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Estados Unidos chamam de “provocação” a presença de militares russos na Venezuela

O presidente Donald Trump se reuniu nesta quarta-feira (27) com Fabiana Rosales, esposa do autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó, e exigiu que os militares russos deixem a Venezuela. A última vez que ultimato semelhante ocorreu foi em 1962, na “Crise dos Mísseis”, envolvendo os EUA, a União Soviética e Cuba.  

“Os soldados russos devem deixar a Venezuela”, disse Donald Trump a jornalistas durante uma reunião com Fabiana Rosales, esposa de Juan Guaidó, e o vice-presidente Mike Pence.

Pence descreveu como  “provocação inoportuna” a presença de militares russos na Venezuela.

As declarações foram dadas depois que dois aviões russos pousaram no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, nos arredores de Caracas no sábado dia (23), causando preocupação no governo dos EUA.

As aeronaves levaram o general Vasily Tonkoshkurov, chefe de gabinete das forças terrestres russas, e cerca de 100 soldados e mais 35 toneladas de equipamentos militares, demonstrando o fortalecimento da aliança entre Venezuela e Rússia.

Nessa mesma quarta (27), enquanto Trump se reunia com Rosales, o governo alemão declarou que não vai credenciar o designado de Guaidó, Otto Gebauer, como embaixador na Alemanha.

O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha afirmou que “as condições políticas” para reconhecer o enviado de Guaidó “não foram cumpridas”, porque já expirou o prazo máximo de 30 dias que Guaidó tinha para convocar eleições seguindo as leis venezuelanas.

Na reunião desta quarta-feira, Trump disse a Rosales que os EUA apoiam “100%” seu marido Juan Guaidó.

Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer Guaidó após sua autoproclamação, pressionando a comunidade internacional a apoiá-lo também.

Washington também aumentou as sanções contra a Venezuela. As  principais são direcionadas à estatal petrolífera PDVSA e aos ativos estatais venezuelanos que estão nos bancos norte-americanos. 

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