Joice Hasselmann – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br Blog do escritor e jornalista Fernando Morais Sun, 22 Dec 2019 19:57:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.4.1 https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/06/nocaute-icone.png Joice Hasselmann – Nocaute https://controle.nocaute.blog.br 32 32 O ABC de 2019 https://nocaute.blog.br/2019/12/22/o-abc-de-2019/ Sun, 22 Dec 2019 19:56:07 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=58549 O que restou do ano que terminou? Foi a pergunta que os brasileiros fizeram observando a terra devastada.

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O ABC DE 2019

POR ALBERTO VILLAS

O que restou do ano que terminou? Foi a pergunta que os brasileiros fizeram observando a terra devastada.

Avião

Substantivo masculino. Aeronave de propulsão a motor, cuja sustentação no ar é assegurada por meio de asas.

Um avião da FAB, que fazia parte da comitiva do presidente Bolsonaro, em viagem rumo ao Japão, foi apreendido em Madri com uma carga de 39 quilos de cocaína sendo transportada pelo Segundo-Sargento Manoel Silva Rodrigues. Como foi embarcada, ninguém sabe, ninguém viu. Só ficamos sabendo que havia alguma coisa no ar, além do avião da FAB da comitiva do presidente da República.

Bozo

Nome próprio, apelido.

Personagem criado nos Estados Unidos em 1946 por Alan Livingston. Em 1980, ganhou uma versão tupiniquim via TVS do Silvio Santos. Em 2019, virou apelido do presidente da República, que tem cara de palhaço, roupa de palhaço e pinta de palhaço.

Condomínio

Substantivo masculino. Termo jurídico a posse ou direito simultâneo, por duas ou mais pessoas sobre um mesmo objeto.

Nunca se falou tanto em condomínio como em 2019. Mais precisamente o Condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente da República e vários milicianos têm casas, inclusive aqueles acusados de terem assassinado a vereadora Marielle Franco. Virou meme: “O condomínio até que é bom, o que mata é a vizinhança”.

Damares

Nome próprio

Damares Regina Alves é advogada, pastora evangélica e, por incrível que pareça, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro. Damares foi aquela que viu Jesus Cristo em cima de uma goiabeira e disse que menino deve usar azul e menina, rosa.
A quantidade de besteiras que falou em um ano não caberia num verbete.

Embaixada

Substantivo feminino. Missão representativa de um chefe de Estado junto a outro ou a um governo.

Um ano depois da posse do novo presidente da República, a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos continua sem embaixador. O presidente quis arrumar uma colocação pro filho em Washington, já que ele tinha uma longa experiência em fritar hambúrguer na terra do Tio Sam. Não colou. Eduardo, que fala fluentemente a frase the book is on the table, acabou desistindo do cargo, mesmo depois de ter feito um curso de inglês por correspondência e ter paparicado todo o parlamento para apoiar o seu nome. Resolveu ficar por aqui.

Fogo

Substantivo masculino. Fenômeno que consiste no desprendimento de calor e luz produzidos pela combustão de um corpo.

Nunca se viu tanto fogo, tanta fumaça, tanta destruição na Floresta Amazônica como neste ano que passou. Os incêndios foram parar nas manchetes e revistas do mundo inteiro. A primeira reação do presidente trapalhão foi dizer que eram as Ongs, os brigadistas, os ecologistas, os esquerdistas que estavam incendiando a floresta. Pegou mal, ele silenciou-se. Mas não aguentou e acusou o ator Leonardo di Caprio de ter tacado fogo na floresta. Muita gente achou que era manchete do Sensacionalista. Mas não era.

Golden Shower

Expressão inglesa para um tipo de fantasia sexual. Traduzindo: Chuva dourada

Logo nos primeiros dias de governo, durante o carnaval, o presidente eleito viu cenas de golden shower em cima de um ponto de ônibus, em São Paulo e não pensou duas vezes. Postou no seu twitter: “A que ponto chegou o carnaval”. Quando as primeiras respostas vieram, dizendo tratar-se de golden shower, o Bozo perguntou: “O que é golden shower?

Hambúrguer

Substantivo masculino. Bife geralmente de forma redonda, aglomerado com carne moída e outros elementos, que costuma ser servido dentro de um pão também redondo.

O hambúrguer ficou famoso em 2019, desde o dia em que um pimpolho do presidente Bolsonaro disse que estava pronto para ser embaixador em Washington porque já tinha, inclusive, fritado muito hambúrguer em Los Angeles. Mais tarde, descobriram que a lanchonete onde Eduardo fez estágio, não fabricava hambúrgueres e sim fake news.

Intercept

Nome próprio. Agência de notícias criada por Pierre Omidyar, em 2016, e editada pelos jornalistas americanos Glenn Greenwald, Laura Poitras e Jeremy Scahill.

Quer ver o ex-juiz Sergio Moro contrariado é tocar nesse assunto, falar em The Intercept Brasil. Para ele, os vazamentos da Lava Jato, que virou Vaza Jato, foram produzidos por hackers em ações criminosas. A Rede Globo de Televisão embarcou na onda de Moro e resolveu ignorar os vazamentos, talvez com medo do nome dela aparecer nas trocas de mensagens entre eles.

Joice

Nome Próprio. Significa “elogio” ou “senhora”. Joice tem origem a partir do hebraico Jude, que deriva do latim Jodocus, que significa literalmente “elogia”. Joice é considerado o nome de um santo católico. Talvez do pau oco.

Joice, da espécie Hasselmann, é uma jornalista paranaense de ponta grossa. Radialista, escritora, plagiadora e comentarista, de repente virou deputada federal. A amiguinha do peito dos Bolsonaros virou, de repente, inimiga número 1 do clã. Foge dos filhos do presidente da República como o diabo foge da cruz. Mas, no Twitter, os enfrenta de peito aberto.

Kafta

Feminino. Prato culinário típico de origem árabe que leva patinho moído e os temperos regionais, sem poder faltar a hortelã, claro.

Quer dizer, nada a ver com o franzino escritor tcheco Franz Kafka, de família judaica, autor de A Metamorfose, O Castelo e o Processo. Até agora estamos perguntando como um ministro da Educação pode confundir um prato árabe com um escritor de língua alemã que nasceu perto da Old Town Square, em Praga. Nem Pink Freud explica.

Laranja

Substantivo feminino, mas pode ser também Masculino. Fruto da laranjeira. Cor do fruto da laranjeira: alaranjado. Figurativo: Individuo, nem sempre ingênuo, cujo nome é utilizado na pratica de diversas formas de fraudes financeiras e comerciais.

A laranja que foi muito falada neste ano que está terminando, não tinha nada a ver com o fruto da laranjeira e sim, com as falcatruas protagonizadas pelo partido que elegeu o presidente da República, o PSL, partido que deveria reivindicar do Partido Novo, a cor laranja.

Mamata

Empresa ou administração publica que da ensejo de vantagens pecuniários a políticos e funcionários desonestos.

No tosco programa verbal de governo do presidente eleito, falava-se muito “a mamata vai acabar”. Um ano depois, não somente não acabou como se espalhou pelo Brasil afora. O que mais se vê no governo do Bozo é mamata.

Nagle, Leda

Sobrenome próprio.

Jornalista mineira de Juiz de Fora, fez muito sucesso nos anos 1980 apresentando o Jornal Hoje da Rede Globo de Televisão. Seu bordão ao despedir-se dos telespectadores – nós nos vemos amanhã, com certeza – pegou. À frente do programa Sem Censura da TV Brasil, acabou afastada e depois de seguir à direita, criou o seu próprio programa no Youtube. E foi lá que entrevistou toda a família Bolsonaro, para falar todo tipo de bobagem. Ela simplesmente concordava com a cabeça, com tudo que diziam. Nos últimos tempos virou avó de Zoe, a filha de Sabrina Sato.

Óleo

Substantivo masculino. Substância gordurosa, líquida à temperatura normal, insolúvel na água.

De repente, o mar do Nordeste virou petróleo e o petróleo virou o mar do Nordeste. E acabou morrendo na praia. Inicialmente, o governo, desnorteado, acusou a Venezuela de jogar merda no ventilador. Depois falaram num navio da Segunda Guerra Mundial e, por fim, disseram que foi um navio grego. Resumo da ópera: Criaram confusão com gregos e troianos.

Porteiro

Substantivo masculino. Indivíduo encarregado de abrir e fechar a porta de uma casa, um palácio, uma instituição quando chegam ou saem moradores ou visitantes.

O porteiro do condomínio Varandas da Barra ganhou fama neste 2019 porque confundiu o número da casa que o visitante iria, confundiu o número do telefone, do interfone, a placa do carro, além de confundir a voz do Seu Jair. Ninguém foi atrás para saber quem contratou esse trapalhão.

Queiroz

Sobrenome próprio. Queiroz é um sobrenome português antigo, cuja base tem origem grega e significa “mais forte” ou “pedra”.

O Queiroz aqui em questão é um homem que, segundo ele, faz dinheiro. Vende e compra automóveis, além de fazer selfies com todos os membros da Família Bolsonaro. Acusado de ser laranja, amarelou. Sumiu e ninguém viu. O Brasil passou o ano inteiro perguntando cadê o Queiroz?

Rider

Marca de chinelo.

