor é economista, foi vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, estabelecido pelos BRICS em Xangai, e diretor executivo no FMI pelo Brasil e mais dez países. Lançou recentemente pela editora LeYa o livro O Brasil não cabe no quintal de ninguém.

E-mail: [email protected]

Twitter: @paulonbjr

Canal YouTube: youtube.nogueirabatista.com.br

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Gen. Villas Boas diz que Olavo de Carvalho é o Trotsky da direita https://nocaute.blog.br/2019/05/06/villas-boas-diz-que-olavo-de-carvalho-e-o-trotsky-da-direita/ Mon, 06 May 2019 16:16:26 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=48042 Não foi um general da ativa, como se imaginava, ou o ministro da Defesa, mas sim o general Villas Boas, ex-comandante do Exército, a responder às agressões e insultos que o jornalista Olavo de Carvalho, ideólogo da família Bolsonaro, vem dirigindo a oficiais das Forças Armadas. Leia a mensagem de Villas Boas. “Mais uma vez […]

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Não foi um general da ativa, como se imaginava, ou o ministro da Defesa, mas sim o general Villas Boas, ex-comandante do Exército, a responder às agressões e insultos que o jornalista Olavo de Carvalho, ideólogo da família Bolsonaro, vem dirigindo a oficiais das Forças Armadas. Leia a mensagem de Villas Boas.

“Mais uma vez o Sr. Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial derrama seus ataques aos militares e às FAA demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia. Verdadeiro trotsky de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas Brasileiros. Por outro lado, age no sentido de acentuar as divergências nacionais no momento em que a sociedade Brasileira necessita recuperar a coesão e estruturar um projeto para o país. A escolha dos militares como alvo é compreensível por sua impotência diante da solidez dessas instituições e a incapacidade de compreender os valores e os princípios que as sustentam.”

(General Villas Boas, ex-comandante do Exército.)

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Extrema direita cresce na Andaluzia, tradicional base dos socialistas espanhóis. https://nocaute.blog.br/2018/12/03/extrema-direita-cresce-na-andaluzia-tradicional-base-dos-socialistas-espanhois/ Mon, 03 Dec 2018 14:38:30 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43364 Em artigo publicado no jornal El País, a socióloga espanhola Esther Solano classificou o crescimento da direita como um susto: "É como se Bolsonaro tivesse entrado na política brasileira pelo Nordeste".

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Berço histórico do socialismo espanhol, a região da Andaluzia, na Espanha, viu a extrema direita ganhar espaço no parlamento regional. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) obteve 33 cadeiras, número insuficiente para impedir uma possível coalizão direitista na região. O PSOE, partido do presidente Pedro Sánchez, controla a região há 36 anos.

As cadeiras conquistadas por partidos de centro, de direita e de extrema direita chegam a 59, de um total de 109, com destaque para o VOX, legenda radical de direita que ganhou força recentemente no país, que conseguiu eleger 12 deputados. Depois do PSOE, os resultados mostram o Partido Popular (PP), do ex-presidente de governo Mariano Rajoy, no segundo lugar, com 26 cadeiras. Na sequência vem o Ciudadanos, com 21, e a coalizão esquerdista Adiante, com 17.

Em relação às eleições regionais de 2015, o PSOE perdeu 14 cadeiras, o PP sete e o Adiante três. O Ciudadanos, assim como o VOX, foi o grande destaque do pleito, conquistando 12 vagas a mais no parlamento da Andaluzia do que há três anos.

Em artigo publicado no jornal El País, a socióloga espanhola Esther Solano afirma que a esquerda deve enfrentar dificuldades em todo o cenário nacional: “Esta derrota da esquerda espanhola é daquelas que ficarão escritas nos livros de História, daquelas que inauguram novos ciclos. A Espanha enfrentará em 2019, provavelmente, eleições antecipadas diante dos problemas de governabilidade de Pedro Sánchez. Se o Vox ganhou 12 deputados na terra do PSOE, imaginem quantos poderá ganhar em regiões da Espanha governadas pela direita. É como se Bolsonaro tivesse entrado na política brasileira pelo Nordeste”.

Vox

Desde o início da campanha os eixos do discurso do Vox foram muito claros: o nacionalismo espanhol, o anti-independentismo, mensagens contra a imigração, a lei da memória histórica e a lei contra a violência de gênero; além de constantes elogios às forças de segurança e ao Exército.

Contrário ao aborto e ao casamento homossexual, o partido de extrema-direita concentrou grande parte de seus ataques aos imigrantes e aos muçulmanos. “O Vox foi o partido que marcou o debate político nestas eleições. Colocamos sobre a mesa o controle das fronteiras e acabar com a invasão da imigração ilegal”, disse Javier Ortega, secretário-geral do partido, em entrevista ao El País.

