méxico – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br Blog do escritor e jornalista Fernando Morais Tue, 04 Jun 2019 23:31:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.2.3 https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/06/nocaute-icone.png méxico – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br 32 32 Giramundo: Bolsonaro reconhece “embaixadora” de Guaidó https://nocaute.blog.br/2019/06/04/giramundo-bolsonaro-reconhece-representante-de-guaido/ Tue, 04 Jun 2019 23:28:45 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=49188 Hoje Aline fala do fechamento de embaixadas brasileiras na África e no Caribe, do reconhecimento por Bolsonaro da "embaixadora" de Guaidó no Brasil, do genocídio no Iêmen, da ameaça do Trump de impor tarifas ao México e das eleições na Argentina, Bolívia e Guatemala. Fala também de Julian Assange, que corre risco de morte em uma prisão britânica.

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Hoje Aline fala do fechamento de embaixadas brasileiras na África e no Caribe, do reconhecimento por Bolsonaro da “embaixadora” de Guaidó no Brasil, do genocídio no Iêmen, da ameaça do Trump de impor tarifas ao México e das eleições na Argentina, Bolívia e Guatemala. Fala também de Julian Assange, que corre risco de morte em uma prisão britânica. Quem contribuir para o Nocaute ganha esse lindo retrato de Clarice Lispector, obra do grande Carvall.

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Fórum mundial de parlamentares discute justiça tributária https://nocaute.blog.br/2019/03/27/forum-mundial-de-parlamentares-discute-a-justica-tributaria/ Wed, 27 Mar 2019 19:06:32 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=46790 Em sua coluna semanal, o deputado Alexandre Padilha fala sobre justiça tributária. “É preciso acabar com a corrupção fiscal das transnacionais”, afirma Padilha. “Fomos nesse fórum realizado no México para denunciar as ações que as transnacionais fazem no Brasil. O país que mais compra minério de ferro do Brasil é a Suíça, que é um paraíso fiscal. Isso é uma operação que as transnacionais fazem para não pagar imposto no Brasil.”

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Em sua coluna semanal, o deputado Alexandre Padilha fala sobre justiça tributária. “É preciso acabar com a corrupção fiscal das transnacionais”, afirma Padilha. “Fomos nesse fórum realizado no México para denunciar as ações que as transnacionais fazem no Brasil. O país que mais compra minério de ferro do Brasil é a Suíça, que é um paraíso fiscal. Isso é uma operação que as transnacionais fazem para não pagar imposto no Brasil.”

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A batalha de Trump para levantar sua muralha https://nocaute.blog.br/2019/02/20/a-batalha-de-trump-para-levantar-sua-muralha/ Wed, 20 Feb 2019 14:26:51 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=45732 De Washington, D.C. nosso correspondente André Neves Sampaio comenta a declaração de emergência nacional feita por Donald Trump que permite o gasto de fundos federais, sem aprovação do Congresso, para a construção do muro que separa os Estados Unidos do México.

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De Washington, D.C. nosso correspondente André Neves Sampaio comenta a declaração de emergência nacional feita por Donald Trump que permite o gasto de fundos federais, sem aprovação do Congresso, para a construção do muro que separa os Estados Unidos do México.

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2019: um outubro vermelho ou a retomada dos governos de direita na América Latina? https://nocaute.blog.br/2018/12/26/2019-um-outubro-vermelho-ou-a-retomada-dos-governos-de-direita-na-america-latina/ Wed, 26 Dec 2018 12:52:23 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=44166 2018 redesenhou o cenário político latino-americano. Houve várias eleições, mas duas decisivas. A do Brasil e do México. No próximo ano terão três eleições importantes: na Argentina, Bolívia e Uruguai.

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2018 redesenhou o cenário político latino-americano. Houve várias eleições, mas duas decisivas. A do Brasil e do México. No próximo ano terão três eleições: na Argentina, Bolívia e Uruguai. Terminaremos o ano ou com uma confirmação da contraofensiva da direita e extrema-direita ou, ao contrário, com a reafirmação e continuidade de governos progressistas.

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A bolsonarização do governo direitista de Mauricio Macri https://nocaute.blog.br/2018/12/14/a-bolsonarizacao-do-governo-direitista-de-mauricio-macri/ Fri, 14 Dec 2018 18:47:35 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43849 Há um novo verbo sendo conjugado na Argentina e no México, o verbo bolsonorizar. O que quer dizer isso? A economia deles já está em frangalhos, entregue ao FMI. Pode piorar agora. Já no México, eu leio artigos comentando a bolsonarização do Brasil.

