O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela simula neste domingo (16) como será a eleição para compor a Assembleia Nacional Constituinte, no dia 30 de julho. São dois os objetivos, que o eleitorado possa se familiarizar com as etapas do processo e calcular o tempo médio de votação.
A participação não é obrigatória.
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O sistema de votação venezuelano contempla as cinco seguintes etapas: identificação do eleitor mediante apresentação de um documento com foto e com a impressão digital, a votação na urna eletrônica e o depósito do comprovante impresso em uma caixa e a assinatura do caderno de votação.
Segundo o CNE, há 2 mil urnas funcionando na simulação em todo o país, em 355 municípios.
Paralelamente à simulação, acontece um plebiscito extraoficial convocado pela oposição ao governo de Nicolás Maduro. A finalidade é consultar se a população apoia ou não a realização da Assembleia Nacional Constituinte.
A consulta não conta com o respaldo do Conselho Nacional Eleitoral e é considerada um boicote da oposição à Assembleia Constituinte, uma proposta do governo para dialogar com a oposição.
Além de realizar a votação de maneira ‘autônoma’, os líderes da oposição declararam que as cédulas dos votos serão destruídas ao final do dia.
José Eduardo Garcia de Souza says:
Desculpem, mas chamar esta “constituinte” do Maduro de “tentativa de diálogo com a oposição” é negar post deste mesmo blog de há uns meses que dizia que “Maduro estava virando a mesa”. Esta “constituinte” nada mais é do que uma tentativa desesperada de Maduro de se perpetuar no poder pela eleição de um Congresso viciado, já que inclui apenas setores da população que ele sabe que lhe serão fiéis porque dependem diretamente do seu regime. E no que toca ao plebiscito, ele foi autorizado pelo Congresso, não há registro de que as cédulas serão destruídas (a não ser que Maduro o queira fazer e já tenha plantado esta “notícia” para tentar enganar a comunidade internacional) e os eleitores responderão a três perguntas: se rejeitam a assembleia constituinte, se querem que as forças armadas defendam a constituição existente e se querem a realização de eleições antes do final mandato de Maduro, segundo a Reuters.