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Representação Brasileira aprova entrada da Bolívia no Mercosul

Senadora Fátima Bezerra (Foto: Lula Marques/AGPT)


A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou na quarta-feira (16) a adesão da Bolívia ao bloco. A matéria foi relatada pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que apresentou parecer favorável. Agora, o protocolo terá que ser examinado e aprovado pela Câmara e pelo Senado.
“Podemos afirmar, com segurança, que a adesão da Bolívia no Mercosul se constitui em um passo de grande relevância para consolidar o processo de integração sul-americana”, argumentou a relatora. Ela lembrou que, do ponto de vista econômico, tanto o Brasil é um mercado importante para a Bolívia como a Bolívia é importante para o Brasil.
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Essa é a primeira etapa do processo, pois a adesão ainda tramitará pela Câmara e pelo Senado. Segundo o protocolo, a Bolívia terá quatro anos, a partir da data de vigência do acordo, para adotar a Nomenclatura Comum do Mercosul, a Tarifa Externa Comum e o Regime de Origem do Mercosul.
“Temos certeza de que a integração de mais esse país representará mais prosperidade e crescimento econômico não só para o Brasil, mas para os demais países do bloco”, disse Fátima Bezerra.
Confirmada a adesão da Bolívia, o Mercosul torna-se um bloco com 300 milhões de habitantes, distribuídos em uma área de 13,8 milhões de quilômetros quadrados e com um produto interno bruto (PIB) calculado em US$ 3,5 trilhões.
O diretor do Departamento do Mercosul do Ministério das Relações Exteriores, Otávio Brandelli, considera positiva a adesão da Bolívia ao bloco.
O fator geográfico e as significativas reservas de gás e de lítio do país são os principais motivos que demonstram que a Bolívia será um grande parceiro para o Brasil e para a América Latina.

Presidente da Bolívia, Evo Morales (Foto: Freddy Zarco/ABI)


Sobre a questão geográfica, Otávio Brandelli afirma que a fronteira entre o Brasil e a Bolívia é a maior fronteira terrestre do Brasil, alcançando mais de 3,4 mil quilômetros de extensão. Segundo ele, uma fronteira dessa dimensão pode ser foco de oportunidades e de problemas, e a participação dos dois países em um mesmo processo de integração cria condições favoráveis para um melhor encaminhamento dos problemas de fronteira.
Em relação à questão energética, ele argumenta que a Bolívia é o principal fornecedor de gás natural para o Brasil (mais de 90% das exportações), tem um enorme potencial hidrelétrico e a energia do futuro, já que tem o segundo maior estoque de lítio do mundo. O mineral é essencial à fabricação de baterias utilizadas pela indústria eletrônica.
Criado em 1991, o Mercosul era integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Em 2012, foi aprovada a entrada do quinto membro, a Venezuela. A entrada da Bolívia no Mercosul já foi aprovada pelos outros três membros fundadores e só está faltando a autorização do Congresso brasileiro para o país integrar o bloco.
*Com informações da Agência Senado e da Agência Brasil

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