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Há um novo verbo sendo conjugado na Argentina e no México, o verbo bolsonorizar. O que quer dizer isso? A economia deles já está em frangalhos, entregue ao FMI. Pode piorar. Já no México, eu leio artigos comentando a bolsonarização do Brasil.

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Ignácio Ramonet: “Algoz de Lula, Moro deu a vitória a Bolsonaro e acaba de ser recompensado com o Ministério da Justiça. “. https://nocaute.blog.br/2018/12/09/ignacio-ramonet-algoz-de-lula-moro-deu-a-vitoria-a-bolsonaro-e-acaba-de-ser-recompensado-com-o-ministerio-da-justica/ Sun, 09 Dec 2018 19:28:56 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43651 No programa de informação e opinião venezuelano VTV360, o escritor franco-espanhol Ignácio Ramonet comenta ao repórter Boris Castellano as eleições no Brasil e no México e analisa os erros e acertos da esquerda latino-americana. Veja a íntegra da entrevista.

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No programa de informação e opinião venezuelano VTV360, o escritor franco-espanhol Ignácio Ramonet comenta ao repórter Boris Castellano as eleições no Brasil e no México e analisa os erros e acertos da esquerda latino-americana. Veja a íntegra da entrevista.

Boris Castellano: Seja bem vindo.

Ignácio Ramonet: Boa tarde, Boris Castellano, estou muito contente em estar aqui com você.

B.C.: Qual é sua análise e diagnóstico sobre a situação que está atravessando a esquerda na América Latina?

I.R.: É um momento indiscutivelmente delicado. Sobretudo, Boris, porque estamos falando poucos dias após a vitória de Jair Bolsonaro no Brasil, o que não teria acontecido se as coisas tivessem ocorrido normalmente, digamos. Se o ex-presidente Lula tivesse podido concorrer à disputa eleitoral, provavelmente o resultado teria sido diferente.

Vamos lembrar que todas as pesquisas davam Lula como eleito até o momento em que foi preso. E hoje sabemos por que isso aconteceu. O algoz que tomou a decisão de prender Lula e acabou provocando a vitória de Jair Bolsonaro é Sérgio Moro e Bolsonaro acaba de recompensá-lo tornando-o Ministro da Justiça.

Então, o que está ocorrendo no Brasil tem enormes consequências.

O Brasil é o gigante da América Latina e qualquer mudança, especialmente como essa, uma mudança para a extrema direita, uma mudança aventureira por parte do Brasil, vai ter consequências, provavelmente, também no resto da América Latina.

B.C.: A propósito deste triunfo de Bolsonaro e também de Macri na Argentina, muitos têm apontado que esses governos estiveram nas mãos da esquerda durante bastante tempo, Néstor Kirchner e Cristina Fernández, na Argentina e no caso de Dilma e do Sr. Lula da Silva no Brasil. Muitos salientam que, embora a maneira de governar da direita seja completamente condenável, também houve certa falha na esquerda latino-americana, que não criou as condições para garantir que esses indivíduos não cheguem ao poder tanto na Argentina quanto no Brasil. Q@ual é a sua análise?

I.R.: Estou de acordo, uma reflexão se faz necessária. É evidente que é quase inexplicável que depois desses 13, 14 anos de governo de esquerda no Brasil, com realizações espetaculares, tiraram 40 milhões de pessoas da pobreza, as políticas de educação incrivelmente positivas, toda uma série de transformações físicas, os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de futebol, a integração do Brasil aos BRICS, uma política externa espetacular – de grande potência, que impulsionou governos progressistas do Partido dos Trabalhadores –  é difícil entender que depois disso tudo um governo de extrema direita tome o poder.

Nós entendemos este resultado em termos de extrema direita e esquerda. Mas o grande derrotado desta eleição foi a centro-direita e a tradicional centro-direita conservadora, que foi quem conspirou contra Lula e que pensava que se beneficiaria de sua conspiração. Na realidade essa conspiração provocou a chegada de um elemento estranho a esse debate e, evidentemente, muito mais radical.

Não cabe dúvida que sua reflexão, Boris, é justa. Eu diria que o que não foi bem feito ocorreu em termos políticos, porque em termos de estatísticos, de realizações econômicas, não existe dúvida que houveram grande avanços, mas em termos políticos não podemos dizer o mesmo.

Por exemplo, esses 40 milhões de pessoas que saíram pobreza, saíram da pobreza e se integraram na classe média e pensaram como classe média conservadora? Ou seguiram pensando de maneira adequada a uma política de justiça social e uma política de progresso? Que trabalho foi feito com respeito a esses quarenta milhões de eleitores? Essa é uma das perguntas.

A mesma coisa ocorreu na Argentina. Lá também perdemos as eleições, Macri venceu e o peronismo progressista perdeu as eleições.

Esse é o momento da grande reflexão.

Mas nem tudo tem sido negativo este ano, na Venezuela por exemplo, houveram eleições presidenciais e venceu o presidente Maduro, no México também houveram eleições presidenciais e ganhou López Obrador. Ou seja, houveram vitórias no campo progressista. Na Colômbia a esquerda teve um resultado impressionante, algo que nunca aconteceu, infelizmente a eleição presidencial não foi ganha mas, houve, sim, progresso.

A esquerda não desapareceu e não cabe dúvidas que golpes como o do Brasil ou como da Argentina merecem reflexão.

B.C.: Quando o comandante Hugo Chávez começa com a união cívico-militar, a criação das Unidades Populares Revolucionárias, muitos o criticaram porque pensavam que ele estava ultrapassando fronteiras institucionais. Agora, muitos afirmam que se tivesse existido um trabalho político mais intenso no Brasil ou na Argentina não estaríamos passando por isso, você considera esse argumento verdadeiro?

I.R.: Absolutamente verdadeiro. Eu acredito que é necessário que, o Brasil em particular, se realize um trabalho político que não foi feito como deveria ter sido. Talvez tenham acreditado que apenas um acordo com a burguesia já seria suficiente. Que só assegurando ao povo elementos básicos de consumo – unicamente – e não aspirações de tipo maior como justiça social, maior ideologia na formação cultural e política já seria o bastante. Talvez por isso se esteja pagando tão caro.

Na Venezuela o presidente Hugo Chávez propunha um novo conceito de socialismo, o socialismo do século XXI, que implicaria não só em uma melhora  das condições de vida, não só uma maior justiça social, não só maior democracia política – real e autêntica – mas também uma participação verdadeira e integrada do processo político, uma participação de todos os dias.

Às vezes os próprios amigos brasileiros criticavam a quantidade de eleições que ocorriam na Venezuela – “São muitas eleições, vocês estão mobilizando o povo a todo o momento, para que tantas eleições? Mais de uma eleição por ano…”. Bem, o resultado é que uma grande parte da população venezuelana está muito conscientizada e mesmo nesse momento em que a Venezuela padece de tantos ataques – guerra econômica, boicote financeiro, sanções por parte dos Estados Unidos – nós vemos as eleições que ocorreram e temos o resultado, o apoio que o presidente Nicolás Maduro está recebendo de sua população.

B.C.: Agora nós vamos do Brasil ao Norte da América, López Obrador no México. Qual é a sua leitura?

I.R.: Não será fácil para López Obrador. O que o eleitorado mexicano tem feito é finalmente tentar encontrar outra alternativa, é apostar em um governo de esquerda. Com López Obrador pode contribuir com uma solução para um país que está corroído pela violência, um país que está impregnado pelos narcotraficante, com uma grande corrupção a nível administrativo e estatal, mas com muitas possibilidades, e que conta com um povo que busca soluções.

López Obrador tem o apoio massivo do povo e pode conseguir. Eu creio que todos os progressistas da América Latina estão apoiando López Obrador e desejam seu êxito. Infelizmente não será fácil.

B.C.: Finalizaremos nossa viagem pela esquerda latino-americana por onde começamos, na Venezuela. Atualmente estamos sofrendo duros ataques por parte da direita internacional e do Estados Unidos, batalha que se traduz em um bloqueio e numa guerra econômica. Resistirá a Venezuela a estes ataques?

