Revolução – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br Blog do escritor e jornalista Fernando Morais Mon, 04 May 2020 21:44:53 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.4.1 https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/06/nocaute-icone.png Revolução – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br 32 32 Os desafios da esquerda no pós-pandemia https://nocaute.blog.br/2020/05/04/os-desafios-da-esquerda-no-pos-pandemia/ Mon, 04 May 2020 21:44:36 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=65039 Os desafios para a esquerda socialista são derrubar a velha ordem, reler o Brasil e o mundo de hoje para formular uma teoria revolucionária que atenda às demandas econômicas, sociais e culturais atuais.

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Os desafios para a esquerda socialista são derrubar a velha ordem, reler o Brasil e o mundo de hoje para formular uma teoria revolucionária que atenda às demandas econômicas, sociais e culturais atuais. Paralelamente, temos que levar a luta diária, em todas as frentes, contra o bolsonarismo e as classes sociais e políticas que o apoiam e temos que disputar com a oposição liberal os rumos do país.

Em seu pronunciamento no 1º de Maio, Lula, mencionando o que vem sendo dito pelos principais jornais econômicos – que o  capitalismo está moribundo -, afirmou que “está mãos dos trabalhadores a tarefa de construir esse novo mundo que vem aí”.

Num primeiro momento, notei, em seu discurso, omissões importantes: não mencionou a crise política institucional, o Fora Bolsonaro, o impeachment, a luta política. Logo depois me dei conta de que Lula estava nos convocando a pensar o pós-pandemia e a enfrentar uma tarefa postergada por nós, petistas e socialistas: qual a alternativa ao capitalismo como ele realmente é hoje, no mundo e no Brasil?

A primeira lembrança que me veio foi da lição que aprendi nos bancos escolares na juventude, lutando contra a ditadura: sem uma teoria revolucionária não há revolução e o dever de todo revolucionário é fazer a revolução. Sempre me guiei pela realidade, pelos fatos. Minha geração cresceu sob o signo da revolução cubana e da imagem do Che e Fidel, da agressão criminosa e genocida do império norte-americano contra o povo vietnamita, das revoltas estudantis e operárias na Europa e no Brasil, da luta pelos direitos civis dos negros estadunidenses em plena segunda metade do século XX. 

Se 1968 foi o ano da rebeldia e da luta contra o autoritarismo, o racismo, o militarismo, também foi o da invasão da Tchecoslováquia, do começo da crise do então chamado campo socialista e do próprio socialismo – ainda em sua infância, se comparado com o capitalismo. 

Globalização e crise

Nos últimos cem anos vivemos crises, depressões, duas grandes guerras mundiais e dezenas de guerras pela independência e civis, grandes catástrofes e desastres naturais e o capitalismo sobreviveu e se fortaleceu. A globalização parecia um deus invisível e onipotente, devastou as conquistas sociais de décadas de lutas dos trabalhadores, o chamado estado de bem estar social, suas organizações e, o mais grave, suas ideias, ideais e cultura. 

Parecia o fim de uma época, a das revoluções sociais, mas o tempo provou o contrário. Nunca houve tanta instabilidade política e social, tantas guerras de agressão e ocupação, tanta pobreza e miséria. A desigualdade cresceu inclusive nos países centrais do capitalismo, destaque para os próprios Estados Unidos. Incapaz de resolver suas contradições, o capitalismo revelou suas entranhas e natureza com o crescimento do nacionalismo, do autoritarismo, do racismo, dezenas ou no máximo centenas de ricos passaram a controlar a riqueza mundial.

A pandemia da Covid-19 apenas veio expor as misérias e a ideologia do capitalismo, sua falta total de compromisso com suas próprias ideias, seja porque elas eram falsas ou porque sua natureza o leva à barbárie para sobreviver como nos ensina as experiências do colonialismo e do nazismo.

No Brasil também as  radicais mudanças no mundo do trabalho provocadas pelo avanço tecnológico e pela reorganização da produção serviram de pretexto para a agressão aos direitos sociais e às conquistas dos trabalhadores. Mais uma vez o custo da crise do capitalismo recaiu sobre a classe e a submeteu, como nunca, ao fantasma do desemprego,  impondo a falsa opção de trocar o emprego pela redução dos direitos, ou seja, da cidadania em benefício das empresas e, principalmente, dos bancos e do capital financeiro. 