Entre outras medidas, o partido quer deixar os imigrantes ilegais sem cuidados de saúde e fala de construir um “muro intransponível” em Ceuta e Melilla. Também fala em suspender o espaço Schengen (convenção entre países europeus sobre abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas) enquanto houver líderes independentistas fugidos da Justiça em outros países europeus; fechar as televisões das comunidades autonômas; baixar impostos, especialmente para aqueles com maior renda; liberalizar o solo; promover uma lei para proteger as touradas e abolir a lei contra violência machista. Estas são suas prioridades.

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Reunião para candidatura única da direita fracassa em SP https://nocaute.blog.br/2018/09/25/reuniao-para-candidatura-unica-da-direita-fracassa-em-sp/ https://nocaute.blog.br/2018/09/25/reuniao-para-candidatura-unica-da-direita-fracassa-em-sp/#comments Tue, 25 Sep 2018 19:34:23 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=39106 Candidatos Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) desistiram na última hora de participar do encontro.

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Candidatos Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) desistiram na última hora de participar do encontro.

Uma reunião em torno de uma candidatura única do centro-direita para a Presidência na reta final do primeiro turno fracassou nesta terça-feira (25). O encontro aconteceria em São Paulo.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os candidatos Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) desistiram na última hora de participar do evento.

Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) estariam no encontro, que foi articulado pelo advogado Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT).

A reunião ocorreria às 9h no Instituto dos Advogados de São Paulo. No início da noite de segunda (24), Marina e Meirelles avisaram que não iriam mais participar do encontro. Ainda segundo a Folha, a recusa dos candidatos se deu após a divulgação da pesquisa Ibope que apontou estagnação da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), além da polarização entre Jair Bolsonaro (PSL), com 28%, e Fernando Haddad (PT), com 22%.

“Hoje poderia ter sido um grande dia. A ideia era discutir uma candidatura única de centro e um governo único”, afirmou Miguel Reale. “Espero que tenhamos uma nova chance”, completou.

A campanha de Marina Silva afirma não ter recebido o convite e que não há possibilidade de aliança no primeiro turno.

“Marina dizer que não foi convidada e que não iria participar é uma mentira deslavada”, afirmou Reale Junior.

A articulação para a reunião começou após a carta divulgada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defendeu união dos candidatos “que não se aliam a visões radicais”.

O candidato do Novo, João Amoêdo, também foi chamado para a conversa com os quatro presidenciáveis, mas não aceitou. Ciro Gomes (PDT) não foi chamado, pois rejeitou a hipótese após a divulgação do manifesto de FHC e declarou que era “mais fácil um boi voar de costas”.

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Vamos ganhar as eleições e reconstruir uma convivência com o mundo que esteja a altura dos valores brasileiros

Haddad dispara nas pesquisas e atiça o jornalismo de guerra

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Contra o fascismo é Lula ou nulo https://nocaute.blog.br/2018/08/03/contra-o-fascismo-e-lula-ou-nulo/ https://nocaute.blog.br/2018/08/03/contra-o-fascismo-e-lula-ou-nulo/#comments Fri, 03 Aug 2018 20:07:45 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=36183 O que está se montando é uma grande farsa em que a vontade popular está sendo frustrada, a vontade popular está sendo negada, com a ausência do Lula nestas eleições.

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O que está se montando é uma grande farsa em que a vontade popular está sendo frustrada, a vontade popular está sendo negada, com a ausência do Lula nestas eleições.

A proximidade das eleições mostra cada vez mais que existe uma polarização muito forte na sociedade brasileira. Só que essa polarização não tem nada a ver com aquilo que a mídia quer mostrar.

O que a mídia quer mostrar? Que as eleições vão colocar frente a frente a velha disputa entre PT (agrupando a esquerda o PSB, etc) e o PSDB (junto com o centrão).

E assim as coisas voltam, aparentemente, ao normal.

Mas não é isso o que está acontecendo. Está acontecendo uma coisa muito mais perigosa.

A verdadeira polarização está sendo representada pelas duas únicas figuras que mostraram constância nas pesquisas de intenção de voto durante todo o tempo. De um lado Lula e do outro lado Bolsonaro, e não o PSDB.

Bolsonaro, que representa os setores neofascistas da profundidade da sociedade brasileira, setores que são constituídos pela classe média magoada, rancorosa, que não quer ver a empregada doméstica pegando vôo para Paris, que não quer ver os filhos da classe C indo para a universidade.

