América⠀Latina

Em prisão domiciliar, Leopoldo López faz campanha contra a Constituinte

O venezuelano Leopoldo López está em campanha contra a Assembleia Nacional Constituinte, convocada pelo presidente Nicolás Maduro como alternativa à crise política no país. Na madrugada desta quarta-feira (26), ele divulgou seu primeiro vídeo desde que passou a cumprir prisão domiciliar, em 8 de julho.
“Hoje, na Venezuela, estamos diante de uma ameaça. Uma ameaça muito clara que o presidente Nicolás Maduro e os que o acompanham estão fazendo, com a Constituinte”, afirma, e depois convoca a população a não participar das eleições para a Assembleia Nacional Constituinte.
Leia mais:
Leopoldo López: o fascista volta à casa
Quem é Leopoldo López, o homem que quer ser presidente da Venezuela
No vídeo, menciona outro tema caro para a oposição venezuelana neste momento, além da Constituinte: o apoio internacional para conseguir desmantelar o atual governo.
“Quero aproveitar para enviar um agradecimento à comunidade internacional. Primeiro por se solidarizar com nossas causas, dos presos políticos, mas também por ter se solidarizado de maneira firme e contundente pela causa da liberdade e democracia que milhões de venezuelanos estão pedindo”.
A divulgação do vídeo começou discretamente, já que, teoricamente, por estar preso, López não poderia fazer campanha. Com 15 minutos de duração, o material inicialmente foi enviado em um grupo do aplicativo de mensagens Telegram, por Lilian Tintori, mulher de López e uma das oposicionistas mais ativas da Venezuela.  Algumas horas depois, já estava disponível no YouTube.
O líder oposicionista foi preso 2014 e foi condenado a 14 anos de prisão por incitar protestos violentos que resultaram na morte de 43 pessoas.
López fala que a “pátria foi submetida a um desastre” e elogiou a realização do plebiscito extraoficial pela oposição em 16 de julho. “Ato histórico (…) um antes e um depois”, diz.
Leia também:
Para que serve o plebiscito convocado pela oposição venezuelana
O plebiscito extraoficial foi convocado de maneira autônoma por oposicionistas que rejeitam qualquer possibilidade de diálogo com o governo, com objetivo de enfraquecer a Constituinte. Como a consulta popular não obedeceu os trâmites legais e, portanto, não teve o respaldo do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), não é possível sequer saber a veracidade dos números apresentados.
“A Nicolás Maduro quero mandar uma mensagem. No último 16 de julho, o povo venezuelano falou. E a mensagem precisa ser acatada, e principalmente quem precisa escutar essa mensagem é você”, afirmou, pedindo, em seguida, a renúncia do governo.
Se não houve uma transição pacífica, diz López, “devemos manter a luta nas ruas (…) Vamos assumir os riscos, vamos assumir os desafios”.
O vídeo está disponível abaixo:

Notícias relacionadas

  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Quando José Dirceu, também ele preso em regime domiciliar, faz ameaças e incita a desobediência, não vejo grandes reclamações aqui…

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *