Nicolás Maduro – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br Blog do escritor e jornalista Fernando Morais Sat, 11 May 2019 23:40:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.1.1 https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/06/nocaute-icone.png Nicolás Maduro – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br 32 32 Sem conseguir governar o Brasil, Bolsonaro quer se intrometer na Venezuela e na Argentina https://nocaute.blog.br/2019/05/07/sem-conseguir-governar-o-brasil-bolsonaro-quer-se-intrometer-na-venezuela-e-na-argentina/ Tue, 07 May 2019 18:04:43 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=48090 Em sua coluna semanal, Haroldo Lima comenta os vexames internacionais de Bolsonaro e o desgoverno no Brasil. “Para um puxa-saco assumido dos norte-americanos, ter sido escorraçado pelo prefeito de Nova York foi uma grande humilhação para Bolsonaro. Não bastasse não conseguir governar o Brasil até agora, ele ainda quer intervir na Venezuela e se intrometer na Argentina.”

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Em sua coluna semanal, Haroldo Lima comenta os vexames internacionais de Bolsonaro e o desgoverno no Brasil. “Para um puxa-saco assumido dos norte-americanos, ter sido escorraçado pelo prefeito de Nova York foi uma grande humilhação para Bolsonaro. Não bastasse não conseguir governar o Brasil até agora, ele ainda quer intervir na Venezuela e se intrometer na Argentina.”

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Trump ameaça intensificar bloqueio a Cuba caso o país mantenha apoio à Venezuela https://nocaute.blog.br/2019/05/02/trump-ameaca-intensificar-bloqueio-a-cuba-caso-o-pais-mantenha-apoio-a-venezuela/ Thu, 02 May 2019 19:42:42 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47925 "Com o movimento certo, Cuba poderia se sair muito bem, poderíamos fazer uma abertura", afirmou Trump em entrevista à emissora "Fox Business", onde também advertiu que os EUA endurecerão sua posição contra Cuba "se não deixarem a Venezuela".

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“Com o movimento certo, Cuba poderia se sair muito bem, poderíamos fazer uma abertura”, afirmou Trump em entrevista à emissora “Fox Business”, onde também advertiu que os EUA endurecerão sua posição contra Cuba “se não deixarem a Venezuela”.

Em entrevista à rede de televisão Fox Bussiness, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta quarta-feira (1) uma abertura a Cuba se o país retirar seu apoio ao líder venezuelano, Nicolás Maduro. Caso contrário, reiterou suas ameaças de um maior bloqueio econômico e mais sanções.

Trump assegurou que um “embargo muito duro” aguarda Cuba, caso a ilha continue apoiando Maduro e disse que sua aplicação “dependerá do que acontecer”.

Confira a entrevista abaixo:


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Blackwater recruta cinco mil mercenários para ajudar Guaidó a derrubar o governo Maduro https://nocaute.blog.br/2019/05/02/blackwater-recruta-cinco-mil-mercenarios-para-ajudar-guaido-a-derrubar-o-governo-maduro/ Thu, 02 May 2019 14:43:38 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47906 De acordo com a agência Reuters, Erik Prince, fundador da empresa de mercenários Blackwater, apresentou um plano para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, utilizando uma força de 5 mil paramilitares postos à disposição do líder golpista Juan Guaidó.

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De acordo com a agência Reuters, Erik Prince, fundador da empresa de mercenários Blackwater, apresentou um plano para  derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, utilizando uma força de 5 mil paramilitares postos à disposição do líder golpista Juan Guaidó.

O fundador do grupo paramilitar Blackwater, Erik Prince, quer enviar cinco mil homens à Venezuela a fim de ajudar o líder golpista, Juan Guaidó, a tomar o poder, informou a agência Reuters News em uma reportagem exclusiva veiculada nesta quarta-feira.

Segundo a Reuters, Prince, que é um fervoroso defensor de Donald Trump, “apresentou um plano para instalar um exército mercenário na Venezuela para derrubar o presidente Nicolás Maduro”.

Citando fontes anônimas, a Reuters disse que, para essa operação, Prince está buscando investimento e apoio político de partidários de Trump e exilados venezuelanos. O fundador da Blackwater já teria traçado um plano que envolve cinco mil mercenários em nome de Juan Guaidó, disseram duas fontes à Reuters.

Outra fonte afirma que Prince conduziu reuniões sobre o assunto durante o mês de abril.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Garrett Marquis, se recusou a comentar, quando indagado pela Reuters, se Prince havia apresentado suas ideias à administração Trump e se o projeto seria considerado. Uma pessoa familiarizada com o pensamento do governo disse que a Casa Branca não apoiaria tal intervenção.

Representantes da oposição venezuelana disseram que não discutiram as operações de segurança com Prince, afirmou o porta-voz de Guaidó, Edward Rodriguez,  recusando-se a responder a outras perguntas.

Informado sobre o assunto o governo venezuelano preferiu não comentar.

Informados pela Reuters sobre as intenções do grupo mercenário, especialistas em segurança dos EUA e da Venezuela consideraram a possibilidade de intervenção politicamente exagerada e potencialmente perigosa porque poderia desencadear uma guerra civil na Venezuela. Um exilado venezuelano próximo à oposição concordou, mas disse que mercenários podem ser úteis, no caso de um colapso no governo de Maduro, ao fornecer segurança para a nova administração após o conflito.

O que é a Blackwater

Erik Prince, fundador da empresa de mercenários Blackwater

A empresa paramilitar privada foi fundada em 1997 por Erik Prince, um ex Fuzileiro Naval dos Estados Unidos e forte apoiador do Partido Republicano.

Aproveitando o programa de privatização dos exércitos, lançado pelo secretário de Defesa Dick Cheney na década de 1990, Prince foi pioneiro na criação de grupos de mercenários e paramilitares e passou a estimular a “terceirização” do setor militar.