I.R.: Seguramente sim. Não há dúvida. A Venezuela irá resistir porque, em primeiro lugar, a Venezuela já está vacinada. Depois de vinte anos sofrendo todo tipo de ataques – provavelmente nesses vinte anos nenhum outro país do mundo sofreu tantos ataques e não falo só da América Latina como falo do mundo todo. Ataques de todo tipo, até a tentativa de assassinato do presidente Maduro. E a Venezuela superou todos. Pouco se pode imaginar o que as autoridades venezuelanas já não tenham combatido. Sim, a Venezuela vai resistir.

O problema é que o ataque multidirecionado, pois agora atacam também seus aliados. Temos visto o que ocorreu na Nicarágua, temos visto como se multiplicaram as dificuldades do governo Trump contra Cuba. No próximo ano ocorrerão eleições na Bolívia – uma região muito importante – e esperamos que não haja conspiração contra o presidente Evo Morales e que as eleições sejam transparentes, que permitam a população boliviana votar com toda serenidade em função desse extraordinário desenvolvimento que levou a cabo o governo do MAS, o governo de Evo Morales.

Os ataques contra a Venezuela são contra a Venezuela e seus aliados, são ataques de grande envergadura provenientes de todas as grandes potências internacionais. Eu espero que todas as dificuldade que o país está conhecendo possam ser superadas e acredito, também, que a população venezuelana tem uma grande confiança no presidente Nicolás  Maduro.

B.C.: Vocês acabam de escutar Ignácio Ramonet que compartilhou conosco suas impressões e perspectivas sobre a esquerda latino-americana…

Assista a entrevista em espanhol:

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Mundo em desarranjo https://nocaute.blog.br/2018/12/06/mundo-em-desarranjo/ Thu, 06 Dec 2018 21:16:18 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43531 Estaríamos diante de um rearranjo de forças capaz de significar uma quebra permanente no estado de coisas? Ou seria somente um período de reacomodação dentro do mesmo esquema? Confira a videocoluna de Aline Piva, correspondente do Nocaute em Caracas.

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À medida em que o presidente francês, Emmanuel Macron vai ficando cada vez mais acuado pelos protestos que paralisam o país, comparações com os protestos de 2013 no Brasil começam a emergir com cada vez mais frequência. Claro, as semelhanças estão aí, principalmente na ânsia de apresentar-se como algo espontâneo, orgânico, desassociado de qualquer forma de organização, digamos, tradicional – partidos, sindicatos, movimentos populares…

A novidade? Até agora, esse tipo de protesto vinha acontecendo em países com governos progressistas. E Macron pode ser acusado de tudo, menos de ser progressista. Ou seja, há algo ainda mais forte por trás desses movimentos: uma profunda ansiedade anti sistêmica, contra “tudo isso que está aí”, independentemente do governo de ocasião.

O problema é que, ao invés de responder a essa ansiedade com novas formas de organização, com uma resignificação do que é a política e sua importância para a reconstrução do tecido social, o que vemos é justamente o contrário: o retorno aos erros do passado – inclusive de formas tão caricaturadas que chegam a ser humilhantes, como estamos vendo no Brasil.

O G20 é outro bom exemplo disso. O encontro, que marcou a primeira visita oficial de Trump à América Latina, terminou como vem terminando a grande maioria dos encontros multilaterais: como uma declaração que mais parece a pedra que faltava para enterrar todas os instrumentos de concertação internacional. O foco deixa de ser a construção de relações amplas entre os países, para dar ênfase a relações bilaterais desiguais – ou seja, que favorecem amplamente os mais fortes, enquanto outros se vêem obrigados (ou o fazem de vontade “própria”) a se submeterem à condições absolutamente desfavoráveis a seus interesses nacionais. Aqui, de novo, o Brasil se presta a catalisador do movimento engendrado pelos Estados Unidos — enquanto, Rússia, Índia e China reforçam as discussões sobre cooperação em temas de economia e segurança. Já vimos esse filme.

Falando em caricaturas, não poderia terminar a coluna dessa semana sem falar de uma das mais caricatas figuras do cenário internacional, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro. Por anos, Almagro vem ignorando as profundas violações de direitos humanos no México. Mas foi só López Obrador assumir a presidência, que o país voltou a existir, assim, num passe de mágica. O que reforça a leitura de que há uma tendência cada vez mais aberta de usar os foros multilaterais para atacar países não-alinhados, enquanto as decisões de real importância acontecem a portas fechadas, bem longe do escrutínio público.

