A organização italiana Generación Identitaria colocou um navio nas águas do Mediterrâneo para tentar controlar o fluxo de pessoas que tentar entrar no continente europeu pelo mar. Uma campanha identitária, declaram os padrinhos da iniciativa.
Segundo o jornal Independent, a embarcação foi presa no Canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao mar Vermelho. A causa da detenção do navio foi o capitão não ter cumprido requerimentos relativos à tripulação.
Fundada em 2012, a Generación Identitaria conseguiu colocar o navio de cerca de 40 metros de comprimento no mar por meio de uma campanha de arrecadação. Foram doados 160 mil euros doados para a causa por meio do PayPal e de outros sites semelhantes. Entre os autodenominados ativistas, havia austríacos, franceses e alemães.
Um site ainda mantém a campanha de arrecadação no ar
O objetivo, de acordo com a própria organização, é patrulhar e controlar as “atividades ilegais das organizações não-governamentais” que resgatam imigrantes. O argumento é “Europa para europeus”.
O problema é que, quando um navio é impedido de resgatar refugiados, a probabilidade de que eles morram é alta.
Reprodução/Facebook
Uma das ativistas do grupo, Lauren Southern afirmou: “se os políticos não param os barcos, vamos pará-los nós”.
Generación Identitaria, Geração Identitária, em tradução livre, é um movimento nacionalista que ganha força em outros países da geração ocidental.
Na Espanha e na França, dois grupos com esse mesmo nome se organizam por meio das redes sociais e convidam outros europeus a “resistir”.
O principal grito é “muçulmanos fora da Europa”. Dizem que os cristãos estão sendo perseguidos e falam em defender a própria história. Eles não têm comedimento ao chamar muçulmanos de terroristas, nem de vincular problemas como pobreza e desemprego à chegada de refugiados.