Aquela classe média absolutamente preconceituosa junto com setores do operariado, do proletariado, que estão com medo, que estão assustados com o desemprego, com a falta de perspectiva e isso tudo compõe o caldo de cultura do neofascismo no Brasil.

É isso que está em questão.

De um lado a esquerda toda, a parte progressista, sadia, combativa e transformadora da sociedade brasileira, agrupada em torno da figura do Lula. Do outro lado o neofascismo, agrupado em torno da figura do Bolsonaro.

Isso não vai ser resolvido pelas eleições.

O que está se montando é uma grande farsa em que a vontade popular está sendo frustrada, a vontade popular está sendo negada, com a ausência do Lula nestas eleições.

Quando a mídia quer mostrar que existe uma polarização entre PSDB e PT, ela está encobrindo o fato de que na verdade essas eleições não vão acontecer. Porque se o Lula não concorrer será uma farsa.

Isso não vai resolver nenhuma polarização que está existindo na sociedade brasileira, ao contrário.

A pessoa que está sendo cotada como grande representante da direita nas eleições, que é o governador Geraldo Alckmin, tem um plano de governo que é o grande responsável pela situação que o Brasil se encontra hoje. Se ele vencer as eleições continuará aplicando esse plano de governo, que é o fim da previdência social, o fim de qualquer garantia trabalhista. Enfim, Alckmin vai colocar a sociedade brasileira em um buraco muito maior do que aquele que ele já se encontra e, por tanto, instigar uma polarização que tende a aumentar e a crescer, fortalecendo um desses pólos que é o neofascismo.

O que está em questão hoje nas eleições no Brasil, é a luta contra o neofascismo. É a luta contra o Bolsonaro. Não podemos cair na ilusão de que existe uma polarização entre PT e PSDB e que isso irá se resolver no voto. Não vai! Porque mesmo depois das eleições essa polarização vai continuar.

A grande questão hoje para os trabalhadores, para a juventude que quer enfrentar o neofascismo e não quer permitir que esse câncer cresça na sociedade brasileira, é o seguinte: o que fazer agora?

Nós vamos confiar o nosso voto a um sucedâneo do Lula? Alguém que eventualmente pode ser indicado pelo Lula, para representá-lo, e vamos cair no conto do vigário e vamos cair na farsa.

Ou nós vamos dizer: não! Nós queremos uma democracia real, nós não vamos cair nesse conto da mídia, nós não vamos cair no conto do vigário. Nós queremo o fim do neofascismo, nós queremos uma democracia real no Brasil.

Não há democracia real se a vontade popular for fraudada. Não há democracia real se o Lula não participar das eleições.

Para sintetizar eu diria: ou é Lula ou é nulo.

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​A direita luta pelo direito de mentir https://nocaute.blog.br/2018/05/18/%e2%80%8ba-direita-lula-pelo-direito-de-mentir/ https://nocaute.blog.br/2018/05/18/%e2%80%8ba-direita-lula-pelo-direito-de-mentir/#comments Fri, 18 May 2018 18:48:04 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=21098 A direita brasileira trava uma insólita batalha atualmente, em sua guerra cultural pelo retorno aos bons tempos que jamais existiram. Não quer ser importunada, em sua prática de entupir de falsidades o cérebro pouco ágil de seus correligionários.