Calçado feito de borracha, o chinelo Rider ficou famoso nos anos 80 com a propaganda que dizia “de férias para os seus pés”. De cor preta e cinza, o chinelo Rider é de gosto duvidoso. E foi um desses chinelos que o presidente eleito fez numa de suas primeiras aparições. Como se não bastasse o chinelo nos pés, vestiu uma camisa verde do Palmeiras e saiu por aí.

Salles, Ricardo

Sobrenome próprio.

O Salles aqui em questão é aquele ministro que usa óculos amarelos, lembra? Tem cara de inimigo número 1 do meio-ambiente. Não gosta de ONGs, não gosta de ativista, não gosta de ecologista, não gosta de ninguém de esquerda. Foi ele quem pisou na praia com seus sapatos de cromo alemão, pra sentir de perto o óleo que veio nunca soube de onde. Quanto à Amazônia, parece que ele quer mais é ver o circo pegar fogo.

Terra plana

Substantivo feminino. Planeta do sistema solar, o terceiro quanto à proximidade do sol. De formato redondo.

Mas, em pleno 2019, um bando de aloprados do governo Bolsonaro, cismou que a Terra é plana. Sim, plana! Nem mesmo o ministro astronauta da Ciência e Tecnologia, o Marcos Pontes, que a viu de longe, redondinha, foi capaz de convencer os malucos que a Terra não é plana.

Ufanismo

Substantivo masculino. Atitude de quem se orgulha de uma coisa com exagero.

Com saudade da ditadura militar, o presidente da República recolocou o ufanismo na ordem do dia. O slogan do governo mudou para Pátria Amada, mas na verdade o que ele queria é mesmo é uma coisa do tipo Ame-o ou deixe-o.

Vazamento

Substantivo masculino. Palavra que leva ao pânico qualquer político.

Vazar uma conversa, uma mensagem pode ser fatal para eles. Para a Rede Globo de Televisão, vazamento implicando o ministro da Justiça não vale, não é vazamento, é ato criminoso. 2019 foi o ano dos vazamentos.

Weintraub, Abraham

Sobrenome próprio. Quando vimos, o cara virou ministro da Educação.

Sem educação, Abraham Weintraub, que Gregório Duvivier chama de Vai-entrar-no-Uber, é aquele que apareceu naquele vídeo tipo “Singin in the Rain” e dizendo que estava chovendo fake-news. O mesmo que levou cem barras de Chokito na live no presidente da República e, para mostrar quanto era 30%, separou três barras de chocolate, enquanto Bolsonaro, ao lado, mastigava algumas.

X

Vigésima quarta letra do nosso alfabeto. Usada também como versus, no sentido de oposição.

Em 2019, assistimos os embates Bolsonaro X Joice, Bolsonaro X Folha de S.Paulo, Bolsonaro X Frota, Bolsonaro X Ongs, Bolsonaro X Prêmio Luís de Camões, Bolsonaro X TV Globo, Bolsonaro X Glenn, Bolsonaro X Greta. A luta continua!

Yanomami

O etnônimo “Yanomami” foi produzido pelos antropólogos a partir da palavra yanõmami que, na expressão yanõmami thëpë, significa “seres humanos”.

O governo maltratou como pode os Yanomamis, bem como todas as nossas outras tribos. Chamou os pobres índios de preguiçosos inúmeras vezes, além de ameaçar tomar suas terras. O governo sem nexo esqueceu-se de que eles chegaram aqui muito antes da tribo dos Bolsonaros.

Zoar

Verbo intransitivo. Fazer grande ruído.

O que mais fizemos esse ano foi zoar com esse governo. Piadas apareceram nas redes sociais, vindas de todos os cantos do país. Bastava o presidente, seus filhos, seus ministros, seus apoiadores abrirem a boca para, em um minuto, surgiu uma chacota. Ficou provado que esse governo que está aí não passa de uma piada.

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Caixa-Preta: Pega fogo, cabaré! https://nocaute.blog.br/2019/12/05/caixa-preta-pega-fogo-cabare/ Thu, 05 Dec 2019 21:29:25 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=57962 Nesta edição do Caixa-Preta, Ana Roxo fala sobre a briga entre as deputadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli. Tem a confusão com o Mamãe Falei ontem na Alesp durante discussão da PEC da reforma da Previdência dos servidores do estado. O massacre em Paraisópolis. E tem o teste Zé Pequeno de representatividade negra no cinema nacional.

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Nesta edição do Caixa-Preta, Ana Roxo fala sobre a briga entre as deputadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli. Tem a confusão com o Mamãe Falei ontem na Alesp durante discussão da PEC da reforma da Previdência dos servidores do estado. O massacre em Paraisópolis. E tem o teste Zé Pequeno de representatividade negra no cinema nacional.

