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Bolsonaro agora compra briga com a ex-presidente do Chile

Tudo começou depois que a ex-presidente do Chile e alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, disse que está acontecendo um “encolhimento do espaço democrático no Brasil”, acusando o governo inclusive de comemorar o golpe militar de 1964. As declarações de Bachelet foram feitas numa coletiva na sede das Nações Unidas, em Genebra.


Para responder, o presidente Bolsonaro usou sua arma preferida, as redes sociais. Bolsonaro postou no Facebook que a ex-presidenta está “seguindo a linha” de Emmanuel Macron, o presidente francês, ao se “intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira”.

Como de costume, baixou o nível: disse que Bachelet “protege vagabundos” e que o Chile só não virou uma Cuba graças a Pinochet, que evitou que o comunismo tomasse conta do país. E citou o pai da ex-presidenta, Alberto Bachelet Martinez, que se opôs ao golpe militar de 1973, preso, torturado pelo regime, e que acabou morrendo de enfarto na prisão.

Michelle Bachelet com seu pai, Alberto Bachelet, general que foi morto pelo regime Pinochet.

O presidente chileno, Sebastian Piñera, disse, no início da noite, que não compactua com as falas do presidente Bolsonaro sobre o pai da ex-presidenta Michelle Bachelet. Piñera, aliado de Bolsonaro, disse que “toda pessoa tem o direito de ter seu juízo histórico sobre os governos dos anos 1970 e 1980, mas que estas visões devem ser expressadas com respeito às pessoas”.

No início da tarde o ‘Grupo de Puebla’ publicou uma nota oficial em repúdio às agressões de Bolsonaro a Michelle Bachelet. Assinam o documento, o ex-prefeito Fernando Haddad, o ex-chanceler Celso Amorim, Alberto Fernández, candidato à presidência da Argentina, José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente da Espanha. Rafael Correa, ex-presidente do Equador, Beatriz Paredes, Senadora, México, Carol Proner, jurista brasileira, entre outros.

Clique aqui para ler a íntegra do documento.

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