Brasil

Como começou a quarta-feira (de cinzas)

Nunca aconteceu antes na história deste país. Quase dez anos depois de deixar o poder, um ex-presidente da República estar frequentemente nas manchetes dos principais jornais do Brasil. É o caso de Lula.

A Folha de S.Paulo e o Estadão parece que combinaram a manchete principal. As duas saíram exatamente com as mesmas palavras: “STF mantém Lula preso e adia análise da suspeição de Lula”.

O Globo preferiu, para a manchete principal, a revogação do decreto sobre posse de armas, mas a segunda manchete foi também para Lula: “STF nega liberdade a Lula até decidir sobre Moro”.

O jornalista Glenn Greenwald, passou a tarde de ontem na Comissão dos Direitos Humanos, sendo interrogado por deputados sobre os vazamentos que o seu site – The Intercept – está publicando. Foram horas e horas de explicações e respostas afiadas às perguntas dos deputados da situação.

Apenas o Estadão registrou, em matéria, a ida de Greenwald a Brasília. Os outros ignoraram solenemente, como se o embate – muitas vezes contundente – não tivesse acontecido.

Com uma chamadinha bem discreta, no pé da primeira página, a Folha registrou uma notícia que merecia mais destaque e em todos os jornais. A história da transferência do GP Brasil de São Paulo para o Rio, tem uma história escondida. O vencedor da licitação para o autódromo de Deodoro, no Rio, José Antônio Soares Pereira Junior, está devendo 24,7 milhões à União,

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Para O Globo, que ocupou ¼ da primeira página com a charge de Chico Caruso, a briga é entre os pilotos Bolsonaro, da escuderia Rio, e João Doria, da escuderia São Paulo.

O que vale destacar:
O presidente do Senado afirmando que Moro ultrapassou todos os limites (Folha)

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Câmara do Rio negando pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (Globo e Folha)

No quesito “vamos salvar o planeta”, o Estadão informa, na primeira página, que os canudinhos de plástico estão definitivamente proibidos em São Paulo.

E pra não dizer que não falamos de abobrinhas, a Folha registra, na primeira página, a ida do restaurante Casa do Porco, em São Paulo, para a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Finalmente o Brasil apareceu numa lista dos “melhores”.

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