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Irma deixa dez mortos em Cuba. Raúl afirma que a Revolução não vai deixar ninguém desamparado.

Vedado, em Havana, no domingo (Foto: Granma)


Depois da passagem do furacão Irma por Cuba, o presidente Raúl Castro afirmou no domingo (10) que com organização e disciplina o país conseguirá reconstruir o que foi destruído.
“As imagens das últimas horas são eloquentes, como também o é o espírito de resistência e vitória de nosso povo que renasce com cada adversidade”, declarou Raúl Castro.
Segundo comunicado da Defesa Civil emitido na manhã desta segunda-feira (11), dez pessoas morreram na ilha por conta do furacão. As vítimas são de Havana, Matanzas, Camagüey e Ciego de Ávila.
O presidente afirmou que o Irma afetou todo o território nacional e que ainda não foi possível quantificar o estrago, mas ressaltou o espírito de solidariedade dos cubanos, determinante para superar situações desse tipo.
Leia abaixo a íntegra do comunicado, publicado na imprensa cubana.
“O furacão Irma, com sua força destruidora, abateu-se contra nossa Ilha por mais de 72 horas, desde a manhã de 8 de setembro até a tarde deste domingo. Com ventos que em algumas ocasiões ultrapassaram os 250 quilômetros por hora, percorreu o norte do país desde Baracoa, castigada também por outro fenômeno deste tipo há quase um ano, até as imediações de Cárdenas. Contudo, pela imensidão do seu tamanho praticamente nenhum território se livrou de seus efeitos.

Impacto do Irma em Punta Alegre, na província de Ciego de Ávila (Foto: Yander Zamora/Granma)


Qualificado pelos especialistas como o maior furacão formado no Atlântico, este fenômeno meteorológico causou severos danos ao país, os quais, justamente por sua envergadura, ainda não puderam ser quantificados. Uma olhada preliminar evidencia afetações na habitação, no sistema eletroenergético e na agricultura.
Além disso, golpeou alguns de nossos principais destinos turísticos; entretanto, as afetações serão recupe­radas antes do início da alta temporada. Contamos para isso com os recursos humanos e materiais requeridos, por constituir uma das principais fontes de renda da economia nacional.
Foram dias duros para nosso povo, que em apenas poucas horas viu o que foi construído com esforço ser golpeado por um devastador furacão. As imagens das últimas horas são eloquentes, como também o é o espírito de resistência e vitória de nosso povo que renasce com cada adversidade.
Nestas difíceis circunstâncias primou a unidade dos cubanos, a solidariedade entre os vizinhos, a disciplina ante as orientações emitidas pelo Estado Maior Nacional da Defesa Civil e os Conselhos de Defesa em todos os níveis, o profissionalismo dos especialistas do Instituto de Meteorologia, a instantaneidade dos nossos meios de comunicação e seus jornalistas, o apoio das organizações de massas, assim como a coesão dos órgãos de direção do Conselho de Defesa Nacional. Menção especial para todas as nossas mulheres, incluindo as dirigentes do Partido e do Governo, que com aprumo e maturidade dirigiram e enfrentaram a dura situação.
As jornadas que se avizinham serão de muito trabalho, onde voltará a ficar demonstrada a fortaleza dos cubanos e a confiança indestrutível em sua Revolução. Não é tempo para lamentar-nos, mas para voltar a construir o que os ventos do furacão Irma tentaram desaparecer.
Com organização, disciplina e a integração de todas as nossas estruturas, sairemos adiante como o temos feito em ocasiões anteriores. Ninguém se engane, a tarefa que temos pela frente é imensa, mas com um povo como o nosso ganharemos a batalha mais importante: a recuperação.
Neste momento crucial, a Central de Trabalhadores de Cuba e a Associação Nacional de Pequenos Agricultores, junto às demais organizações de massas, deverão redobrar seus esforços para apagar o mais breve possível as sequelas deste destrutivo evento.
Um princípio se mantém inamovível: a Revolução não deixará ninguém desamparado e desde já se tomam medidas para que nenhuma família cubana fique abandonada à própria sorte.
Como foi habitual cada vez que um fenômeno meteorológico nos golpeia, são muitas as mostras de solidariedade recebidas desde todas partes do mundo. Chefes de Estado e de Governo, organizações políticas e amigos dos movimentos de solidariedade expressaram a vontade de ajudar-nos, o que agradecemos em nome dos mais de 11 milhões de cubanas e cubanos.
Enfrentemos a recuperação com o exemplo do Comandante em Chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, que com sua permanente fé na vitória e férrea vontade nos ensinou que não existem impossíveis. Nestas difíceis horas, seu legado nos torna fortes e nos une”.
Raúl Castro Ruz
Havana, 10 de setembro de 2017

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