De acordo com o Estadão Internacional, Prince atuou na guerra do Iraque, quando o governo dos EUA contratou a Blackwater principalmente para fornecer segurança para as operações do Departamento de Estado.

A Blackwater ganhou centenas de milhões de dólares em contratos militares com os EUA, principalmente no Iraque, antes de entrar para a lista proibida depois do massacre de civis em Bagdá em 2007. Nessa ocasião mercenários da Blackwater provocaram indignação internacional ao matarem 17 civis iraquianos desarmados na praça Nisour, em Bagdá. Um dos agentes envolvidos foi condenado por assassinato em dezembro e três outros foram condenados por homicídio culposo.

A Blackwater costuma atuar sob várias denominações. Sua mais recente aparição, sob o nome de FSG – Frontier Services Group, tem contratos na África e na Ásia e conta com o apoio do Citic Group, grande empresa estatal de investimentos sediada em Hong Kong.

Erik Prince renomeou a empresa de segurança Blackwater e a vendeu em 2010, mas abriu recentemente uma empresa chamada Blackwater/USA, que vende munição, silenciadores e armas brancas. Nos últimos dois anos, liderou uma campanha mal-sucedida para convencer o governo Trump a substituir os soldados norte-americanos no Afeganistão por empresas de segurança.

Dirigente desde 2014 do Frontier Services Group, Prince doou US$ 100.000 para a eleição de Donald Trump. Como retribuição, a irmã de Erik Prince, Betsy DeVos, foi nomeada secretária [ministra] de Educação do governo Trump..

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JFT: Estados Unidos fracassam em mais uma tentativa de golpe na Venezuela https://nocaute.blog.br/2019/04/30/jft-estados-unidos-fracassam-em-mais-uma-tentativa-de-golpe-na-venezuela/ Tue, 30 Apr 2019 21:19:17 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47870 O Jornal do Fim da Tarde começa às cinco horas, e não mais às seis, como antes. Hoje temos o frustrado golpe de estado na Venezuela, dado por Juan Guaidó e Leopoldo López. Juntaram duas dúzias de milicos, roubaram quatro blindados sobre pneus – como os “caveirões” do Brasil – e marcharam sobre a Praça […]

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O Jornal do Fim da Tarde começa às cinco horas, e não mais às seis, como antes. Hoje temos o frustrado golpe de estado na Venezuela, dado por Juan Guaidó e Leopoldo López. Juntaram duas dúzias de milicos, roubaram quatro blindados sobre pneus – como os “caveirões” do Brasil – e marcharam sobre a Praça Altamira, algo como a avenida Europa, em São Paulo, ou a Delfim Moreira, no Rio (juro, podem checar no GoogleEarth). As Forças Armadas intervieram e assim terminou o Golpe Porcina, o que foi sem nunca ter sido. Há informações, recentes, de que López teria se exilado na embaixada do Chile e que Bolsonaro teria oferecido asilo aos 25 militares que apoiaram os boys. Temos também o César Callegari fazendo uma meticulosa autópsia do sinistro da Educação, Abraham Weintraub. E, por fim, temos o nosso pastor Ariovaldo Ramos refletindo sobre a dignidade revelada por Lula na entrevista de sexta.

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Governo sufoca tentativa de golpe de Guaidó na Venezuela https://nocaute.blog.br/2019/04/30/governo-sufoca-tentativa-de-golpe-de-guaido-na-venezuela/ Tue, 30 Apr 2019 13:46:44 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47846 Líder golpista venezuelano publicou um vídeo no Twitter convocando civis e militares para saírem às ruas de Caracas a fim de assegurar a "cessão definitiva da usurpação" do presidente do país, Nicolás Maduro. O movimento golpista foi contido pela guarda nacional bolivariana.

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Líder golpista venezuelano publicou um vídeo no Twitter convocando civis e militares para saírem às ruas de Caracas a fim de assegurar a “cessão definitiva da usurpação” do presidente do país, Nicolás Maduro. O movimento golpista foi contido pela guarda nacional bolivariana.

No início da manhã desta terça (30)  o líder golpista venezuelano, Juan Guaidó, publicou  um vídeo no Twitter, convocando cidadãos e soldados venezuelanos para saírem às ruas de Caracas a fim de assegurar a “cessão definitiva da usurpação” do presidente do país, Nicolás Maduro. Em resposta, Maduro afirmou que sofre “tentativa de golpe de Estado” e minimizou a ação.

Logo após a divulgação do vídeo, notícias falsas se espalharam dizendo que o grupo de Guaidó havia tomado a base La Carlota. A informação foi desmentida pelo presidente da Assembléia Nacional Constituinte da Venezuela: “Nenhuma instalação militar foi violada no país, eles estão na rua no Distribuidor Altamira e estamos direcionando as operações da Base Aérea La Carlota”, explicou Diosdado Cabello.

As imagens mostram que Lopez, Guaidó e os militares golpistas estavam em uma autopista, no lado de fora da base, com algumas armas, tentando convocar seus partidários para tomar a avenida.

Durante a madrugada, o movimento golpista, aproveitou alguns militares dissidentes para libertar Leopoldo Lopez de sua prisão domiciliar. Lopez estava preso desde 2014 por ser o mentor intelectual de 43 assassinatos na tentativa de golpe daquele ano. Juan Guaidó acompanhou a operação. Os dois são membros do partido de extrema-direita, Voluntad Popular.

Também no Twitter, o ministro da Comunicação de Maduro, Jorge Rodríguez, disse que o grupo de militares “traidores” é reduzido e chamou o grupo de Guaidó de “ultradireita golpista e assassina”. “Estamos enfrentando e desativando um grupo um grupo reduzido de militares traidores que se posicionaram na distribuidora Altamira para promover um golpe de Estado.”

O comandante estratégico operacional da Força Armada, Remígio Ceballos afirmou que os militares estão unidos pró-Maduro. “Estamos vencendo contra um minúsculo grupo de desorientados e enganados”, disse no Twitter.