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Brasília está em chamas? https://nocaute.blog.br/2019/02/13/brasilia-esta-em-chamas/ Wed, 13 Feb 2019 22:10:38 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=45540 Carlos Bolsonaro chama o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno de mentiroso e caso dos laranjas do PSL abre crise no governo. Segundo a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), as críticas do filho do presidente Jair Bolsonaro causaram mal-estar na bancada do PSL e provocam um desgaste desnecessário para o governo.

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Filho de Bolsonaro chama o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno de mentiroso e caso dos laranjas do PSL abre crise no governo. Segundo a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), as críticas do filho do presidente Jair Bolsonaro causaram mal-estar na bancada do PSL e provocam um desgaste desnecessário para o governo.

Carlos Bolsonaro chamou Gustavo Bebianno de mentiroso. Nomes importantes da bancada do PSL na Câmara se manifestaram sobre o caso, aumentando a tensão no partido, que está sob pressão com as denúncias sobre o uso de candidaturas laranjas para desviar verba do fundo partidário nas eleições.

“Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: ‘É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano [sic] que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista’ ”, afirmou Carlos Bolsonaro, nesta quarta-feira (13) em rede social.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) saiu em defesa do ministro Gustavo Bebianno.

“Não pode se misturar as coisas. Filho de presidente é filho de presidente. Temos que tomar cuidado para não fazer puxadinho da Presidência da República dentro de casa para expor um membro do alto escalão do governo dessa forma”, disse Joice.

Segundo a parlamentar, as críticas do filho do presidente Jair Bolsonaro causaram mal-estar na bancada do PSL e provocam um desgaste desnecessário para o governo.

Alexandre Frota, deputado pelo PSL, entrou na discussão e disse que o seu partido “não passará a mão na cabeça de bandido” no caso das candidaturas laranjas envolvendo membros da legenda. “Qualquer secretário, deputado, ministro envolvido em qualquer coisa, essa laranja podre vai cair”, afirmou o parlamentar. “O PSL não é um partido de laranjas”, completou Frota.

​Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (10) revelou que o grupo do atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018. O dinheiro foi liberado por Bebianno.

O ministro nega irregularidades e diz que cuidou apenas da eleição presidencial.

O PSOL protocolou nesta quarta representação contra o PSL na  Procuradoria-Geral da República sobre as suspeitas de uso de laranjas em campanhas eleitorais de membros do partido.

Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto.

​O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou, sobre o colega de ministério, que o caso será apurado “se surgir a necessidade”.

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Bancada bolsonarista se engalfinha em guerra digital durante a madrugada https://nocaute.blog.br/2018/12/07/bancada-bolsonarista-se-engalfinha-em-guerra-digital-durante-a-madrugada/ https://nocaute.blog.br/2018/12/07/bancada-bolsonarista-se-engalfinha-em-guerra-digital-durante-a-madrugada/#comments Fri, 07 Dec 2018 14:58:45 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=43558 Madrugada adentro, os membros da bancada do PSL se digladiaram virtualmente na noite de quarta-feira (5) em um grupo de Whatsapp. As mensagens, obtidas pelo jornal O Globo, revelam um verdadeiro barraco protagonizado pelos recém-eleitos Joice Hasselmann, Major Olímpio e Eduardo Bolsonaro.

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Madrugada adentro, os membros da bancada do PSL se digladiaram virtualmente na noite de quarta-feira (5) em um grupo de Whatsapp. As mensagens, obtidas pelo jornal O Globo, revelam um verdadeiro barraco protagonizado pelos recém-eleitos Joice Hasselmann, Major Olímpio e Eduardo Bolsonaro.

Eduardo e Joice disputam quem exercerá a liderança do partido no Congresso e quais estratégias de articulação política devem ser adotadas. A discussão começou entre a deputada e Olímpio na noite de quarta-feira (5), depois entra Eduardo, ao meio dia da quinta-feira.

Leia abaixo os melhores momentos em ordem cronológica:

Major Olímpio para Joice: “O presidente se reuniu comigo e com o delegado Waldir por sermos veteranos, para ajustarmos a interlocução na Câmara e no Senado (…) Nenhum de nós quatro pedimos articulador para nos representar, ao contrário, se assim acontecer, será desconsideração conosco. Tanto Waldir quanto eu recebemos as orientações do presidente que deixou bem claro que não tem nada definido para liderança de nada e que o partido lutasse pelos espaços”.

Joice: “Não vou jogar fora a interlocução que tenho, que construí muito antes de ser candidata, por vaidades, ou disputas de espaço pouco republicanas. Comigo é de forma clara, como tenho feito com vocês. Qualquer dúvida podem me procurar no privado. Nossa articulação oficial na Câmara e no Senado, repito, está abaixo da linha da miséria”.

