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Catalunha: Polícia tem ordem para impedir abertura de colégios eleitorais.

Com objetivo de impedir o referendo do próximo domingo (1º) sobre a independência catalã, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e o Ministério Público da Espanha determinaram que as forças de segurança impeçam a abertura dos locais de votação.
O procurador-geral da Catalunha, José Maria Romero de Tejada, ordenou que os Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, excepcionalmente comandada pelo governo central, lacre dois mil colégios eleitorais na sexta-feira (29), após o término das aulas. Também deve dispersar qualquer concentração de pessoas diante desses locais durante todo o fim de semana. A ordem inclui impedir votações feitas nas ruas, a cem metros dos colégios.

À esquerda, Oriol Junqueras, vice, e o presidente catalão Carles Puigdemont (Foto: El Diario)


Há outra ordem judicial para a Polícia Nacional e para a Guarda Civil, que devem impedir, antes de domingo, o uso de prédios públicos para preparação para o referendo.
Na prática, o que a Justiça determinou é que, no dia 1º de outubro, as forças de segurança não podem deixar que os locais de votação abram. Se isso acontecer, terão que ser fechados.
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O referendo do dia 1º de outubro vai perguntar se os catalães querem ou não que a Catalunha, uma das 17 regiões autônomas da Espanha, se torne um um país independente.
Apesar de o governo central ter acionado o Judiciário para tornar o referendo ilegal e ter convocado a polícia para tentar impedir, o presidente catalão, Carles Puigdemont, afirma que a votação vai sim acontecer.

 
O premiê espanhol, Mariano Raroy, pediu que os separatistas desistam do referendo e usem o “bom senso”.
A Catalunha tem 5,5 milhões de eleitores. Se o “sim” vencer, a região pode se declarar um país independente em alguns dias, de acordo com as leis aprovadas pelo Parlamento local.
Entre as medidas já adotadas por Madri estão o bloqueio de 140 sites separatistas e a violação de correspondência para impedir a distribuição das cédulas de votação pelo correio.
O Ministério Público já havia mandado que os Mossos d’Esquadra recolhessem urnas e propagandas separatistas.
Na semana passada, catorze funcionários do governo catalão foram presos por organizar a consulta.
A polícia também convocou para prestar depoimento quinze hackers de Valência, Barcelona, Gerona e Tarragona, acusados de clonar na internet as páginas separatistas que foram tiradas do ar. A solução utilizada até o momento é hospedar o conteúdo fora da União Europeia.

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  1. Avatar

    CATALUNHA desta vez NÃO TEM VOLTA, o governo conservador espanhol só conseguiu a repressão e ojeriza da população.
    Será uma autentica OPERAÇÃO DE GUERRA neste final de semana.
    Nossa SOLIDARIEDADE AOS BRAVOS LUTADOR@ DA CATALUNHA.
    Professor Kico
    CEBRAPAZ-PR

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