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Uruguaios já formam longas filas para comprar maconha na farmácia

O Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a controlar a produção, distribuição e o consumo da maconha para fins recreativos. Desde quarta-feira (19), os consumidores podem comprar a erva nas farmácias. Na capital, Montevidéu, a procura foi tão grande que as drogarias venderam todo o estoque.
Em uma das farmácias do centro da cidade, a fila ocupava metade do quarteirão, com espera de aproximadamente uma hora para o atendimento, reportou a agência de notícias EFE.
A cada vez que uma pessoa saía da farmácia com o seu pacote de maconha, as que estavam na porta esperando para serem atendidas cumprimentavam, com um gesto de comemoração discreto. A satisfação não estava somente entre os que faziam fila. Carros que passavam pelo lugar buzinavam para os compradores.
Somente em Montevidéu, três mil pessoas se cadastraram para poder comprar. Por enquanto, há quatro farmácias habilitadas a vender a erva na capital.
O processo de venda começa com a identificação do consumidor por um sistema de biometria. O cadastro é feito nos Correios. Não é necessário apresentar um documento com foto. Na estreia da venda nas farmácias, o sistema caiu em alguns momentos.
Ao todo, há 4.959 pessoas registradas até o momento. Podem comprar até cinco gramas a um preço de 187,04 pesos uruguaios (cerca de R$ 20). Cada cidadão poderá comprar um máximo de 10 gramas por semana e até 40 gramas por mês.
São distribuídas duas variedades de maconha, denominadas Alfa I e Beta I, ambas com uma média de 2% do componente psicoativo tetrahidrocanabinol (THC)
Nos dias anteriores, muitos especularam que a baixa porcentagem de THC (principal componente psicoativo da maconha) na maconha disponibilizada ao público faria com que a substância não tivesse o efeito esperado. Os que abriram o envelope descreveram o produto como “muito bom” e de “muito boa qualidade”.
Para os compradores presentes na fila, a política de legalizar a maconha põe o Uruguai diante dos olhos do mundo como vanguarda de uma mudança cultural e do combater ao tráfico de drogas, servindo de exemplo para outros países.
Assista à reportagem em vídeo:

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