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Há que reagir contra a negação da própria condição humana.


 
 
Um dos efeitos mais perversos da ascensão do neo-autoritarismo é normalização do discurso de ódio. É cada vez mais recorrente vermos personalidades influentes promovendo verdadeiros linchamentos midiáticos de grupos religiosos, étnicos, partidos políticos, enfim, qualquer ser humano que represente um tipo de alteridade àquilo que elas considerem “normal” ou “aceitável”.
 
Em um mecanismo que se retro-alimenta, vemos essas personalidades reformularem velhos preconceitos, fortalecendo o discurso de ódio que se apresenta travestido como liberdade de expressão.
 
Nós não podemos nos deixemos enganar: liberdade de expressão não desumaniza. O discurso de ódio sim. E é exatamente por isso que nós não podemos deixar que esses discursos sejam reproduzidos acriticamente.
 
Se a história se repete, a primeira vez como tragédia e depois como farsa, devemos sempre retomar as lições históricas, e relembrarmos o que aconteceu, as consequências, da última vez que vimos um discurso como esse emergir. A omissão está na raiz, na origem de todos os fascismos. Há que reagir contra o ódio. Há que reagir contra a negação da própria condição humana. Temos que frear e impedir a banalização do mal.

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