Desmonte do Estado

O ataque ao Estado como indutor do crescimento e ao Estado de Bem Estar Social chegou junto com ideias totalitárias envoltas em uma retórica nacionalista e religiosa — destruir para construir foi a máxima do presidente eleito. 

Não vivemos mais sob o capitalismo dos anos 1980/1990. Mudou o modo de produção, mudaram as classes sociais, mudou o mercado de trabalho sob o impacto das inovações tecnológicas e da hegemonia do rentismo. Todo e qualquer projeto de desenvolvimento nacional foi banido e o país perdeu a autonomia sobre sua moeda, câmbio e capitais. 

O ciclo político e histórico que nos deu origem não existe mais, com o agravante de que mesmo as grandes empresas de capital nacional abandonaram todo e qualquer projeto de autonomia e independência, já que a maior parte das elites sempre foi entreguista. E as Forças Armadas, que desde a redemocratização vinham observando seu papel constitucional, viram o campo aberto para abraçar o autoritarismo político-militar agora casado com o fundamentalismo religioso e o alinhamento com os Estados Unidos.

As experiências históricas de socialismo no mundo e o que vivemos em nosso país — as reformas de base no governo Jango e os programas sociais nos governos do PT — devem ser reavaliados.  Devemos retomar o fio da nossa história. Não haverá soberania e autonomia sem controle da nossa moeda e câmbio, dos capitais. 

A experiência trágica do coronavírus provou como nosso país está desarmado e exposto à dependência externa em áreas estratégicas e mesmo de segurança nacional. Será necessário rever nossas inserção nas cadeias globais de valores e restaurar nossa soberania em áreas estratégicas como a de fármacos para dar um exemplo. 

Nossas tarefas

Devemos restaurar o papel do Estado como indutor e condutor do desenvolvimento nacional mais ainda na pós-pandemia. Os bancos públicos e as empresas estatais no setor de energia, petróleo e gás são decisivas para a retomada do crescimento. 

Nosso país tem grandes vantagens comparativas na agroindústria e na produção de energia, um dos maiores mercados internos do mundo e uma demanda de infraestrutura social e econômica. Mas o subconsumo, produto da concentração de renda e riqueza, impede o crescimento. Para reverter este quadro, será necessária uma mudança radical na política monetária e fiscal do país, com a redução dos juros a níveis internacionais hoje negativos (nossa  taxa média real de juros é de 32% para uma inflação e uma taxa Selic de menos de 4%).  Para grande parte da nossa dívida interna ainda pagamos juros de 10%, o que além de um escândalo é praticamente uma expropriação da renda nacional de famílias e empresas. 

Outra necessidade urgente na pós-pandemia é a reforma tributária, invertendo a pirâmide de impostos sobre bens e serviços para renda e propriedade. A distribuição de renda e o aumento da demanda interna, assim, se darão não apenas pelos investimentos públicos e privados em infraestrutura social e econômica, mas também no aumento da renda dos trabalhadores com a queda dos juros e a redução da carga tributária sobre eles. 

Com planejamento e restaurando o papel dos bancos públicos e de empresas estatais como a Petrobras, devemos retomar a industrialização, reformando o pacto federativo para que todo país seja beneficiado com um grande programa de obras públicas de saneamento, habitação, transportes coletivos, reconversão de energias e uma reforma urbana e agrária  com alcance não somente social mas ambiental. 

Sem uma revolução nas áreas da ciência, tecnologia e inovação não seremos capazes de usar a riqueza natural e o nosso capital acumulado e nem retomar o tempo perdido em nossa industrialização agora revelados pela nossa debilidade em produzir o essencial na área da saúde e de fármacos. O principal objetivo de toda política de desenvolvimento tem que ser o bem estar social e o emprego com a garantia dos direitos sociais. Daí a necessidade de reformar a legislação trabalhista e previdenciária, imposta nos últimos anos pelos governos de direita.