Em outro trecho, a deputada disse ter recebido reclamações de senadores sobre a falta de interlocução com o governo e com o PSL. “Interessante que hoje, no Senado, ouvi a seguinte frase de cinco senadores: ‘não temos interlocução nenhuma com o governo e com o PSL no Senado’ e me pediram ajuda”.

Major Olímpio, senador eleito

Major Olímpio: “Os senadores que você diz que articula estão mal informados. Temos quatro senadores atuantes. Quanto ao Waldir, ele perguntou ao presidente se havia restrição em ele se colocar à liderança do partido ou do governo na Câmara e o presidente disse que não fazia restrições a ninguém”.

Joice: “Quanto ao Waldir, não é essa informação que tenho. Também sugiro falar com a instância correta: o presidente Bivar”.

Olímpio: “Quanto ao Waldir, eu estava junto na conversa com o presidente. Boa noite”.

Joice: “Interessante saber que o senhor está articulando à revelia da bancada e do presidente do partido. Sugiro conversar com a bancada e com presidente da sigla. Boa noite”.

Olímpio: “De jeito nenhum. O presidente que chamou a mim e ao Waldir em agenda oficial. Nada escondido, em perfeita sintonia com o presidente Bivar, que hoje me designou para representá-lo e ao PSL no Congresso Nacional de Câmaras Municipais. Não estou me metendo nas articulações da Câmara e sim apoiando o LÍDER EDUARDO E VICE LÍDER WALDIR PORQUE ME ELEGI SENADOR E É LÁ QUE TENHO QUE ARTICULAR. Eu respeito hierarquia e respeito meus colegas parlamentares. Eu PERCO TEMPO COM QUEM NÃO É LÍDER. Boa noite”.

Joice Hasselmann, deputada federal eleita

Joice: “Uma pequena correção, major. Bolsonaro o elegeu senador, com todo respeito. Ademais, o senhor deveria ‘perder’ um pouco do seu tempo com a bancada, além do líder, pq o senhor TEM OBRIGAÇÃO. Isso não é um quartel, major, é um partido. Se o senhor não aprender a conciliar, prejudicará a todos, o PSL nacional e o governo Bolsonaro”.

Olímpio: “Sei que não é quartel. No quartel, todos têm papel definido, têm responsabilidades, respeitam os companheiros. Pergunte aos deputados antigos e novos se dou atenção e respeito? Eu perco todo o tempo com todos os parlamentares que pedem ajuda ou conselho, mas respeito cada um deles. A humildade e o respeito cabem em todos os lugares. Nunca menosprezei ninguém me insinuando para qualquer função desconsiderando os demais. Aliás, o mais bobinho aqui é deputado federal e senador e sabem distinguir quem é quem. Boa noite”.

No dia seguinte, pouco depois do meio-dia de quinta-feira (6), Eduardo Bolsonaro entra na discussão.

Eduardo: “O PSL está fora das articulações? Estou fazendo o que com o líder do PR agora? Ocorre que eu não preciso e nem posso ficar falando aos quatro cantos o que ando fazendo por ordem do presidente. Se eu botar a cara publicamente, o Maia pode acelerar as pautas bombas do futuro governo. Por isso, quem tem feito mais essa parte é o delegado Waldir no plenário e o Onyx via líderes partidários”.

“Salta aos olhos a intenção de Joice de ser líder e assim como já demonstrou na época de campanha ela atropela qualquer um que esteja a frente de seus objetivos pessoais. Não está pensando no Brasil como a plataforma do PSL sempre se propôs”.

“Ademais, a Joice chamou uma reunião na data em que eu estava nos EUA propositalmente, para reforçar que eu estaria apenas viajando e não dando conta do partido. Assim como todos vocês, eu sigo ordens, quem acompanhou minhas viagens pelas redes sociais sabe que durmo pouco e nem turismo faço”.

Joice: “Tentei conversar com você algumas vezes para te informar o que estava acontecendo e trabalharmos em conjunto. Ontem mesmo foi o caso. Mas você marca e some”.

A deputada eleita disse, em letras maiúsculas, que não atropela ninguém e que já tinha interlocução com “TODOS” os líderes e presidentes de partidos: “Não vou jogar o trânsito político que tenho no Congresso e porque alguém bate o pé”.

Em seguida, afirma que o filho do presidente fez “votação estrondosa com o sobrenome que tem”, enquanto ela o fez “sem sobrenome” e que, na democracia, qualquer um no partido poderá disputar a eleição para a liderança: “Se quisermos ter 52 candidaturas podemos ter e decidimos no voto e no debate, não por recadinhos infantis via Twitter”.

