Mundo

Pirataria na África


 
Por Leslie Salgado
Os piratas voltaram a ser notícia.
Em meados de março, diante da costa da Somália, o petroleiro Aris 13 foi sequestrado. Levava a bordo oito pessoas naturais do Sri Lanka, ou seja, a tripulação era do Sri Lanka.
A situação foi resolvida sem grandes contratempos, ou seja, sem danos para a tripulação, nenhum de seus integrantes foi maltratado.
Dizem principalmente porque a carga pertencia a um empresário somali e porque o barco ia com destino a Mogadiscio. Ou seja, não houve grandes contratempos.
Ainda que a maioria dos repórteres de imprensa tenham se concentrado nessa parte da ação, já há vários anos que o setor acadêmico vem advertindo que isso poderia acontecer, ou seja, uma volta da atividade de pirataria frente à costa da Somália na parte ocidental do oceano Índico. É o que se vê agora.
Entre o ano de 2008 e 2011 centenas de navios foram sequestrados. Desde outubro de 2012 que não escutamos uma notícia desse tipo. Mas o que acontece – em dezembro de 2016 as operações para patrulhar essa área marítima da OTAN foram suspensas.
Diz-se, além disso, que agora está sob conversações, sob negociação uma cooperação internacional, uma espécie de acordo de cooperação internacional que ajudava essa área marítima a ter mais segurança.
Dizem que isso também está passando por revisão.
O que acontece? A comunidade internacional, ao que parece na opinião de alguns especialistas, confiou que a construção de novos projetos de defesas pela Somália para vigiar, para manter a pirataria ao largo, já poderia ter dado alguns resultados.
Sem dúvida, opinam alguns entendidos que isto é ainda muito frágil, que essa infraestrutura é ainda muito frágil, tem que ter muito cuidado com a confiabilidade.
Talvez esse sequestro do Aris 13 seja um excelente sinal de que os acadêmicos tinham razão.
Acontece que a pirataria não é a pirataria por si só. Está associada ao tráfico e ainda há uma evidência forte da conexão com o terrorismo.
Dizem alguns especialistas que a cobrança de resgate poderia ter financiado em algum momento atividades terroristas como o Al Shabab.
Ou seja, há várias razões pelas quais a comunidade internacional não pode esquecer esse assunto tão importante. E porque além disso o tráfego marítimo que passa por essa área é fundamental para todo o comércio entre a China e Europa. Ou seja, fundamental praticamente para todo o mundo.
Agora, as condições pelas quais a pirataria não morreu, na opinião de alguns especialistas, está na condições reais da Somália e na pouca atenção que se deu às comunidades costeiras. Houve muita atenção assim na atividade central, mas não a essas comunidades costeiras que continuam sendo vulneráveis.
Vamos continuar prestando atenção a este tema, mas tomara que não haja nenhum outro incidente diante da costa da Somália, porque sempre estão em risco as vidas de seres humanos.
 

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