Os desafios para a esquerda socialista são derrubar a velha ordem, reler o Brasil e o mundo de hoje para formular uma teoria revolucionária que atenda às demandas econômicas, sociais e culturais atuais. Paralelamente, temos que levar a luta diária, em todas as frentes, contra o bolsonarismo e as classes sociais e políticas que o apoiam e temos que disputar com a oposição liberal os rumos do país. 

Para essa tarefa gigantesca, mas não impossível, é preciso começar a nos reavaliar, nos reconhecer, para mudar nossos partidos, nossa prática e, se necessário, nossas ideias. Sempre a partir da realidade em que vivemos com o objetivo de buscar uma revolução social, que democratize a propriedade, a riqueza e a renda, o poder político e cultural, que proteja a natureza e a vida, onde impere a solidariedade social e a liberdade,  a igualdade e a fraternidade, a paz com justiça. 

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Che Guevara: revolução sem fronteiras https://nocaute.blog.br/2019/09/16/che-guevara-revolucao-sem-fronteiras/ Mon, 16 Sep 2019 17:53:30 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=54354 "Estaria disposto a entregar minha vida pela libertação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada a ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém".

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“Estaria disposto a entregar minha vida pela libertação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada a ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém”.

Conta o anedotário da Revolução Cubana que Fidel Castro, durante uma reunião em que buscava um presidente para o Banco Central do país após a queda da ditadura de Fulgêncio Batista, entrou na sala e perguntou se havia um economista na sala. O médico argentino Ernesto Che Guevara (1928-1968), que foi um dos líderes da guerrilha na Sierra Maestra, ergueu a mão e terminou por assumir o posto – as primeiras notas do peso cubano pós-revolução foram assinadas por Che. Tempos depois, Fidel disse a Che que não sabia que ele era economista e que ficara surpreendido com a informação. Che, então, percebeu que entendera errado: Fidel procurava um economista, não um comunista…

A coragem de Che Guevara, que se expressa nas lutas guerrilheiras e na disposição para assumir as mais diferentes tarefas revolucionárias, fez dele um ícone mundial da luta por um mundo melhor. Nascido numa família de classe média argentina, asmático, goleiro e leitor de poesia, embrenhou-se pela América Latina, montado numa motocicleta, no início dos anos 1950, nos intervalos do curso de medicina.

Na segunda viagem, em 1954, estava na Guatemala quando o presidente Jácobo Arbenz resistiu o quanto pode às tentativas de desestabilização promovidas pelos Estados Unidos e pela companhia bananeira United Fruit. Neste país, conheceu sua primeira companheira, a peruana Hilda Gadea (1925-1974), aproximou-se do comunismo e construiu os laços que o levariam a se tornar uma lenda da revolução cubana.

Com Ernesto Che Guevara, o baralho Super-Revolucionários, que Opera Mundi e o site Nocaute publicam, ganha mais uma grande figura, talvez a mais conhecida imagem da rebeldia socialista, imortalizada na foto de Alberto Korda.

Concebido por Haroldo Ceravolo Sereza, autor dos textos, e com desenhos do artista Fernando Carvall, essas cartas, numa análise séria, mas sem perder o humor jamais, atribuímos “notas” à atuação desses grandes nomes da revolução.

A ideia é, depois de alcançarmos um número suficiente de cartas, montar um jogo inspirado no conhecido Super Trunfo e publicar um livro com os cards e informações sobre esses super-revolucionários.

Já foram publicadas cartas de Antonio Gramsci, Fidel Castro, Luís Carlos Prestes, Frida Kahlo, Alexandra Kollontai, Bela Kun, Nelson Mandela, Mao Zedong, Simone de Beauvoir, Ho Chi Minh, Leon Trotsky, Olga Benario, Karl Marx, Salvador Allende, Tina Modotti, Carlos Marighella, Rosa Luxemburgo e Franz Fanon.

As notas são provisórias e estão sujeitas a modificação.

REBELDIA 10

Ernesto Guevara de la Serna (nome de batismo de Che) foi, desde muito jovem, um rebelde. Nascido na classe média alta no interior argentino, leitor de poetas e filósofos, não deixou que o curso de medicina o afastasse das questões humanas. Assim conheceu a obra de Karl Marx.