Enfim, estaríamos diante de um rearranjo de forças capaz de significar uma quebra permanente no estado de coisas? Ou seria somente um período de reacomodação dentro do mesmo esquema? Os protestos na França, a eleição de deputados de extrema-direita em Andaluzia, López Obrador no México… São respostas distintas para o mesmo problema, a precarização e a desesperança, frutos de um sistema em franca decadência.

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Emir Sader: México terá que enfrentar os EUA sem grandes aliados latino-americanos. https://nocaute.blog.br/2018/12/03/emir-sader-mexico-tera-que-enfrentar-os-eua-sem-grandes-aliados-latino-americanos/ Mon, 03 Dec 2018 20:20:59 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43384 Para Sader, Obrador terá que enfrentar graves problemas advindos dos Estados Unidos, entre eles a imigração do país e da América Central e o narcotráfico, que passa pelo país para abastecer o maior mercado consumidor de drogas do mundo. Além de ter que conviver com a idiossincrasia do Trump.

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Eleito com 53% dos votos, o novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (AMLO, como é conhecido pelo povo), tomou posse no último sábado (1º) prometendo um novo rumo ao país. Após nove décadas de governos conservadores, AMLO colocou seu partido, o Movimento Regeneração Nacional (Morena) no poder.

Após perder as eleições em 2012, AMLO saiu do PRD (Partido da Revolução Democrática) e fundou Morena – Movimento de Regeneração Nacional -, nome que remete à padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe, chamada carinhosamente pelo povo mexicano de Morena.

Para o professor e cientista político Emir Sader, o novo presidente mexicano deve encontrar dificuldades em seu novo governo por não ter aliados latino-americanos de peso para enfrentar os Estados Unidos. “AMLO vai ter que enfrentar graves problemas advindos dos Estados Unidos, entre eles a imigração do país e da América Central e o narcotráfico, que passa pelo país para abastecer o maior mercado consumidor de drogas do mundo. Além de ter que conviver com a idiossincrasia do Trump.”

Apesar das dificuldades previstas, Sader acredita que a eleição de AMLO representa a terceira onda progressista no México, depois da Revolução Mexicana de 1910 de Zapata e Pancho Villa, do governo radical de Lázaro Cárdenas, entre 1933 e 1940, quando se nacionalizou o petróleo e se fez a reforma agrária.

Em seu discurso de posse, o novo presidente afirmou que vai acabar com a impunidade e a lavagem de dinheiro mas sem perseguir ninguém, pois não aposta no “circo e na simulação”, disse durante o juramento: “Hoje uma mudança de regime político começa. Será uma transformação política e ordenada (…) acabará com a corrupção e a impunidade que impedem o renascimento”.

Entre suas principais propostas estão a distribuição de renda, combate à pobreza, criação de novos empregos, o aumento e a valorização do salário mínimo, assim como a implementação de bolsas de estudos para jovens pobres”.

Para Emir Sader o programa econômico de AMLO deve levá-lo a um choque com o atual modelo neoliberal mexicano: “Seu programa econômico é moderado, mesmo se no discurso de posse ele definiu o neoliberalismo como um sistema corrupto. A definição da centralidade na defesa dos interesses dos pobres deve levá-lo a se chocar com o modelo neoliberal que degrada o México há cerca de décadas. Ele já anunciou o fim da reforma educacional neoliberal, a revisão dos contratos do petróleo e a construção de uma grande estrada que cortará o sul do México de um oceano a outro”.

AMLO se comprometeu a convocar um referendo revogatório no metade do seu mandato, o que, segundo Sader, representa pouco tempo para o novo líder mexicano mostrar resultados para o país.

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López Obrador toma posse como presidente do México https://nocaute.blog.br/2018/12/01/lopez-obrador-toma-posse-como-presidente-do-mexico/ Sat, 01 Dec 2018 19:41:15 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43304 Conhecido como AMLO, o novo presidente quebrou hegemonia de partidos de direita no México.

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Conhecido como AMLO, o novo presidente quebrou hegemonia de partidos de direita no México.

Eleito presidente do México em 1º de julho com 53% dos votos, Andrés López Obrador, de 65 anos, tomou posse neste sábado (1º) sucedendo Enrique Peña Nieto.

A sessão, realizada na Câmara dos Deputados do México, começou às 9h07 locais (13h07 em Brasília). O plenário estava tomado por integrantes do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), o partido de López Obrador, maioria nas duas casas legislativas.