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A direita brasileira trava uma insólita batalha atualmente, em sua guerra cultural pelo retorno aos bons tempos que jamais existiram.
Ela está em luta pelo direito de mentir livremente.
Não quer ser importunada, em sua prática de entupir de falsidades o cérebro pouco ágil de seus correligionários.
O Movimento Brasil Livre e outras forças do atraso esquartejam o Facebook no momento, pela sua tímida tentativa de coibir as “fake news” que transitam aos milhões na plataforma, aqui e mundo afora.
A rede fechou parceria com agências de checagem de notícias, como Lupa e Aos Fatos, que o MBL considera “esquerdistas”, embora ambas sejam acreditadas e incentivadas pela grande mídia corporativa, insuspeita de qualquer tendência à esquerda.
O MBL ataca porque a checagem do Facebook compromete um dos pilares da sua estratégia, de mentir incansavelmente até que a mentira seja verdade – como fez e ensinou ao mundo o regime nazista.
Em artigo publicado na imprensa goiana, o deputado Eduardo Bolsonaro chora por algumas vítimas do saneamento editorial do Facebook.
Argumenta que censurar as fake news é a “guilhotina esquerdista do Século XXI” e lista uma dúzia de páginas da direita que foram derrubadas pela rede de Zuckerberg.
Veículos fundamentais à cultura universal tais como Loira Opressora, Faca na Caveira, Desquebrando Tabu, Bolsonaro Opressor e Orgulho de Ser de Direita.
Enquanto a ultradireita lamenta a perda desses pilares da boa informação, e consegue enxergar esquerdismo nos veículos da mídia corporativa de direita, um dos expoentes dessa mídia contribui para a disseminação de fake news, obviamente sem admitir isso.
Na edição de 15 de maio, o Jornal da Globo avalia o governo de Michel Temer e apresenta um quadro sintético constrangedor, que consegue enxergar as seguintes virtudes na pior gestão da era republicana no país:
Tirou o Brasil do vermelho. Salvou a Petrobrás. Derrubou a inflação. Fez o PIB crescer.
O cinismo e mentira da comunicação de direita, em todas as suas vertentes, de fato atinge níveis alarmantes, no mundo todo.
A ponto do Papa Francisco produzir uma homilia em que critica o papel da mídia, ao difamar líderes e correntes políticas, e com isso provocar golpes de estado em diversos países.
Embora sem nenhuma referência direta, a homilia foi claramente inspirada no Brasil e outros países que sofreram estupro institucional recentemente.
Mas a Folha de S.Paulo encarregou-se de vestir a carapuça, na forma pouco elegante de sugerir que é o Papa quem tem a vista tampada.
A foto que ilustra a reportagem mostra Francisco com o rosto coberto pela própria batina, levantada pelo vento na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Mais uma bomba semiótica da imprensa neoliberal também em guerra política, como a extrema-direita neofascista da qual ela finge se diferenciar.
Sutil como uma hóstia de chumbo. Agressiva como cuspir na cruz.
Mas uma demonstração transparente, reveladora, eloquente, do padrão de informação manipulada que é o novo normal do outrora chamado jornalismo.
 

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Direitista Mario Benítez é eleito presidente do Paraguai neste domingo https://nocaute.blog.br/2018/04/23/mario-benitez-presidente-paraguai/ https://nocaute.blog.br/2018/04/23/mario-benitez-presidente-paraguai/#comments Mon, 23 Apr 2018 13:43:45 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=19626 O pai do novo mandatário foi secretário particular do ex-ditador Alfredo Stroessner, que governou o país durante 35 anos.

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O Paraguai tem novo presidente: o candidato governista Mario Abdo Benítez, de 46 anos, foi eleito nesse domingo (22), assegurando a continuidade do Partido Colorado, no poder há sete décadas. No primeiro discurso como presidente eleito, ele reiterou a promessa de campanha, de combater a corrupção e prometeu nova era de união, sem “divisões estéreis”.
Os resultados finais da eleição serão divulgados nesta segunda-feira (23), mas, ontem à noite, simpatizantes do Partido Colorado foram às ruas com suas bandeiras vermelhas para comemorar mais uma vitória. Desde 1947, quase todos os presidentes (com exceção do bispo Fernando Lugo, que foi vítima de um golpe de Estado) foram colorados – inclusive o ex-ditador Alfredo Stroessner, que governou o país durante 35 anos e de quem o pai de Mario Abdo foi secretário particular.
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“Não posso deixar de lembrar meu pai, que foi um grande colorado”, disse Abdo, ao comemorar a eleição. Ele estava na frente dos outros nove candidatos à presidência. Com 96% das urnas apuradas, ele tinha assegurado 46,65% dos votos. Seu principal rival, Efraim Alegre, do Partido Liberal, tinha 42,73%.
A vitória foi apertada, comparada com as pesquisas de opinião, que previam uma diferença de 20% (e não de 10%) entre Abdo e Alegre. Mas, no final da noite, a Justiça Eleitoral paraguaia disse que a tendência, favorável ao candidato governista, já era considerada irreversível.
“O povo votou pela unidade do Paraguai, não pela divisão. Hoje me comprometo a ser um fator de união no futuro do Paraguai”, disse Abdo. Ele promete continuar a política de incentivos fiscais do atual presidente Horácio Cartes, que ajudou a atrair investimentos e empresas estrangeiras – muitas delas do Brasil. Nos últimos cinco anos, a economia paraguaia cresceu, em média, 6%. Um dos desafios vai ser combater a pobreza, que atinge um terço da população.
 
*Com Agência Brasil
 

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À direita https://nocaute.blog.br/2018/04/12/carvall-a-direita/ https://nocaute.blog.br/2018/04/12/carvall-a-direita/#respond Thu, 12 Apr 2018 17:29:45 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=18830 a direita brasileira está rosnando os dentes.

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