O Ministério da Defesa da Espanha ordenou o envio do Exército à Catalunha para apoiar a ação da Guarda Civil e da Polícia Nacional. A ação aconteceu 60 minutos depois de o rei Felipe VI fazer um pronunciamento à nação, deslegitimando o resultado do referendo do dia 1º e condenando a independência da Catalunha.
Ao todo, 20 caminhões militares foram enviados a Barcelona, segundo o site de notícias espanhol El Confidencial. Nos dias que antecederam a votação, o governo central mandou 5 mil efetivos da Guarda Civil e da Força Nacional. Eles devem permanecer na região até o próximo dia 10, pelo menos.
Assista às reportagens de Fernando Morais, enviado especial à Catalunha, sobre o referendo:
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De acordo com a imprensa local, a operação tem como principal objetivo aportar com comida, limpeza de roupas e outros cuidados relacionados à higiene. Tanto efetivos da Guarda Civil como da Polícia Nacional estão com dificuldade para se instalar em hotéis na Catalunha.
O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, e o parlamento local devem se reunir na próxima segunda-feira (9) para falar dos efeitos do referendo. Segundo as leis já aprovadas, a Catalunha deve proclamar sua independência e a formação de uma república, já que o “sim” foi vitorioso na consulta popular.
A declaração do rei foi feita na terça-feira (3). Ele acusou a Generalitat de estar “à margem do direito e da democracia” e de querer “quebrar a unidade da Espanha e a soberania nacional”. “Por tudo isso e ante essa situação de extrema gravidade, é responsabilidade dos legítimos poderes do Estado assegurar a ordem constitucional e o normal funcionamento das instituições”.