Houve momentos de tensão quando um grupo de deputados levantou um cartaz que dizia “Maduro, você não é bem-vindo”. A mensagem era uma crítica pelo convite feito por López Obrador ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para estar na cerimônia de posse.

“Eu prometo manter e proteger a Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos (…) e desempenhar leal e patrioticamente a posição de Presidente da República que o povo me concebeu de maneira democrática. Se eles me pedissem para resumir esse governo, eu diria: ‘Acabar com a corrupção e a impunidade’. Mas essa nova etapa vamos iniciar sem perseguir ninguém, porque não apostamos no circo e na simulação”, disse o novo presidente durante o juramento.

Depois da posse, López Obrador foi direto para o Palácio Nacional, no centro da Cidade do México, para uma reunião fechada com líderes de vários países.

No período da transição de governo, Obrador anunciou um ambicioso plano de infraestrutura e programas sociais para liderar o que batizou de “quarta transformação” do México.

Com Agência Brasil*

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O tour de beija-mão do clã Bolsonaro https://nocaute.blog.br/2018/11/28/o-tour-de-beija-mao-do-cla-bolsonaro/ Wed, 28 Nov 2018 18:57:36 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43127 O mais novo presidente de fato do Brasil nem tomou posse oficialmente, mas seu clã já iniciou o tour de beija-mão. Agradecimento aos serviços prestados? Ou reforçando promessas passadas? Talvez ambos.

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O mais novo presidente de fato do Brasil nem tomou posse oficialmente, mas seu clã já iniciou o tour de beija-mão. Agradecimento aos serviços prestados? Ou reforçando promessas passadas? Talvez ambos.

O fato é que Eduardo Bolsonaro – aquele que teve um aumento de mais de 400% no patrimônio – passou os últimos dias passeando pelos corredores de Washington. Reuniu-se com representantes do governo, com Luis Almagro (o ditador-em-chefe da OEA), com o genro de Trump e até achou um tempinho na agenda para participar do jantar de aniversário de Steve Bannon, o ex-assessor do presidente dos Estados Unidos que promete criar uma cruzada global contra o “marxismo cultural” — seja lá o que for isso.

Sintoma dos nossos tempos. Enquanto gastamos nossas energias e nos deprimimos com as asneiras que escreve o futuro chanceler de fachada, a cria do presidente se encarrega de selar os acordos que definirão os rumos da nossa política externa por anos (senão décadas). Nada novo: o clã Trump já vem cumprindo esse papel há vários anos — e lucrando muito com isso.

Essa vem sendo uma semana agitada: nesta quinta, John Bolton, assessor de Segurança Nacional de Trump, faz uma escala no Brasil antes de engrossar as fileiras da Cúpula do G20, que acontece na sexta, na Argentina. Na agenda da reunião, nada que Eduardo Bolsonaro já não tenha acertado em Washington: intensificação do cerco à Venezuela, Nicarágua, Cuba, comércio bilateral (leia-se: devolver o Brasil aos tempos de colônia de exploração) e claro, acabar de uma vez por todas com a “ameaça chinesa” – agenda que deve ser reforçada por Trump no G20. No sábado, López Obrador assume a presidência do México com a promessa de retomar o não-intervencionismo como eixo fundamental da política externa mexicana.

Enquanto a eleição de Bolsonaro vem sendo celebrada nos círculos mais reacionários de Washington como um passo para a conquista do “Santo Graal da diplomacia regional dos Estados Unidos”, o Financial Times já se adianta em inverter a realidade, consagrando o futuro governo de Obrador como uma “ameaça à democracia liberal maior que Bolsonaro”.

Mais sintomas dos tempos estranhos em que vivemos, onde os fatos concretos, a realidade objetiva, têm menos importância para a opinião pública do que apelos à emoção coletiva ou a crenças pessoais. A única coisa que importa é que o argumento pareça legítimo — por mais irreal que seja. É por isso, por exemplo, que o Financial Times pode acusar Obrador justamente daquilo que já está sendo feito por Bolsonaro, como nomear um super-ministro ou ter um Judiciário mais que alinhado com o “espírito” do que vem por aí. É o pensamento mágico elevado ao nível de pós-verdade. É a mentira como a mais nova arma de dominação real.

 

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