Presidente Juan Manuel Santos e Timochenko durante o ato em comemoração ao desarmamento das FARC (Foto: Efraín Herrera/SIG)
Depois de deixar as armas, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram o novo nome que vão utilizar: Força Alternativa Revolucionária da Colômbia.
“Não queremos romper os vínculos com nosso passado. Fomos e seguiremos sendo uma organização revolucionária. Queremos ser a voz dos excluídos, dos sem voz, dos que vivem na miséria, a voz da gente honesta e boa da Colômbia”, declarou Iván Márquez, um dos membros do secretariado das FARC, em uma celebração em Fonseca, no estado La Guajira, norte da Colômbia.
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Na terça-feira (15), a ONU (Organização das Nações Unidas) retirou o último contêiner com as armas do grupo.
Márquez disse que, quando se transformar em partido político, as FARC terão a intenção de manter de maneira “clara e nítida” a sua “voz antissistema”, assim como levar a palavra de “quem vive nas catacumbas da miséria”. Ele também lembrou os dois milicianos assassinados recentemente após terem sido identificados como membros da guerrilha.
“Não queremos que haja mais destruição de alternativas políticas opositoras”, disse, lembrando o extermínio da União Patriótica entre o fim dos anos 1980 e começo dos 90 na Colômbia. Márquez cobrou do governo uma manifestação de responsabilidade e um compromisso mútuo de não mais guerra no país.
O congresso do partido das FARC vai acontecer entre 27 e 31 de agosto. Na ocasião, os ex-guerrilheiros irão definir os quadros políticos e os futuros candidatos a postos eletivos na Colômbia. No momento, os 61 membros da cúpula das FARC estão construindo o manifesto político do futuro partido que será debatido no congresso no fim de agosto, marcando o fim da guerrilha após 53 anos de conflito e o início da nova fase do grupo.