Juan Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro. Em seguida, uma série de países ideologicamente alinhados com os Estados Unidos o reconheceram como presidente.

Acompanhe ao vivo os desdobramentos da tentativa de golpe.


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Venezuela está livre do ‘Ministério das Colônias dos EUA’, diz Maduro sobre saída da OEA https://nocaute.blog.br/2019/04/28/venezuela-esta-livre-do-ministerio-das-colonias-dos-eua-diz-maduro-sobre-saida-da-oea/ Sun, 28 Apr 2019 20:01:58 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47799 O presidente venezuelano Nicolás Maduro descreveu a retirada do país da Organização dos Estados Americanos (OEA) como uma libertação do "Ministério das Colônias dos EUA".

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O presidente venezuelano Nicolás Maduro descreveu a retirada do país da Organização dos Estados Americanos (OEA) como uma libertação do “Ministério das Colônias dos EUA”.

Do Sputinik

No sábado, o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, disse que a Venezuela oficialmente não faz mais parte da OEA.

“Ficamos livres do ministério das colônias dos EUA, uma ferramenta de interferência, bem como desrespeito aos princípios democráticos e ao direito internacional. Nossa pátria bolivariana e independente diz ‘adeus’ à OEA”, escreveu Maduro em sua página no Twitter.

Maduro anunciou a decisão de deixar o bloco em 2017, apoiando a retirada imediata do país da OEA, embora o procedimento geralmente leve dois anos. A OEA não reconheceu o novo mandato presidencial de Maduro, iniciado em 10 de janeiro.

A Venezuela enfrenta atualmente uma forte crise política, com o líder da oposição, Juan Guaidó, proclamando-se o presidente interino do país. A medida foi reconhecida pelos Estados Unidos e por mais de 50 outras nações, enquanto Maduro a descreveu como uma tentativa de golpe orquestrado pelos Estados Unidos.

China, Rússia, Bolívia, Turquia e numerosas outras nações reconhecem Maduro como o único presidente legítimo da Venezuela.

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Estados Unidos começam a preparar operação militar contra Venezuela, diz inteligência russa https://nocaute.blog.br/2019/04/25/estados-unidos-comeca-preparar-operacao-militar-contra-venezuela-diz-inteligencia-russa/ Thu, 25 Apr 2019 17:50:31 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47683 A agência de notícias russa Sputnik informou que segundo o diretor do Serviço Exterior de Inteligência da Rússia (SVR), Sergei Naryshkin, o país vê sinais de preparação de uma operação militar dos EUA contra a Venezuela, mas só o tempo dirá se tal plano será ou não realizado.

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A agência de notícias russa Sputnik informou que segundo o diretor do Serviço Exterior de Inteligência da Rússia (SVR), Sergei Naryshkin, o país vê sinais de preparação de uma operação militar dos EUA contra a Venezuela, mas só o tempo dirá se tal plano será ou não realizado.

“Tais sinais existem, mas o tempo dirá se esse plano será realizado”, disse Naryshkin, sublinhando que a situação no país é muito tensa.

Segundo o diretor do SVR, as ações do Ocidente na Venezuela são cínicas e provocam uma catástrofe humanitária nas proximidades dos próprios Estados Unidos.

“A Casa Branca declara reiteradamente que existe uma ameaça de imigração não controlada, planeja gastar bilhões para reforçar a fronteira com o México, mas, ao mesmo tempo, desencadeia um novo conflito civil, provocando uma catástrofe humanitária, desta vez praticamente às portas de seu território”, explicou Naryshkin.

A tensão política na Venezuela aumentou desde que, em 23 de janeiro, o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino do país.

Por sua vez, Maduro acusou Washington de organizar uma tentativa de golpe e anunciou o rompimento das relações diplomáticas com os EUA.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que todas as opções para o que ele descreveu como “restauração da democracia” na Venezuela continuam na mesa, incluindo a intervenção militar.

Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.

Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos venezuelanos.


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É melhor que os russos “saiam do caminho” em caso de intervenção militar na Venezuela, diz enviado de Trump https://nocaute.blog.br/2019/04/10/e-melhor-que-os-russos-saiam-do-caminho-em-caso-de-intervencao-militar-na-venezuela-diz-enviado-de-trump/ Wed, 10 Apr 2019 19:11:06 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47286 O representante especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, está em Portugal. Segundo a agência de notícias Sputnik, Abrams foi pedir maior cooperação do país europeu nos esforços norte-americanos para derrubar o presidente Nicolás Maduro.

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Intervenção Militar na Venezuela

© AP Photo/ Manuel Balce Ceneta

O representante especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, está em Portugal. Segundo a agência de notícias Sputnik, Abrams foi pedir maior cooperação do país europeu nos esforços norte-americanos para derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Do Sputnik

Em entrevista ao jornal Observador, Abrams disse que deve haver um “maior sentido de urgência” para lidar com a questão da Venezuela em países como Portugal e Espanha.

O representante dos EUA reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva.

“O objetivo é discutir como nós, os EUA e Portugal, vemos a situação na Venezuela, o que podemos fazer para sermos mais eficazes nos esforços para o regresso da democracia no país, o que Portugal acha de mais ações por parte da União Europeia e o que os EUA têm planeado para as próximas semanas e meses”, disse Abrams.

O bloco europeu já impôs sanções contra Caracas ao bloquear bens e impedir a viagem de pessoas ligadas ao governo de Maduro.

Sobre a “opção militar” que o presidente dos EUA, Donald Trump, já disse estar na mesa contra a Venezuela, Abrams ressaltou que essa hipótese “é verdade”.

“Ninguém quer uma solução militar aqui. Presumo que ninguém o queira, dentro e fora da Venezuela. Mas essa opção existe. Não me parece que qualquer um de nós saiba ao certo qual será a situação da Venezuela, na região e nas suas fronteiras, daqui a três meses. Não conseguimos prever o futuro”, disse Abrams ao jornal Observador.