DISCIPLINA 7

Che Guevara esteve entre os 82 guerrilheiros que desembarcaram na embarcação Granma e iniciaram a luta contra as tropas de Fulgêncio Batista. Vitoriosa a revolução, organizou os tribunais que condenaram à morte cerca de 550 integrantes da violenta ditadura de Batista, submissa aos interesses dos Estados Unidos.

TEORIA 8

Che Guevara foi, sobretudo, um pensador das experiências guerrilheiras em Cuba e das tentativas – em geral mal-sucedidas, registre-se – de reprodução dessas experiências em outros países da América Latina e da África. O foquismo (tentativa de implantar focos guerrilheiros que se convertem-se, idealmente, em “novos Vietnãs”), deve muito a suas elaborações e seu exemplo.

POLÍTICA 7

Inicialmente um apoiador do peronismo de esquerda da Argentina, Che tornou-se um revolucionário e um “exportador da revolução”. Foi, no entanto, mas combatente que um nome da reconstrução de Cuba após o fim dos combates.

COMBATIVIDADE 10

Se soube ser também um “burocrata”, ao comandar o Banco Nacional (banco central) e ocupar o posto de ministro da Indústria, foi na linha de frente que Che tornou-se uma figura emblemática. O sucesso da Sierra Maestra, no entanto, não se repetiria no Congo em 1965 e na Bolívia, em 1967, onde foi capturado, em 8 de outubro, e assassinado no dia seguinte.

INFLUÊNCIA 9

Em 1965, como forma de proteger Cuba de eventuais retaliações, Che renuncia a todos os cargos no país e escreve a famosa carta a Fidel Castro em que anuncia sua partida para “novos campos de batalha”. Nesta carta, aparece a frase “hasta la victoria siempre” (até a vitória, sempre), amplamente difundida. Esse espírito revolucionário e sua coragem inspiraram jovens de todo o mundo, inclusive no Brasil: um dos grupos que foi à luta armada contra o regime militar, a Dissidência Comunista da Guanabara, adotou o nome MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) em homenagem a Che.

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Alexandra Kollontai: revolução, socialismo e feminismo https://nocaute.blog.br/2019/07/01/alexandra-kollontai-revolucao-socialismo-feminismo/ Mon, 01 Jul 2019 14:43:05 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=50495 "O início do movimento das trabalhadoras na Rússia coincide com os vislumbres do despertar da consciência de classe proletária russa, com sua primeira tentativa de alcançar condições de existência mais toleráveis, menos humilhantes e deploráveis".

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“O início do movimento das trabalhadoras na Rússia coincide com os vislumbres do despertar da consciência de classe proletária russa, com sua primeira tentativa de alcançar condições de existência mais toleráveis, menos humilhantes e deploráveis”.

Alexandra Mikhaylovna Kollontai (1872-1952) foi uma das lideranças da Revolução Russa de 1917. Filha de uma família da nobreza latifundiária, Alexandra pôde estudar regularmente apenas só concluir o seu bacharelato, aos 16 anos.

Prosseguiu seus estudos de maneira autodidata. Aos 20 anos, casou-se pela primeira vez, com um primo mais pobre, jovem oficial do exército.

Em 1896, começa a estudar economia e aproxima-se do marxismo e dos trabalhadores do setor têxtil de Petrogrado. Dois anos depois, separa-se do primo.

Esse é só o começo de uma vida dedicada ao socialismo e às questões da mulher. Kollontai é mais uma das integrantes do baralho Super-Revolucionários, que Opera Mundi e Nocaute publicam. Os cards já publicados trazem os nomes de Nelson Mandela, Mao Zedong, Simone de Beauvoir, Ho Chi Minh, Leon Trotsky, Olga Benario, Karl Marx, Salvador Allende, Tina Modotti, Carlos Marighella e Rosa Luxemburgo.

Tão logo alcancemos um número suficiente de cartas, teremos um jogo inspirado no conhecido Super-Trunfo. A ideia do projeto é publicar um livro com os cards e informações essenciais sobre esses super-revolucionários.

Numa análise séria, mas sem perder o humor jamais, atribuímos “notas” à atuação de homens e mulheres que dedicaram suas vidas à contestação e à revolução.

As notas são provisórias e estão sujeitas a modificação.

