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Maduro convoca Forças Armadas para exercício cívico-militar

Ao lado da deputada Cilia Flores, Maduro fala depois da marcha em Caracas (Foto: Telesur)


O presidente Nicolás Maduro exortou hoje a população a apoiar o exercício “cívico-militar” que será realizado pelas Forças Armadas nos dias 26 e 27 de agosto. A convocação ocorre dias depois das ameaças do presidente Donald Trump de recorrer à ação militar contra a Venezuela. O objetivo do exercício é defender a soberania nacional e a legitimidade da Assembleia Nacional Constituinte.
“Nosso destino é um só: a paz, a prosperidade. Os problemas que temos só serão resolvidos por venezuelanos e venezuelanas. Só o povo salva o povo”, afirmou Maduro, em pronunciamento transmitido ao vivo na televisão local e pelas redes sociais.
Maduro criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ameaçar uma intervenção militar na Venezuela na sexta-feira (11), e agradeceu ao Irã, Rússia e China, que manifestaram apoio ao governo venezuelano diante da declaração norte-americana.
“Aqui está a resposta do povo na rua. Um rio cheio de coragem, de valentia, um rio cheio que percorre Caracas”, disse Maduro. O pronunciamento aconteceu depois de uma marcha que percorreu as ruas da capital até chegar ao Palácio de Miraflores, sede do governo.
O presidente também convocou a população a continuar se manifestando para defender a soberania nacional e reforçou que a Venezuela é um exemplo de democracia, pois realizou 21 eleições livres e justas nos últimos 18 anos. “O imperialismo deu uma ordem e o povo venezuelano não cumpre ordens do imperialismo. O povo da Venezuela é um povo livre, rebelde”.
O governo citou setores radicais da oposição que provocam ações violentas, como a atear fogo em chavistas, com o objetivo de provocar uma intervenção externa. “Queriam justificar uma intervenção gringa na Venezuela”, disse.
Em 12 de agosto, o Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação (MinCi) publicou um estudo informando que 169 pessoas morreram por conta de manifestações violentas na Venezuela entre abril e agosto de 2017, segundo que 113 sequer participavam de atos políticos quando foram atacados. Clique aqui para acessar a pesquisa.
As causas de mortes mais violentas foram: vítimas queimadas vivas (2), linchamento (1), vítimas que pertenciam a corpo de segurança (10), vítimas de impacto por objetos contundentes (2), degolamento (1).
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Desde que foram realizadas as eleições para compor uma Assembleia Nacional Constituinte, em 30 de julho, membros do governo da Venezuela enfrentam sanções individuais dos Estados Unidos. O objetivo é deslegitimar o processo eleitoral, além de agravar a crise política e desestabilizar o presidente.
Veja como foi o pronunciamento:

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