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Paulo Teixeira: o nosso plano A e B chama-se Luiz Inácio Lula da Silva

 De volta após o recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados pode votar nesta semana se autoriza o prosseguimento da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. A sessão está marcada para quarta-feira (2), mas depende de quórum para ser realizada.

As acusações do Ministério Público contra Temer têm como base a delação premiada dos executivos da JBS. O Supremo Tribunal Federal só poderá analisar a denúncia do presidente da República se receber autorização da Câmara.

Para isso, ao menos 342 deputados terão que votar contra o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da denúncia.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) falou ao Nocaute sobre a estratégia da oposição às vésperas da votação:


 
 
É importante dizer que nós vamos começar o semestre já com essa votação, dia 02 ou na semana seguinte deve haver a votação para autorização do processo para processar o Temer. Ora, se no dia 02 a gente já começa esse debate, ele não termina. Vai ser um debate difícil porque nós teremos que colocar 342 deputados para votar pela licença para processar Michel Temer. E eles vão ter que botar 171 que impeçam. Eu acho que tem uma questão preliminar que é desgastá-lo para que ele não consiga dar o quórum, caso ele dê o quórum que a gente consiga colocar 342.
Mas todo mundo está vendo que ele está comprando deputados que nem se compra banana, por dúzia. Dando cargos altíssimos, dando emendas parlamentares, recursos extra orçamentários. Assim eles estão comprando parlamentar por parlamentar.
Agora, não está fácil fazer essa compra por conta da impopularidade. Esse parlamentar sabe que ano que vem tem eleição. Assim vai ser uma luta não de um dia só, porque são três pedidos de licença. Esse que está em curso. Oxalá que nós consigamos ganhar já nessa entrada. Agora, se não ganharmos essa, nós teremos duas outras votações.
Porque o Janot já anunciou que seriam três pedidos de licença. Um baseado em corrupção passiva que é esse caso da mala de dinheiro para o Rocha Loures e do atendimento de uma demanda de uma usina da JBS, no Mato Grosso, frente a Petrobras. Depois vai ter uma segunda representação na Comissão de Justiça que é sobre o pagamento de uma mesada para o Eduardo Cunha ficar calado. E o terceiro é lavagem de dinheiro que diz respeito ao Porto de Santos. Então eu estou aqui dizendo que será uma guerra com três grandes batalhas. Assim nós teremos dois, três meses muito intensos cujo o centro do debate é a licença para processar Michel Temer.
É preciso intensificar as mobilizações na sociedade e na estratégia parlamentar, desgastar e ver se essa base dele desmorona. E também, por outro lado, tentar aprovar a emenda da Diretas Já! Nós temos um acordo de instalar a comissão, nos próximos dias, assim que o Plenário votar a licença de Michel Temer, na CCJ a gente volta a discussão da instalação da Comissão Especial para a convocação da eleições diretas.
Eleições indiretas nem pensar! Nós não vamos participar. Se tiver eleição indireta o PT está fora. E eleição direta, acho que o nome é do Lula.
Porque não existe um plano B? Porque já que é uma sentença totalmente injusta, desprovida de provas, nós não podemos admitir que uma sentença como essa sobreviva. Nós temos que lutar para que tenha Justiça, não só para o Lula, para todo mundo. Mas, também não admitimos que o Lula seja condenado sem provas. Por isso, o nosso plano A e B chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.

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