REBELDIA 8

Alexandra Kollontai começou sua vida política revolucionária questionando uma situação confortável que a família lhe garantia. Postou-se ao lado de operários e rebeldes finlandeses desde cedo, e em 1917 foi a primeira mulher eleita para o soviete de Petrogrado, após a Revolução de Fevereiro, participando ativamente da Revolução de Outubro.

DISCIPLINA 7

A entrada de Kollontai no Partido Social-Democrata Russo, em 1900, foi precedida por uma simpatia pelo socialismo agrário. Em 1903, não aderiu nem a mencheviques nem a bolcheviques, oscilando entre as duas tendências até 1915, quando volta a aderir aos bolcheviques.

TEORIA 10

A grande contribuição teórica de Kollontai foi a de argumentar em prol de direitos e liberdades específicas para as mulheres. Em 1918, Kollontai organiza o Primeiro Congresso de Mulheres Trabalhadoras de toda a Rússia. Suas posições abriram caminho para que a Revolução Russa desse direito de voto às mulheres, criasse condições de igualdade salarial, liberalizasse relações familiares e sexuais e aprovasse o divórcio e o aborto, além de criar benefícios sociais para a maternidade e creches públicas.

POLÍTICA 8

Depois das oscilações entre mencheviques e bolcheviques, fez oposição à burocratização do partido no início dos anos 1920, aderindo à Oposição Operária. Embaixadora na Noruega de 1927 a 1930, ficou do lado de Stálin na disputa contra Trotsky.

COMBATIVIDADE 8

A mais destacada mulher entre os líderes bolcheviques, Kollontai viveu décadas na linha de frente dos socialistas russos e soviéticos.

INFLUÊNCIA 9

As ideias e posições de Kollontai fazem parte da história da Revolução Russa e foram fundamentais para a consolidação do feminismo no século XX, unindo reflexões sobre gênero e classe, na teoria e na prática.

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Super-Revolucionários: Trotsky, teoria e prática da revolução https://nocaute.blog.br/2019/05/27/trotsky-teoria-e-pratica-da-revolucao/ Mon, 27 May 2019 12:47:46 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=48891 "A socialização dos meios de produção tornou-se a condição necessária prévia para retirar o país [a Rússia] da barbárie".

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“A socialização dos meios de produção tornou-se a condição necessária prévia para retirar o país [a Rússia] da barbárie”.

Leon Trotsky (1879-1940), nascido Liev Davidovich Bronstein, foi uma das principais lideranças revolucionárias da Rússia.

Desde 1897, pelo menos, Trotsky esteve envolvido na organização dos trabalhadores do sul da Rússia. Já em 1898, foi preso junto com outros 200 sindicalistas do sul do país. Em março, no Primeiro Congresso do Partido Social Democrata Russo, já se considera um membro.

Dois anos depois, seria condenado à prisão – pena transformada num exílio na Sibéria.

Mas são as revoluções de 1905 e 1917 que farão de Trotsky um teórico, propagandista e protagonista da história do socialismo.

Trotsky é a sexta carta do baralho Super-Revolucionários, que Opera Mundi e Noucate publicam em conjunto. Já fazem parte de nossos cards Olga BenarioKarl MarxSalvador AllendeCarlos Marighella e Rosa Luxemburgo.

Numa análise séria, mas sem jamais perder o humor, atribuímos “notas” à atuação desses grandes nomes da contestação e da construção de um mundo melhor.

A ideia é, depois de alcançarmos um número suficiente de cartas, montar um jogo inspirado no conhecido Super Trunfo e publicar um livro com os cards e informações sobre esses super-revolucionários.

As notas são provisórias e estão sujeitas a modificação.

REBELDIA: 10

Trostky foi, desde o início de sua militância, um intelectual combativo, rapidamente identificado pela polícia política czarista. As perseguições que sofreu jamais o fizeram baixar a crista, seja durante o período czarista, seja quando a União Soviética esteve sob o comando de seu rival Josef Stálin.

DISCIPLINA: 7

A vida política de Trostky foi marcada por muitos confrontos. Quando os social-democratas se dividem entre mencheviques e bolcheviques, ele fica com os primeiros. Durante a guerra, fica ao lado de Lênin e se opõe à linha da Segunda Internacional. Perseguido por Stálin, Trostky vai manter sua militância crítica ao regime soviético até seu assassinato, no México, em 1940, a mando do regime stalinista.

