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Rafael Braga tem habeas corpus negado pela Justiça do Rio de Janeiro

Rafael Braga


Por dois votos a um, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou nesta terça-feira (8) o habeas corpus a Rafael Braga. A desembargadora relatora Katya Monnerat e o revisor Antônio Boente votaram pela manutenção da prisão, enquanto o desembargador Luiz Zveiter votou a favor pela liberdade do rapaz.
Rafael Braga foi preso pela segunda vez em janeiro de 2016, supostamente flagrado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro na posse de 0,6g de maconha, 9,3g de cocaína e um rojão.
Ele afirma que o material foi plantado pelos policiais responsáveis pelo flagrante, e o depoimento deles é a única base para condenação. Em 20 de abril, foi anunciada a sentença de 11 anos e três meses de reclusão, acrescidos de pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 1.600,00.
Morador de rua, Rafael Braga foi preso pela primeira vez na Lapa, em São Paulo, nas manifestações de junho de 2013, por portar uma garrafa de desinfetante e outra de água sanitária. A acusação é de que usaria os produtos para a fabricar um coquetel molotov, hipótese que depois foi invalidado pelo Esquadrão Antibomba da Polícia Civil.
Desde segunda-feira, militantes contra a prisão de Rafael Braga fazem vigílias em diversas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Em entrevista à Carta Capital, Rafael contou que não sabia o que era coquetel Molotov, nem fazia parte do movimento Black Block. “Os policiais me chamaram (‘vem cá moleque’) e atendi. Começaram a me dar porrada e depois me levaram para a cela da Delegacia da Criança, perto do casarão onde eu deixava as minhas coisas. Me tiraram uma hora e meia depois, mais ou menos, e quando cheguei na 5ª DP, a garrafa de Pinho Sol não tinha mais a cor do produto. Estava com uma cor mais clara e um pedaço de pano na boca da garrafa. Eles forjaram. Não sei por que tiveram o prazer de mentir e fazer isso comigo”, disse, à revista.
 

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