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Minnesota busca colaboração médica e científica com Cuba para enfrentar a pandemia de coronavírus

As senadoras Sandra Pappas e Patricia Torres Ray entregaram um documento ao governador de Minnesota, o democrata Tim Walz, solicitando que o estado apele ao Congresso e à Presidência dos Estados Unidos para suspender as restrições que impedem o acesso aos conhecimentos médicos cubanos, incluindo a importação do Interferon Alfa-2B Recombinante, medicamento fabricado no país e eficaz no combate ao coronavírus.

O documento ainda estabelece que o governador do estado, através de seu Departamento de Saúde, se associe a Cuba para obter assistência e conhecimento cruciais no meio da crise da saúde.    

As senadoras estaduais Sandra Pappas e Patricia Torres Ray, também entendem que o legislador deve estimular outros territórios da América do Norte a aprovar os mesmos procedimentos.

O texto, apresentado na sexta-feira (15) e submetido à consideração do Comitê de Finanças e Saúde e Serviços Humanos do Senado de Minnesota, ressaltou que o coronavírus criou uma pandemia global que requer cooperação internacional para derrotá-lo.

Cuba tem uma longa história de assistência médica a outros países e grande parte de sua equipe está agora intimamente envolvida na luta contra a Covid-19. Como parte da Brigada Médica Internacional Henry Reeve, especialmente treinada para agir em desastres e epidemias graves.

A resolução observa que a nação caribenha oferece regimes de tratamento que usam o medicamento Interferon alfa-2B recombinante, que não foi aprovado para uso nos Estados Unidos devido às sanções impostas pelo governo americano contra Cuba.

Além disso, um extenso manual médico sobre como tratar a Covid-19, publicado recentemente pela Faculdade de Medicina da Universidade de Zhejiang, na China, demonstra como esse medicamento é ‘um componente crucial do tratamento antiviral para combater o coronavírus e também é usado como medida preventiva para proteger os profissionais de saúde do contágio’.

O documento indica que mais de 80 nações demonstraram interesse em adquirir o medicamento cubano, o que demonstra confiança no sucesso da terapia para enfrentar a pandemia.

O texto também lembra que o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba há quase 60 anos ‘restringiu severamente a colaboração em pesquisas científicas e médicas’, observando que os residentes de Minnesota se beneficiariam da experiência médica da ilha, como fizeram muitos países do mundo.

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