TEORIA: 10

Trostky esteve sempre à frente dos debates teóricos e da propaganda bolchevique. Sua análise da revolução de 1905 e os conceitos de “desenvolvimento desigual e combinado” e de “revolução permanente” marcaram o debate sobre o imperialismo, a economia mundial e a política socialista durante o século 20.

POLÍTICA: 7

Líder do Soviete de Petrogrado, onde se inicia o movimento de Outubro de 1917, Trostky foi uma figura-chave para a Revolução Russa. Também foi um chefe militar implacável na luta contra o Exército Branco, que enfrentou o regime bolchevique. Trotsky, no entanto, apesar de todo o prestígio, não conseguiu impediu que Stálin assumisse com mão de ferro o comando soviético.

COMBATIVIDADE: 10

A ideia de organizar os trabalhadores e os socialistas nunca deixou de ser central no pensamento e na ação de Trostky.

INFLUÊNCIA: 9

As ideias de Trostky influenciaram diversos grupos socialistas, direta e indiretamente, ao redor do mundo. Ele não foi capaz, no entanto, de organizar uma Internacional Socialista, a 4ª, como pretendia, uma organização que perdurasse e fizesse frente ao mesmo tempo ao capitalismo e conseguisse romper o domínio, entre os comunistas, da burocracia soviética.

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Ato em comemoração aos 65 anos do ataque ao quartel Moncada. Foto: Irene Pérez / Cubadebate. https://nocaute.blog.br/2018/07/25/ato-em-comemoracao-aos-65-anos-dos-ataques-ao-quartel-moncada/ https://nocaute.blog.br/2018/07/25/ato-em-comemoracao-aos-65-anos-dos-ataques-ao-quartel-moncada/#respond Wed, 25 Jul 2018 19:42:01 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=35697 O post Ato em comemoração aos 65 anos do ataque ao quartel Moncada. Foto: Irene Pérez / Cubadebate. apareceu primeiro em Nocaute.

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Assembléia Nacional de Cuba debate o Projeto de Constituição. https://nocaute.blog.br/2018/07/21/assembleia-nacional-de-cuba/ https://nocaute.blog.br/2018/07/21/assembleia-nacional-de-cuba/#respond Sat, 21 Jul 2018 22:00:40 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=35553 O post Assembléia Nacional de Cuba debate o Projeto de Constituição. apareceu primeiro em Nocaute.

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Os Bodes – 166: Governo neoliberal https://nocaute.blog.br/2018/05/28/os-bodes-139-governo-neoliberal/ https://nocaute.blog.br/2018/05/28/os-bodes-139-governo-neoliberal/#respond Mon, 28 May 2018 13:10:45 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=21676 O ruim de fazer revolução depois de governo neoliberal.

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Quase cem diretórios do PT, em todo o país, lançam a pré-candidatura de Lula à Presidência da República


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Os Bodes – 164 https://nocaute.blog.br/2018/05/23/os-bodes-137-2/ https://nocaute.blog.br/2018/05/23/os-bodes-137-2/#respond Wed, 23 May 2018 19:00:26 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=21394 No frio, a indignação social vai a mil graus.

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Os Bodes - 137: A indignação vai a mil graus
Veja também:

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Ex-governador Eduardo Azeredo se entrega à Polícia Civil em Belo Horizonte


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Guerrilheiros com ironia

Rafa Campos


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Brizola avisou: Não confiem na Cia, porque um dia eles abrem os arquivos.


Leia também:

Moro em NY: o bom filho à casa torna

Voucher para merenda, um "milagre" a ser combatido


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Os Bodes – 160 https://nocaute.blog.br/2018/05/14/os-bodes-160-o-que-foi-agora-gedeao/ https://nocaute.blog.br/2018/05/14/os-bodes-160-o-que-foi-agora-gedeao/#respond Mon, 14 May 2018 12:59:59 +0000 https://www.nocaute.blog.br/?p=20754 O que foi agora, Gedeão!? Estou angustiado!

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O que foi agora, Gedeão

Os Bodes – 160


Veja também:

"Ave, Geisel. Qui mortuus est non salutant."


E mais:

A Torre de Babel de Gervásio


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