Em entrevista ao Nocaute, o ex-chanceler respondeu com elegância aos insultos que recebeu do futuro ministro da Defesa por ter defendido a inocência de Lula: “Fui ministro da Defesa e do Exterior em quatro governos, tenho quase meio século de serviços prestados ao Brasil como diplomata em diversos países. Sempre defendendo o Brasil e a Democracia. Meu currículo responde por mim”.
Cotado para ocupar o Ministério da Defesa de Bolsonaro (pasta já ocupada por Amorim de 2011 a 2015), o general Augusto Heleno atacou duramente o ex-chanceler Celso Amorim.
O general disse ao site O Antagonista que o ex-ministro Celso Amorim fez “barbaridades” para colocar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente e não conseguiu.
“É o primeiro ex-chanceler a usar vários diplomatas a ele ligados em uma campanha no exterior contra o seu próprio país, mentindo sobre a prisão de Lula. Atitude impatriótica, vergonhosa e injustificável”, disse o general.
Juristas, intelectuais e políticos do mundo todo confirmam a tese de que Lula é um preso político. Grupo formado por ex-prêmios Nobel da Paz e vários ex-chefes de estado, como François Hollande, José Luiz Zapatero, Massimo d’Alema, e também de lideranças como o senador Bernie Sanders, hoje o mais popular político dos Estados Unidos, assinam manifestos pela liberdade do ex-presidente.
Recentemente Noam Chomsky, um dos mais importantes intelectuais da atualidade, esteve em Curitiba para visitar o ex-presidente Lula na prisão. “Minha esposa, Valéria, e eu recentemente estivemos em uma prisão para visitar aquele que é, provavelmente, o prisioneiro político mais proeminente da atualidade, uma pessoa de notável significância na política global contemporânea”, declarou Chomsky. “Lula é mantido em isolamento para que o ‘golpe branco’ no Brasil possa seguir em frente”, concluiu o lingüista.
Em resposta ao general, o ex-ministro Aloizio Mercadante também se manifestou: “O que incomoda muito e envergonha os militares patriotas, o corpo diplomático e o povo brasileiro é um presidente que além de defender a tortura e os grupos de extermínio, bate continência para a bandeira americana entrega a Embraer e o pré-sal, acaba com o programa espacial e negocia uma base militar americana no Nordeste brasileiro”.
Procurado por Nocaute o ex-ministro Celso Amorim foi breve:
– Fui ministro da Defesa e do Exterior em quatro governos, tenho quase meio século de serviços prestados ao Brasil como diplomata em diversos países. Sempre defendendo o Brasil e a Democracia. Meu currículo responde por mim.
Assista à entrevista do ex-chanceler Celso Amorim à repórter especial Christiane Amanpour, da CNN Internacional:
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