Falando sobre a presença militar russa na Venezuela, Abrams também afirmou:

“Os russos têm por volta de 100 homens no terreno. Diria que, se a situação chegasse [a um conflito armado], é melhor que saiam do caminho.”

A crise econômica e humanitária profunda que se alastra na Venezuela se agravou ainda mais no final de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino do país. Maduro diz que o problema na Venezuela é fruto de sabotagem orquestrada por oponentes no país e no exterior.

Vários países ocidentais, liderados pelos EUA, anunciaram o reconhecimento de Guaidó como presidente. Rússia, China, Turquia e outras nações apoiam Maduro como único presidente legítimo.

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A “Guerra Híbrida” da CIA contra a Venezuela https://nocaute.blog.br/2019/04/04/a-guerra-hibrida-da-cia-contra-a-venezuela/ Thu, 04 Apr 2019 18:20:32 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=47055 O jornalista italiano Achille Lollo* explica os métodos usados pelos EUA para impulsionar conflitos e criar uma guerra civil no país. Com as Forças Armadas muito bem estruturadas e equipadas, a Venezuela não é um alvo militar fácil. Além disso, dada a impossibilidade de promover uma revolta popular e um impeachment contra Maduro, a CIA tenta desgastar e deslegitimar o governo bolivariano com a sabotagem cibernética.

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O jornalista italiano Achille Lollo* explica os métodos usados pelos EUA para impulsionar conflitos e criar uma guerra civil no país. Com as Forças Armadas muito bem estruturadas e equipadas, a Venezuela não é um alvo militar fácil. Além disso, dada a impossibilidade de promover uma revolta popular e um impeachment contra Maduro, a CIA tenta desgastar e deslegitimar o governo bolivariano com a sabotagem cibernética.

Do Brasil de Fato

Apesar da “Operación Constitucion”, ter acabado com o retorno miserável e silencioso de Juan Guaidó a Caracas, e com a captura dos quatro comandantes do dito “Exército de Libertação Venezuelano” (1), atualmente na região de Tona, no departamento colombiano de Santander, as “antenas” da CIA e os funcionários colombianos da Inteligência e Contrainteligencia Militar Conjunta-J2, continuam os preparativos para criar um “foco” subversivo nos estados venezuelanos de Tachira, Zulia, Amazonas e Apure, a partir dos quais promover a guerra civil, que envolveria a Colômbia e, portanto, a imediata intervenção militar dos Estados Unidos.

Com base nessa perspectiva, no dia 4 de março, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, voltou ao ataque lembrando que “… o presidente Donald Trump continua firmemente convencido da necessidade urgente de acabar com o governo liderado por Nicolas Maduro, mesmo com uma solução militar ( 2) e sem autorização internacional! … ”

Uma declaração escandalosa que não foi bem recebida nem mesmo pelos lacaios do Grupo Lima (3), registrando novamente a dissidência dos generais brasileiros e dos argentinos, a quem se juntou o desentendimento de muitos altos oficiais colombianos.

De fato, em 25 de fevereiro, o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, presente no encontro do grupo de Lima, realizado na capital colombiana, Bogotá, reafirmou diante do aturdido Mike Pence a posição contrária dos militares brasileiros, que o próprio general Mourão anunciou,  pela primeira vez, em 23 de janeiro, logo após Juan Guaidò ter sido coroado com o título de “Presidente Interino” por Donal Trump. Um pronunciamento que rompeu a ênfase belicosa da Casa Branca, porque o general Hamilton Mourão, que na época, ocupava o cargo presidencial na ausência do presidente Jair Bolsonaro, declarou com extrema clareza: “O Brasil e suas Forças Armadas não se envolverão na política interna da Venezuela! “.

Consequentemente, a posição expressa pelo vice-presidente brasileiro, general Mourão na reunião do grupo de Lima, influenciou o posicionamento dos generais argentinos, que, apesar das declarações belicosas do presidente Macri, categoricamente lembraram que: “… as Forças Armadas argentinas poderiam integrar uma missão de paz na Venezuela somente se a mesma for votada e autorizada pela Assembléia das Nações Unidas! .. “.

Mas, também, na capital colombiana  – onde o clima político é cada vez mais complexo devido à crise econômica e ao permanente estado de instabilidade causado pela corrupção e o narcotráfico -, os abraços e apertos de mão do presidente Iván Duque Márquez com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, não convenceram os generais do Estado-Maior, porque depois de a trágica experiência do “Plano Colômbia”, nenhum oficial e soldado colombiano quer arriscar sua vida em uma difícil “guerra nas florestas”, especialmente com a Venezuela!

Na realidade, apenas a explosão de uma guerra civil devastadora, que ameaça danificar a infraestrutura da indústria petrolífera (poços, refinarias e portos de embarque), poderia convencer o Congresso dos Estados Unidos da necessidade de intervir militarmente na Venezuela e, portanto, autorizar os generais do Pentágono para realizar um “ataque cirúrgico” contra a Venezuela.

Um ataque que, no entanto, o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos (SouthCom), no mês de outubro passado, em uma sessão do Comitê de Defesa do Senado, definiu “arriscado”, porque “… O exército bolivariano é estruturado horizontalmente, com cerca de dois mil generais que comandam e controlam os diferentes setores da defesa territorial … “. Além disso, Galen Carpenter, analista do conservador “Cato Institute” e especialista em questões militares internacionais, em entrevista à BBC News Mundo enfatizando os riscos da invasão, lembrou que: “… Embora possa haver razões para uma divisão interna, o que é certo, é que a maioria das forças do exército bolivariano em caso de ataque dos EUA, se mobilizarão todas para repelir a invasão! … “.

