A partir do dia 19 de julho, as farmácias uruguaias venderão maconha para uso recreativo, como parte da política de legalizar a comercialização e distribuição da substância, iniciada em dezembro de 2013.
Segundo o Instituto de Regulamento e Controle de Cannabis (Ircca), por enquanto, serão 16 as farmácias que terão a “cannabis psicoativa de uso não medicinal”. “Serão vendidas flores de cannabis – bud – envasilhados em estado natural, secas, e sem ser prensada”, informou o Ircca.
São duas variedades, denominadas Alfa I e Beta I.
A Alfa I será um “híbrido de predominância indica com um conteúdo de tetrahidrocannabinol (THC) médio-baixo e alto conteúdo de canabidiol”, e terá uma média de 2% de THC.
Já a Beta I terá uma predominância de sativa, também com um conteúdo de THC médio-baixo e um alto conteúdo de canabidiol.
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De acordo com o Ircca, essas variedades com predominância de sativa contam com “efeitos psicoativos que se manifestam principalmente a nível cerebral”.
Até 10 de julho de 2017, eram 4.711 as pessoas registradas para comprar maconha recreativa de forma legal nas farmácias. Desse total, 60% residem em Montevidéu, enquanto os outros 40% correspondem aos outros 18 departamentos uruguaios.
A maioria é homem, 70% dos inscritos, e 30% são mulheres, com idade entre os 30 e 44 anos.
Apesar da obrigatoriedade de fazer um cadastro, não é preciso revelar nenhum tipo de informação pessoal para comprar nas farmácias, basta usar impressão digital.
A erva será vendida em embalagens de 5 ou 10 gramas, com custo aproximado de US$ 1,30 (R$ 4,20) o grama. Cada indivíduo poderá comprar um máximo de 10 gramas por semana e de 40 gramas por mês.
Deste valor, US$ 0,90 por grama vai para a empresa produtora, a farmácia receberá 20% e o Ircaa, 10%, destinando os recursos a programas de prevenção do uso de drogas.
