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Haddad defende solução pacífica para a Venezuela e critica interferência dos EUA na América do Sul

O candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, disse que o Brasil não deve declarar guerra à Venezuela e criticou a interferência dos Estados Unidos na política sul-americana. A declaração foi dada em entrevista à Radio Capital nessa segunda-feira (15).

“Você não tem dúvida que nossa preocupação com nossos vizinhos tem de ser permanente. Mas não podemos correr o risco de declarar guerra à Venezuela ou admitir a instalação de uma Base dos Estados Unidos no Brasil”, disse Haddad, em referência à negociação entre os governos brasileiro e dos EUA para utilizar a Base de Lançamento de Alcântara, da Força Aérea Brasileira, no Maranhão.

O petista defendeu uma solução diplomática, envolvendo organismos internacionais e outros países da região, para os conflitos na Venezuela: “Por que o Oriente Médio está em guerra permanente? Por causa do petróleo. Não podemos admitir que os americanos se metam na América do Sul. Temos que resolver os problemas com as nossas próprias forças. Se a Venezuela está com problemas, guerra não é a solução. Temos de chamar a ONU, a OEA, a Argentina, Colômbia, Bolívia. Chegar na Venezuela com uma solução democrática para os conflitos internos, e não tomar partido. Sou contra o militarismo. Contra a instalação de base militar dos EUA no Brasil e sou a favor de uma solução pacífica. A Venezuela passa por momentos difíceis, mas nos nossos 13 anos de governo, nunca houve da nossa parte qualquer postura em contraste com a democracia. Ao contrário do Bolsonaro, que sempre fez apologia à tortura e à ditadura”.

 

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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Perdão mas é com este discurso que Haddad espera reverter o jogo? 1) Quem é que mencionou “declarar guerra à Venezuela”? Houve qualquer manifestação do governo brasileiro neste sentido? Existe algum general ou membro ao Alto Comando que considere tal idéia algo menos do que loucura coimpleta? Mais ainda, quando se fala em OEA e ONU, não é a Venezuela a primeira a rechaçar quaisquer tipos de mediações destes dois órgãos, tendo, inclusive, deixado a OEA? E no que toca à base de Alcântara, o que se está tentando é viabilizar o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) – ou seja, gerar recursos alugando a base para países e empresas colocarem seus satélites em órbita. O CLA pertence ao Estado brasileiro e é gerido pela Aeronáutica, e não há nada nos acordos em discussão que anule ou reduza isto.

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