Um argumento que, entretanto, não encontra os oficiais da FANB despreparados. De fato, em 2018, o general venezuelano Jacinto Pérez Arcay (4), imediatamente após a decisão do governo bolivariano de substituir o dólar pelo yuan chinês nas operações de venda de petróleo, apresentou, ao Estado-Maior da FANB e ao próprio presidente Maduro, um estudo detalhado sobre as possíveis operações do SOUTHCOM, que poderiam ser feitas para abrir o caminho para à invasão terrestre das tropas dos EUA. Ainda segundo o general Jacinto Pérez Arcay e outras fontes de inteligência militar da FANB “… A primeira operação militar da SouthCom seria um ataque cirúrgico com aviões e mísseis contra as bases aéreas de Palo Negro e Barcelona e contra a base naval de Puerto Cabello!”.

Segundo o chefe do Pentágono, general Jim Mattis, para determinar a dissolução da organização territorial do exército venezuelano e, portanto, permitir o desembarque dos fuzileiros navais com a função de pacificar e não de lutar, o SOUTHCOM deveria realizar un ataque aéreo cirúrgico contra todos os objetivos militares da Venezuela, sem sofrer nenhuma perda. De fato, para o general Mattis, a dissolução orgânica das FANB sempre foi a condição “sine qua non” para realizar a invasão da Venezuela em um curto espaço de tempo e sem graves perdas, para depois poder empossar um novo governo. Por esta razão, o chefe do Pentágono sempre alertou o presidente Donald Trump de que “sem essa condição, um ataque contra a Venezuela poderia se tornar uma aventura trágica!”

Um tema que o general Jim Mattis, repetidamente, reiterou ao presidente Donald Trump, lembrando-lhe, também, de que sem a participação e, acima de tudo, sem a logística do exército brasileiro e do colombiano, o envolvimento dos “fuzileiros navais” na Venezuela seria extremamente arriscado. Uma posição que, segundo alguns analistas, foi uma das causas de sua demissão por Trump, do cargo de secretário de Defesa. Deve-se ressaltar que também os generais H.R. McMaster, John Kelly e Michael Flynn, todos contratados e depois demitidos pelo presidente, tiveram muitas discussões “amargas” com Donald Trump por causa dos problemas políticos e militares ligados à questão venezuelana.

A guerra nas mãos da CIA

Como resultado, Mike Pompeo – a eminência cinzenta do governo Trump, sem a opinião vinculante dos generais, pudera dar à CIA a responsabilidade absoluta pelo planejamento e pela execução de todas as operações subversivas, necessárias para provocar uma crise profunda e destrutiva na Venezuela, capaz de destruir a resistência do governo de Nicolas Maduro. Nessa perspectiva, e tendo recebido o claro apoio de muitos países “democráticos” da União Européia, o governo Trump triplicou o chamado “fundo pela restauração da democracia na Venezuela”, que agora ultrapassa 120 milhões de dólares. Além destes, devem ser adicionados os fundos para as “operações secretas” da CIA na Venezuela, que segundo alguns “rumores” seriam estimados em oitocentos milhões de dólares para o ano em curso. Portanto, foi nessa base que a CIA conseguiu fortalecer a colaboração com os serviços secretos brasileiros e colombianos e com os setores da inteligência militar brasileira e colombiana, para entender o que está acontecendo dentro da Venezuela. De fato, para os analistas de Langley, é importante saber: 1) Até que ponto os diferentes setores da oposição ainda são críveis? 2) Que tipo de mobilizações populares conseguiriam realizar? 3) Existem as condições e a capacidade para a oposição criar um “foco subversivo urbano” nas principais cidades da Venezuela, ao mesmo tempo em que os grupos paramilitares orquestrariam uma “guerrilha rural” nos estados que fazem fronteira com a Colômbia?

A resposta é certamente negativa, também porque, depois da aventura de Juan Guaidó, a divisão dentro da oposição cresceu com a consequente inatividade política dos partidos opositores. Um contexto que levou a CIA a recorrer à ação do ciberterrorismo, que, hoje, é o único elemento de conflito ativo nessa guerra híbrida, porém, cada vez mais isolado em termos políticos pela classe média e os  setores populares.

Infelizmente, nos últimos trinta dias, o ciberterrorismo da CIA causou sérios danos à economia venezuelana, com sabotagem às linhas de transmissão e aos centros de fornecimento de eletricidade. De fato, no dia 7 de março houve o primeiro apagão nacional, que durou 60 horas, paralisando todas as redes de computadores do país. Sabotagens que não reduziram a confiança no governo pela maioria da população. Pelo contrário, o “apagão” provocou um maior descrédito para com os partidos e as lideranças da oposição, especialmente aqueles que pretendem uma mudança política imediata, recorrendo a todas as formas de luta, incluindo as violentas. Por esta razão e para mascarar o fracasso político, o presidente estadunidense Donald Trump e a eminência cinzenta dos New-Cons (5), Mike Pompeo, voltaram a agitar a bandeira da solução militar, estimulando a guerra psicológica dos meios de comunicação enquanto esperam a ressurreição da oposição.

Portanto, a situação política que existe hoje na Venezuela, apresenta três questões: 1) Porque o presidente Donald Trump e o grupo do “New-Con”, mesmo sabendo que a oposição está praticamente deslegitimada, insistem em querer acabar com urgência e a todo custo com o governo de Nicolas Maduro? 2) Por que Mike Pompeo, enquanto falava de ”retorno à democracia na Venezuela” apoiou o projeto subversivo formulado pela CIA (terrorismo e destruição econômica progressiva da Venezuela)? 3) Porque John Bolton arquivou a opinião dos generais do Pentágono, segundo os quais o desenvolvimento de ações subversivas fortaleceria a posição de Maduro e o papel do exército bolivariano, anulando, assim, a missão pacificadora dos “fuzileiros navais” dos EUA e a possibilidade de ” restaurar a democracia “sem disparar um tiro?

