Brasil

OEA: “Avalanche de fake news nas eleições não tem precedentes”.

Chefe da missão estrangeira que acompanha as eleições as eleições no Brasil diz que a avalanche de fake news, disparadas por aplicativos de mensagens, não tem precedentes e surpreendeu autoridades.

A ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, atual responsável pela missão de observação das eleições brasileiras pela Organização dos Estados Americanos (OEA), disse nesta quinta-feira (25) que o uso de aplicativos de mensagem para a distribuição de notícias falsas talvez não tenha precedentes em outros países.

“O fenômeno que temos visto no Brasil talvez não tenha precedentes fundamentalmente por uma razão. No caso do Brasil estão usando redes privadas, que é o WhatsApp. É uma rede que apresenta muitas complexidades para que as autoridades possam acessar e realizar investigações. (…) É a primeira vez que, em uma democracia estamos observando o uso do WhatsApp para poder difundir massivamente notícias falsas, como é o caso no Brasil”, disse Chinchilla após participar de um encontro com o candidato Fernando Haddad.

Laura Chinchilla e Fernando Haddad.

Na ocasião, Haddad entregou para a representante da OEA documentos que denunciam o pagamento feito por empresários para o disparo em massa de mensagem em favor de Jair Bolsonaro. A prática é considerada ilegal.

Essa é a primeira vez que o Brasil recebe uma missão de observação da OEA para acompanhar o andamento das eleições. De acordo com o TSE, a missão tem como meta “aprimorar a cooperação para o aprofundamento da democracia” e devem ocorrer de maneira “objetiva, imparcial e transparente”, sem a finalidade de “julgar a legitimidade de uma eleição”.

A missão analisa também todo o ciclo eleitoral e avalia aspectos como: financiamento de campanhas; liberdade de imprensa e acesso aos meios de comunicação; solução de contenciosos após a eleição e a participação política de mulheres, indígenas, negros e das pessoas com deficiência.

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