Joice disse que há uma “jogada armada SEM O CONHECIMENTO da bancada para apresentar Waldir como líder em 2019, escolhido pelo Bolsonaro e por Olímpio. A bancada TEM Q SER OUVIDA. Simples assim. Ouça o que a bancada quer”.

“Você tem meu telefone, Eduardo. Quando quiser conversar como gente grande, sem mandar recadinhos pelo Twitter, ligue ou falemos olho no olho. Sou adulta o suficiente para passar por cima do que aconteceu na época de campanha com major e cia. Acho que vc tbm deveria ser. Hora de crescer. Saudações”.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal eleito

Eduardo: “Você não espera que eu vá correr atrás de você depois disso tudo que está acontecendo e ainda dando uma de sonsa aqui”.

“Joice, a sua fama já não é das melhores. A continuar assim, vai chegar com fama ainda maior de louca no Congresso”.

Joice: “Eduardo, não admito nem te dou liberdade para falar assim comigo, ou escrever algo nesse tom. Não te dei liberdade pessoal nenhuma, portanto, ponha-se no seu lugar”.

“No mais, falamos pessoalmente porque não vou alimentar essa molecagem. Isso aqui não é Jardim da infância em que marmanjo age como bebê. Vamos em frente. Vamos agir como adultos”.

 

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The Intercept puxa a capivara de Joice Hasselmann https://nocaute.blog.br/2018/10/29/the-intercept-puxa-a-capivara-de-joice-hasselmann/ https://nocaute.blog.br/2018/10/29/the-intercept-puxa-a-capivara-de-joice-hasselmann/#comments Mon, 29 Oct 2018 17:02:46 +0000 https://nocaute.blog.br/?p=41490 O The Intercept Brasil, dirigido pelo jornalista americano Glenn Greenwald, desenterrou a verdade sobre uma das deputadas mais votadas de São Paulo

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Por João Filho e Nayara Felizardo

“Quero ser o Bolsonaro de saias”. É assim que Joice Hasselmann projeta o seu mandato na Câmara. Eleita com mais de 1 milhão de votos pelo partido de Jair Bolsonaro, o PSL, a ex-jornalista paranaense ganhou fama nacional após virar uma expoente do reacionarismo brasileiro nas redes sociais. Seu alcance na internet é enorme. Só no Facebook ela conta com quase 2 milhões de seguidores. No YouTube, onde publica vídeos diariamente, já tem mais de 1 milhão.

O estrondoso sucesso online é diretamente proporcional à disseminação de boatos e notícias no mínimo mal apuradas em suas redes sociais. A ex-jornalista foi a principal responsável por espalhar uma das maiores mentiras do primeiro turno, a fraude nas urnas, segundo um relatório elaborado por pesquisadores e analistas de dados da Avaaz, uma comunidade de mobilização online com atuação mundial. Avaliando cerca de 10 mil postagens no Facebook, no Twitter e no YouTube, os pesquisadores descobriram que ex-jornalista foi um dos pontos de partida da história que visava desacreditar o processo eleitoral no Brasil – mas só os resultados que desagradassem os envolvidos, claro.

Relato-Rio-Avaaz-Joice-Hasselmann

A falsa história ganhou força, segundo o monitoramento, depois que Hasselmann fez uma transmissão ao vivo em suas páginas do Facebook e YouTube. No vídeo, Hasselmann “joiçou” uma suposta fraude nas urnas (ou seja, distribuiu conteúdo falso, exagerado ou plagiado, verbo já incorporado ao léxico da internet). Ela diz que ficou sabendo por uma fonte que um suposto hacker, que teria operado em três eleições anteriores, estava pronto para agir novamente. Catapultada por outros formadores de opinião bolsonaristas, inclusive os filhos de Bolsonaro e o próprio Jair, a mentira atingiu cerca 16,5 milhões de pessoas nas redes sociais nas 48 horas após as eleições. Às 11h do dia 7 de outubro, a hashtag #FraudeNasUrnas alcançou o topo dos trending topics do Twitter.

No dia da eleição, a ex-jornalista também contribuiu para a disseminação do vídeo em que um eleitor digita o número 1 e logo aparece a foto de Fernando Haddad, do PT. A postagem atingiu 3,9 milhões de visualizações em seu Facebook. O Tribunal Superior Eleitoral já provou a falsidade do vídeo, mas Hasselmann manteve o conteúdo vários dias no ar, antes de exclui-lo. Até agora, aliás, não postou uma correção sobre a mentira que ajudou a disseminar. Curiosamente, os questionamentos sobre as urnas, segundo ela, não se aplicam às votações para governadores e legislativo – a que a elegeu. Apenas para a Presidência.