Para responder a estas questões é necessário recorrer à análise de alguns cientistas políticos, especializados em “geoestratégia dos blocos dominantes”, em particular aos conteúdos do professor brasileiro José Luis Da Costa Fiori (6), que, no mês de agosto de 2018, publicou um artigo analisando o novo papel da chamada “Guerra Híbrida” como parte integrante da política geoestratégica do governo de Donald Trump. Uma forma de conflito polivalente dentro de uma guerra de baixa intensidade, que seria a tentativa extrema dos Estados Unidos de impor o controle político e econômico a todos os estados do continente latino-americano.

De fato, para o professor Fiori, o termo “Guerra Híbrida” identifica a evolução da solução militar tradicional (bombardeio e invasão dos fuzileiros navais) e da histórica tentativa de golpe de Estado, com uma “Guerra de Quarta Geração” (Fourth Generation War), onde o Departamento de Estado, a CIA e a Casa Branca articulam ao mesmo tempo uma série de ataques (econômicos, legais, financeiros, diplomáticos, midiáticos, políticos, psicológicos, subversivos e cibernéticos). Ataques que visam desestabilizar os governos anticapitalistas hostis às multinacionais estadunidenses e, sobretudo, ligados a Cuba, como é o caso do governo venezuelano de Nicolas Maduro.

O desenvolvimento urgente de uma “Guerra Híbrida”

O elemento-chave desta “Guerra Híbrida” é a urgência do governo imperialista de Donald Trump em querer pôr em marcha “a todo o custo”, a complexa multiplicidade dos elementos subversivos desta “guerra de baixa intensidade”, onde o principal objetivo seria a realização de uma aparente rebelião popular espontânea, capaz de absorver os principais ramos das forças armadas e os setores mais dinâmicos dos trabalhadores das empresas estatais de energia e petróleo. Portanto, se considerarmos que a chamada ” complexa multiplicidade subversiva” têm seus tempos para se afirmar no contexto político-institucional venezuelano, fica claro que ela não pode ser improvisada e muito menos não pode ser acelerada despropositadamente. O exemplo mais óbvio foi o fracasso da “Operacion Constitucion”.

Na verdade, logo após o governo bolivariano ter conseguido contornar a maioria das sanções financeiras do governo estadunidense, o presidente Donald Trump oportunisticamente jogou a carta do “Juan Guaidó, presidente interino”, esperando que a oposição fosse capaz de realizar uma “revolução colorida” e assim impor um novo governo, totalmente controlado e dependente da Casa Branca e das multinacionais. De fato, a CIA, o Departamento de Estado e a Casa Branca tentaram repetir em Caracas uma segunda “Operação Maidan” (7).

Com o fracasso desse projeto, crescem as críticas dos executivos das indústrias petrolíferas estadunidenses ligados a Rex Tillerson, diretor da multinacional Chevron, também contratado e depois demitido pelo presidente Trump. De fato, o “mau-humor político” desses executivos se deve ao fato de que, agora sem os 1.300.000 barris de petróleo venezuelano, eles são forçados a importá-los da Arábia Saudita a preços mais altos, enquanto, antes das sanções decretadas por Trump contra a PDVSA, todas as refinarias do Texas refinavam o barato petróleo da Venezuela.

Por outro lado, as sanções de Trump não paralisaram a produção petrolífera da PDVSA, uma vez que a OPEP estabeleceu novas cotas de produção com preços mais altos, enquanto a China e a Índia logo assinaram novos contratos de compra com a PDVSA, comprando todos os barris de petróleo que, anteriormente através da empresa CITGO Petroleum Corporation, eram destinados aos Estados Unidos. Deve ser enfatizado que os novos contratos da PDVSA não são mais fechados em Dólares, mas em Yuan, isto é a moeda chinesa que, atualmente, Rússia, China e Índia usam no comércio bilateral.

O uso do Yuan, bem como da moeda criptografada criada pelo governo bolivariano, é, na realidade, a verdadeira razão da urgência geoestratégica da Casa Branca em querer desestabilizar o governo de Nicolas Maduro. De fato, essas transações financeiras contribuem no enfraquecimento do poder do dólar no mercado financeiro global.

É imperativo lembrar que a guerra de agressão dos EUA contra o Iraque, bem como a guerra contra a Líbia, eclodiram quando Saddam Hussein e depois Gaddafi tentaram sair da área do dólar, vendendo dívidas dos EUA para comprar ouro, prata e diamantes, e querer usar o Euro como moeda básica no lugar dos petrodólares na venda de petróleo e gás. A essa altura, não se pode esquecer que, quinze dias antes do ataque “humanitário” à Líbia por aviões da Otan, o Banco da Inglaterra se apropriou da reserva de ouro da Líbia ao negar ao presidente Gaddafi a transferência das barras de ouro para o Banco Central de Trípoli. Será uma coincidência, mas também o governo venezuelano sofreu a mesma “expropriação” por parte do Banco da Inglaterra, quando o presidente Maduro pediu a repatriação da reserva de ouro da Venezuela, equivalente em 14 toneladas de ouro depositadas naquele banco britânico desde os anos setenta!

A última justificativa para a urgência desta “Guerra Híbrida” diz respeito à tentativa dos EUA de cortar o envolvimento das empresas chinesas e indianas na economia da Venezuela. De facto, estas empresas triplicaram a construção de grandes projetos de infra-estruturas e, acima de tudo, a exploração de numerosas jazidas minerais, em particular as novas minas de ouro e de coltan (8), que garantem ao Estado bolivariano novas formas de riqueza com as quais resistir as sabotagens e sanções impostas unilateralmente pelos Estados Unidos.

Uma presença, sobretudo a chinesa, que a Casa Branca considera um perigo, já que suas empresas e seus bancos alimentam na América Latina uma possível alternativa às rígidas regras impostas pelo FMI e pelas multinacionais estadunidenses e européias, além de apresentar soluções tecnológicas invejáveis que quebram a hegemonia dos conglomerados de Wall Street.

