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Ataques no parlamento do Irã e no mausoléu de Khomeini deixam 17 mortos

Pelo menos 17 pessoas morreram nesta quarta-feira (07/06) em dois atentados realizados em Teerã, capital iraniana, reivindicados pelo Estado Islâmico. Um deles foi no Majlis, o Parlamento do Irã, o outro, no mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini.
O primeiro ataque aconteceu por volta das 10h30 (3h30 de Brasília). Quatro homens armados invadiram o Parlamento, atiraram nos seguranças, entraram no prédio, mataram doze pessoas e deixaram 48 feridos, segundo a Al Jazeera.
De acordo com a agência de notícias oficial do Irã IRNA, eles estavam armados com AK-47 e pistolas semiautomáticas. O Parlamento foi cercado por forças de segurança do Irã para impedir que os responsáveis pelo atentado escapassem.
Duas horas depois, uma das pessoas que atacou o prédio do Legislativo estourou uma bomba que carregava em seu corpo.
O outro ataque aconteceu no mausoléu do aiatolá Khomeini, onde um homem detonou uma bomba em um ataque suicida. Não houve vítimas fatais, mas algumas pessoas ficaram feridas.
O ataque ao mausoléu de Khomeini é simbólico, por ter sido líder da Revolução Islâmica em 1979, além de uma referência religiosa para os iranianos.
Em resposta aos ataques, o presidente do Irã, Hassan Rohani, declarou que seu país vai derrotar o terrorismo com “a unidade do povo persa” e pediu “cooperação regional e internacional” para acabar com este flagelo.
“A mensagem do Irã, como sempre, é que o terrorismo é um problema mundial, por isso é necessário uma aliança global para a luta contra o extremismo e a violência”, disse o presidente.
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, disse ser “repugnante” a declaração do presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, de que o próprio Irã propiciou os atentados ao “fomentar o terrorismo”.
“São repugnantes a declaração da Casa Branca e as sanções do Senado, enquanto os iranianos combatem o terrorismo apoiado pelos clientes dos EUA”, escreveu Zarif em sua conta no Twitter.
Mais cedo, Trump havia lamentado os atentados, mas ressaltou que os países que “patrocinam o terrorismo se arriscam a virar vítimas do próprio mal que promovem”.
*Texto atualizado às 19h. 
 

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