Acusado de colaborar com Wikileaks, o ativista e pesquisador de segurança da informação Ola Bini foi preso horas depois de Julian Assange em abril deste ano, em Quito, Equador.
A Justiça do Equador ordenou a libertação do sueco Ola Bini. Ele foi preso em abril, sem acusações formais, poucas horas depois de a ministra do Interior do Equador, Maria Paula Romo, afirmar em entrevista coletiva que havia supostos “hackers russos” no país.
O advogado de Bini, Mario Melo, disse que o sueco foi processado “sem qualquer encargo específico” e que a acusação “não conseguiu demonstrar” que ele interferiu em algum sistema de computador equatoriano.
“Hoje mostramos a minha inocência pela primeira vez e continuaremos a demonstrar “, disse Ola Bini, depois da sentença. O sueco agradeceu aos juízes por mostrarem que o processo foi “ilegal”. Antes de sua soltura, Bini havia afirmado que não seria totalmente livre enquanto a investigação “ilegítima” continuasse.
Um dos advogados de defesa do sueco, Iván Escandón explicou que, ao determinar que a detenção foi arbitrária e ilegal todo o processo torna-se nulo, porque os operadores de Justiça que intervieram no caso deveriam se tornar objeto de sanções.
O ativista terá que comparecer periodicamente diante das autoridades equatorianas e não poderá deixar o país para garantir sua colaboração na investigação de supostos ataques a sistemas de computadores.
Clique aqui para assistir à entrevista de Julian Assange ao editor do Nocaute, Fernando Morais.
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