No segundo turno, o papel de formadora de opinião a partir de conteúdos de procedência duvidosa foi mantido. Desta vez, ela escolheu destacar uma suposta interferência do Ira?, da Venezuela e do Hezbollah nas eleições brasileiras. A única evidência para a teoria é um documento escrito pelo deputado norte-americano Dana Rohrabacher para o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo. Hasselmann menciona que o deputado está preocupado com a integridade do processo eleitoral e a segurança dos candidatos, principalmente depois do ataque a Bolsonaro.

Em 20 de outubro, dia em que Joice Hasselmann publicou seu vídeo sobre o tema, a discussão atingiu seu auge. Só no Facebook a publicação teve mais de 2,5 milhões de visualizações e foi compartilhada por pelo menos 2.388 páginas e grupos. No YouTube, o vídeo teve mais de 1,8 milhões de visualizações. No dia seguinte após publicá-lo, a deputada alcançou 1 milhão de inscritos em seu canal.

Plágio, processos e uma lição de jornalismo

Natural de Ponta Grossa, no Paraná, Hasselmann começou a carreira em programas regionais de rádio e TV. Antes de se tornar um fenômeno das redes, foi âncora de programas na rádio Jovem Pan e da TVeja, lugares onde se sentiu à vontade para dar vazão à sua obsessão em criminalizar as ideias identificadas com a esquerda.

Como profissional, Hasselmann se destacou mais pela oratória do que pelo jornalismo. Articulada e expressiva, sua carreira sempre privilegiou a forma – e não o conteúdo e a apuração. Quando ainda atuava no Paraná, foi denunciada no Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas por 23 colegas por plagiar pelo menos 65 reportagens em menos de um mês. A plagiadora em série copiava textos de colegas e publicava em seu blog como se fossem de sua autoria – sem crédito, claro. Roubar o trabalho intelectual de colegas de profissão é corrupção em estado bruto, mas ela omite esse detalhe de seu currículo quando brada pela moralidade e pelo combate às falcatruas no mundo político.

Apesar das provas irrefutáveis, Joice Hasselmann ainda nega o que aconteceu. Sua defesa é, basicamente, acusar as vítimas de seus plágios de serem “vagabundos ligados ao PT e à CUT”, “invejosos” e “frustrados”. Prometeu que iria processar um por um dos seus acusadores – mas, claro, não cumpriu a promessa, já que seria necessário provar em juízo que os plágios não existiram. O caso, no entanto, acabou com a sua carreira na imprensa: cinco meses depois, foi demitida e processada pela Editora Abril. Depois que o caso veio a público, Reinaldo Azevedo, seu então colega de bancada na TVeja, se recusou a continuar apresentando o programa ao seu lado. Essa seria uma mancha irreparável no currículo de qualquer jornalista – mas em tempos de pós-verdade, pouco importa. Na verdade, parece que foi justamente essa característica o que a fez alçar voos mais longos em sua carreira.

A mulher mais votada da história da Câmara despreza o movimento feminista que, segundo ela, é composto por uma “gente chata que arranca blusa para colocar peito na rua”. Em uma participação numa esquete de um canal de humor no YouTube, Hasselmann aparece vestindo luvas de boxe para defender Jair Bolsonaro de Maria do Rosário, em uma alusão à famosa discussão no Salão Verde da Câmara. “Você merece (ser estuprada)? Fala, mocreia!”, pergunta Hasselmann, enquanto desfere socos no ator que atua como Maria do Rosário. “Sabe porque ele falou isso (‘você não merece ser estuprada’)? Porque você é chata e feia pra caramba!”

Sempre bastante centrada em seu ego, Joice Hasselmann adora criar apelidos para si própria. Primeiro, de carona no sucesso de público da operação da Polícia Federal, se auto-intitulou “Madrinha da Lava Jato”. Ela chegou a escrever até uma biografia de Sérgio Moro que, do ponto de vista jornalístico, é uma historinha tão chapa branca que parece ter sido escrita pela mãe do juiz.

Depois que foi demitida da Veja, Hasselmann continuou usando a marca da empresa sem autorização – registrou, inclusive, o domínio vejajoice.com.br. Ainda manteve o nome da publicação em suas redes sociais e usava em suas imagens de perfil uma faixa horizontal vermelha, marca de identidade da TVeja. Os advogados da Abril conseguiram tutela de urgência para proibir Hasselmann de usar a palavra “veja”. A jornalista se recusou a acatar a decisão judicial, o que a levou a ser condenada a pagar multa e indenização por danos morais.

