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Acordo histórico da ONU proíbe armas nucleares, mas nove países não assinaram

As Nações Unidas adotaram nesta sexta-feira (7/7) o primeiro tratado legalmente vinculativo de proibição de armas nucleares. O documento foi aprovado com 122 votos a favor, uma abstenção (de Singapura) e um voto contra (da Holanda), e prevê que os países signatários “nunca, sob nenhuma circunstância, devem desenvolver, testar, produzir, fabricar, adquirir, possuir ou armazenar armas nucleares ou outros dispositivos explosivos nucleares”. A informação é da ONU News.
O tratado proíbe qualquer transferência ou uso desse tipo de armamento e também a ameaça do uso dessas armas.
Foram três semanas de negociações, com participação de 141 países, até chegar ao acordo. Nenhum dos nove países do mundo que possuem armas nucleares — Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, Israel, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte — participou do diálogo e firmou o compromisso.
Entre os signatários estão Brasil, Venezuela, Irã, Cuba e Síria. A lista completa de países que integram o tratado está disponível no site das Nações Unidas. Clique aqui para acessar.

Elayne Whyte Gomez (Foto: ONU/Manuel Elias/ONU News)


Apesar de o acordo excluir os países que têm armas, a presidente da conferência das Nações Unidas que negociou o tratado, Elayne Whyte Gomez, afirma que este é um “momento histórico”.
Elayne, que também é embaixadora da Costa Rica junto à ONU em Genebra, disse que o acordo era aguardado havia 70 anos, desde o uso das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, final da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945.
Segundo o texto, todos os países devem apresentar à ONU em até 30 dias um relatório informando se possui ou controla armas nucleares. O objetivo é que um desarmamento nuclear total em até 18 meses, contados a partir de julho de 2017.

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