Um contexto que nos faz descobrir um segundo acaso com a Nicarágua, onde as empresas chinesas deveriam ter começado a trabalhar na construção de um segundo canal, alternativo ao de Panamá e capaz de garantir a navegação entre o Oceano Atlântico ao Pacífico a qualquer tipo de navio. Também na Nicarágua, como na Venezuela, a oposição começou a desafiar o governo de Daniel Ortega, querendo a todo custo sua renúncia em nome da chamada “mudança democrática” e o cancelamento do contrato com as empresas chinesas, envolvidas na construção do novo canal!

Resistência e preparação combativa ds FANB

A grande reforma geo-estratégica e a reestruturação do sistema de defesa nacional que o presidente Hugo Chavéz implantou, imediatamente após o fracassado golpe de Estado de 2002, foi considerada por todos os governos dos Estados Unidos um “um autêntico ato de guerra”. O fortalecimento militar das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), desejado e coordenado pelo Comandante Chávez, deu início a um conflito político progressivo, que o governo dos EUA acentuou nos últimos dez anos. Um conflito latente que com o governo de Donald Trump, então se transformou em uma guerra silenciosa de baixa intensidade.

No entanto, a principal razão que levou os generais do Pentágono a considerar o Estado bolivariano “irrecuperável como o cubano”, é de natureza estratégica e também militar. De fato, os novos conceitos de defesa territorial e os novos mecanismos de organização militar que o presidente Hugo Chávez introduziu nas Forças Armadas venezuelanas eliminaram, rapidamente, todos os métodos de organização e os conceitos teóricos importados das academias militares dos EUA. Deve ser lembrado que nos anos 60 o exército venezuelano era considerado o pupilo do Pentágono, apresentado como modelo para todos os exércitos do continente sul-americano.

No entanto, o comandante Chávez – seguindo a experiência das FAR cubanas – além dos fundamentos teóricos, mudou toda a estrutura do sistema de defesa, investindo vários bilhões de dólares na compra de novas armas tecnologicamente mais avançadas para todas as unidades das FANB, e equipar todas as unidades com um sistema de comunicações de última geração, incluindo os batalhões da “Milicia”. Material de guerra produzido pelas empresas russas que, após o fim da Guerra Fria, superaram a eficiência tecnológica de muitas indústrias militares dos Estados Unidos ou dos países da União Européia. É o caso dos bombardeiros Sukhoi e, acima de tudo, do Sistema de Radar e de Mísseis de Defesa Aérea S-300VM, produzido pela empresa russa Antey-Almaz.

O elemento mais importante da reforma geoestratégica e militar de Chavéz não foi apenas a introdução de novas armas tecnologicamente avançadas, mas, acima de tudo, a estruturação do potencial de guerra nas novas linhas de defesa delineadas no país. Neste âmbito, a grande inovação foi a criação do Comando de Defesa do Espaço Aéreo (CODAI), que é o braço direto do setor de defesa subordinado ao Comando Estratégico Operacional (CEOFANB), baseado em Caracas. Assim, com a implementação de um novo conceito de defesa territorial, entendido como um elemento fundamental da aliança política das Forças Armadas com o povo, foi realmente fácil transformar o antigo exército – que estava sujeito às intenções despóticas das oligarquias -, em verdadeiro exército popular, em permanente mobilização para defender a soberania e a legitimidade do governo bolivariano.

Condição que permitiu o rápido crescimento, intelectual e político, do corpo de oficiais e de recrutas, promovendo a formação de uma “Milicia Nacional Bolivariana”, perfeitamente armada e organizada para integrar o sistema de defesa territorial nacional ao lado das FANB (Forças Armadas Nacionais Bolivarianas).

Como nas FAR cubanas e em todos os exércitos que nasceram para defender uma perspectiva revolucionária, também na FANB o elemento que hoje distingue sua organização e sua estrutura foi, sem dúvida, a preparação política combativa, que transformou o soldado e o oficial em um sujeito político ativo e presente na evolução do contexto social e econômico do país. É por isso que todos os apelos da oposição pela deserção em massa ou para levar a cabo um golpe contra o governo bolivariano de Nicolás Maduro fracassaram.

No entanto, o elemento que mais irritou os generais do Pentágono foi a decisão do Presidente Nicolas Maduro de instalar o Sistema de Defesa Aérea S-300VM em todas as regiões fronteiriças. Desta forma, qualquer tentativa de penetrar no espaço aéreo venezuelano por mísseis, aviões espiões ou caças-bombardeiros é imediatamente detectada pelos radares do sistema, que têm uma capacidade efetiva de leitura de até 10.000 metros de altura e 300 quilômetros em linha de superfície. Quem tenta de violar o espaço aéreo venezuelano sem autorização é imediatamente detectado e, em seguida abatido pelo sistema de defesa antiaérea, que é composto de cinco linhas de fogo: 1) Canhões antiaéreos de 20 e 40mm; 2) Mísseis portáteis MANPADS-Igla5 com alcance de 5.000m, 3) Mísseis PECHORA 2M S-125 com alcance de 20.000m; 4) Mísseis BUK-2ME com alcance de 25.000m; 5) Mísseis S-300VM com alcance de 30.000m.

Argumentos que sempre foram debatidos nas difíceis reuniões dos generais Jim Mattis e John Kelly com Donald Trump e Mike Pompeo sobre a possibilidade de realizar um “bombardeio cirúrgico”, com o qual destruir os objetivos estratégicos da Venezuela. Na verdade, Donald Trump e Mike Pompeo, não tendo conhecimentos de tecnologia militar, nunca entenderam que com a criação por parte do CODAI venezuelano (Comando Integral de Defesa Aeroespacial) de uma eficiente área de exclusão aérea (NOTAM A0 160/19), todo tipo de missões de ataque aéreo contra a Venezuela resultam extremamente arriscadas. Isso porque todo o espaço aéreo venezuelano é protegido por baterias de radar e mísseis S-300VM, incluindo o espaço aéreo marítimo que se estende até as ilhas de Curaçao, Aruba e Bonaire!