Processo Abril x Joice Cristina Hasselmann

Outro enrosco judicial em que Hasselmann se meteu por causa de uma mentira foi com Luiza Nassif, filha do jornalista Luis Nassif. Ela publicou uma foto de Luiza debaixo da seguinte manchete: “Filha de Luis Nassif comanda ato contra Moro em NY. Nassif recebeu 5,7 milhões do governo petista”. Mas era só mais um boato para a coleção da jornalista – que foi condenada a indenizar Nassif. Na sentença, o desembargador a responsabilizou por “divulgar matéria jornalística inverídica” e ainda se viu obrigado a ensinar os preceitos básicos do jornalismo para uma pessoa que se identificava como jornalista. Segundo o juiz, o ofício tem “dever de ser reto e veraz, de checar suas fontes, de apurar a procedência dos fatos, de pesar evidências, evitando a todo custo a divulgação precipitada de fatos delituosos que possam prejudicar a vida e a reputação de pessoas indevidamente.” Aparentemente ela ainda não aprendeu.

Outro boato que Hasselmann ajudou a alimentar foi o “Decálogo de Lênin”, que seria composto por 10 mandamentos do revolucionário russo e que seria usado pelo PT como uma espécie de manual para se perpetuar no poder. Mas Lênin, a quem a jornalista chama de “ditador russo”, nunca escreveu nada disso. Era só Joice sendo Joice mais uma vez.

Do ~jornalismo~ para a política

Os serviços prestados por Hasselmann ao país encantaram Jair Bolsonaro, a quem ela chama carinhosamente de “zero um”, uma referência ao filme Tropa de Elite. A deputada eleita conta que tinha uma visão equivocada sobre ele, mas tudo mudou quando ela o conheceu de perto de perto e pôde medi-lo com sua régua moral. “Bastou uma conversa pessoalmente para eu enxergar que por trás daquele homem com posições fortes havia um coração bom, honesto, e uma espinha ereta que não se dobra.” O capitão a convidou para ser candidata, mas ela titubeou por um momento. “Tive algumas conversas com Bolsonaro e houve um dia em que ele, com olhos marejados, depois de ser carregado por uma multidão, me disse: ‘Se eu tiver um Congresso forte, eu mudo este país’. Aí não teve jeito. Eu não tinha o direito de fugir dessa responsabilidade”.

Hasselmann se vê como uma heroína na luta do bem contra o mal. Para ela, o mundo é bem mais simples do que se imagina. Não há complexidade, nuances, contradições. Seu mundo é binário e maniqueísta, como nos contos infantis. “Vou compor a bancada do bem. E a outra é a do mal, que vai tentar atrapalhar Brasil“. Parece que a única razão que a fez entrar para a política é a mesma que a move como jornalista: “a defesa ininterrupta da extinção do PT”, obsessão compartilhada por Bolsonaro e praticamente toda a bancada de seu partido.

Mas o ego de Hasselmann já causou problemas para o PSL durante a campanha. Ela não é considerada confiável por parte de seus correligionários. Sem consultar ninguém do partido, que havia definido sua candidatura como deputada federal, a jornalista anunciou publicamente que seria candidata ao governo de São Paulo, causando grande constrangimento. Major Olimpio, presidente do PSL em São Paulo, afirmou que ela “atravessou o samba para querer aparecer”. Já Alexandre Frota, também deputado federal eleito, foi ao Twitter para chamá-la de “biscate” e “ratazana que atua nos bastidores”.

Apesar de ter causado alvoroço dentro do PSL, Hasselmann é a candidata que mais recebeu verbas do partido: R$ 100 mil, enquanto as demais candidaturas do diretório paulista receberam apenas R$ 5 mil. A estrondosa de votação de Hasselmann, junto com a de Eduardo Bolsonaro, garantirá pelo menos R$ 110 milhões em recursos públicos para o PSL a partir do ano que vem. Será que a ex-jornalista, que sempre se escandalizou com os milhões destinados ao Fundo Partidário, continuará escandalizada?

Além da carreira como política e cabo eleitoral da direita, Hasselmann agora também tem ministrado cursos online. Um deles se chama “Comunicação Global com Caráter e Verdade” e há tópicos interessantes como “Aprenda a enxergar a mentira”, “O som da verdade – a verdade tem um som diferente” e “Aula com treinamento para identificar a mentira no dia a dia”. No mínimo curioso.

Com esse currículo não é difícil entender porque Joice Hasselmann se tornou o principal polo disseminador da campanha de Bolsonaro. A ex-jornalista foi escalada para dar um verniz de credibilidade aos principais boatos que contribuíram para alavancar a candidatura do capitão, em um esquema de distribuição massiva de mentiras que impressionou até a Comissão Eleitoral da Organização dos Estados Americanos.

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