Na realidade, os radares venezuelanos controlam perfeitamente a atividade aérea a mais de 100 quilômetros de suas fronteiras. Em particular os espaços aéreos da região colombiana de Cucuta e o brasileiro de Pacaraima, que, segundo o plano subversivo “Operación Constitución”, deveria ter sido o ponto de partida da sonhada invasão estadunidense disfarçada com o envio de alimentos.

Na prática, o presidente Nicolás Maduro, seguindo a orientação do Comandante Hugo Chavéz, completou a instalação das baterias de mísseis S-300VM em todo o país, protegendo todo o espaço aéreo da Venezuela com um autêntico guarda-chuva armado com mísseis antiaéreos, controlados remotamente pelos poderosos radares russos, capazes de detectar até 300 quilômetros qualquer tipo de interferência eletrônica!

Assim, dada a impossibilidade de promover uma revolta popular, resultando inviável um golpe de Estado e, também, inatingível um Impeachment contra o Presidente Nicolas Maduro, os homens da CIA tentam desgastar e deslegitimar o governo bolivariano com a sabotagem cibernética.(9). O seja, o último capítulo da Guerra Híbrida inventada por Mike Pompeo e Donald Trump!

*Achille Lollo, jornalista italiano, atualmente é diretor de “ADIATV” e analista do jornal online “Contropiano”.

Notas:

1 – No dia 1º de fevereiro, as unidades especiais do Exército e da SEBIN capturaram primeiro na avenida José António Paez os auto-nomeados “comandantes do nascente ELV”, os ex-coronéis aposentados Oswaldo Garcia Palomo e José Acevedo Montonès. Mais tarde foram capturados os outros dois “comandantes” Antonio José Labichele Barrios e Alberto José Salazar Cabana.

2 – Em 4 de fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, em entrevista à CNN, reiterou “… a vontade da Casa Branca de acabar com o ditador venezuelano mesmo com uma solução militar …”.

3 – O “Grupo Lima” foi formado dentro da OEA (Organização dos Estados Americanos) para isolar diplomaticamente o governo bolivariano e apoiar a subversão da oposição.

4 – Jacinto Péerez Arcay, General, é o Chefe do Estado-Maior do Comando Nacional das Forças Armadas.

5 – New-Con (Novos Conservadores) é o grupo criado dentro do Partido Republicano por Mike Pompeo e John Bolton, que sempre apoiou Donald Trump.

6-José Luis da Costa Fiori, é um acadêmico brasileiro especializado em macroeconomia política internacional. Foi também analista do BID (Banco Internacional de Desenvolvimento) e depois lecionou por dois anos (2005/2006) na Universidade de Cambridge.

7 – “Operação Maidan”, foi o código do projeto subversivo que a CIA e o Departamento de Estado usaram para derrubar o governo da Ucrânia.

8 – O Banco Central da Rússia foi o principal comprador mundial de ouro em 2018. Especificamente, vendeu todos os títulos do governo dos EUA que possuía e, ao mesmo tempo, comprou 274,3 toneladas de ouro. Desta forma, a Federação Russa tornou-se o quinto possuidor no mundo dde barras de ouro depois de Estados Unidos da América, Alemanha, França e Itália.

9 – Na quinta-feira, 7 de março, a Venezuela foi alvo de uma série de ataques cibernéticos ao sistema de controle da usina hidrelétrica de El Guri. Após o apagão, um novo ataque foi orquestrado na Venezuela. Desta vez contra as estruturas da região petrolífera de Orinoco, a maior reserva de petróleo bruto do planeta. O governo bolivariano afirmou que esta sabotagem foi realizada com uma tecnologia que apenas o governo dos EUA tem e com a qual é possível provocar um apagão em todo o país.

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Ameaças dos EUA estreitam ainda mais relações militares da Rússia com Maduro https://nocaute.blog.br/2019/03/25/ameacas-dos-eua-estreitam-ainda-mais-relacoes-militares-da-russia-com-maduro/ Mon, 25 Mar 2019 18:13:27 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=46716 Dois aviões russos chegaram ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, nos arredores de Caracas. Uma das aeronaves levou o general Vasily Tonkoshkurov, chefe de gabinete das forças terrestres russas, e cerca de 100 soldados. O segundo avião transportou 35 toneladas de equipamentos militares à Venezuela.

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Dois aviões russos chegaram ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, nos arredores de Caracas. Uma das aeronaves levou o general Vasily Tonkoshkurov, chefe de gabinete das forças terrestres russas, e cerca de 100 soldados. O segundo avião transportou 35 toneladas de equipamentos militares à Venezuela.

A chegada de dois aviões pertencentes à Força Aérea da Rússia, um Antonov An-124 e uma aeronave de passageiros Ilyushin Il-62, ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar no sábado (23), demonstram o fortalecimento da aliança entre Venezuela e Rússia.

Segundo a agência de notícias russa Sputnik, esse acontecimento está diretamente ligado à realização de contratos que foram assinados vários anos atrás. “Chegaram para participar de consultas bilaterais”, declarou o interlocutor da agência.

O repórter venezuelano Javier Mayorca informou no Twitter que o primeiro avião transportava o general Vasily Tonkoshkurov, chefe de gabinete das forças terrestres russas, e que o segundo levou 35 toneladas de equipamentos militares à Venezuela.

Um dia antes da chegada dos aviões russos à Venezuela, Jair Bolsonaro negou que o Brasil vá apoiar uma intervenção militar dos Estados Unidos  na Venezuela.  “Tem gente divagando aí, da nossa parte não existe essa possibilidade de intervenção”, declarou o presidente brasileiro em Santiago no Chile, na sexta-feira (22).

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