Brasil

Marionete de forças ocultas! Poste de Lula?

Iole de Freitas Druck, professora do Instituto de Matemática e Estatística da USP, defende a candidatura de Haddad e diz: “Não podemos ignorar a ameaça que ronda a democracia brasileira. Votar em branco ou nulo é temerário, é esquivar-se do que está realmente em jogo nestes segundo turno das eleições presidenciais”.

Iole de Freitas Druck(*)

Este texto é fruto de uma (longa) reflexão pessoal sobre algumas das fortes razões de meu voto em #Haddad13 neste segundo turno das eleições presidenciais. Me espanta e confunde a possibilidade de que decisões importantes estejam sendo tomadas mais pelo fígado do que pela razão, já que emoções estão tendendo a substituir argumentos baseados em fatos reais.. O voto é a maior arma de cidadãos e cidadãs em uma democracia. Agora é a hora de votar em paz com a própria consciência, baseados no que, diante de nossos valores e convicções, consideramos positivo para o país. Não se trata de simplesmente votar contra! É importante que se encontre razões para votar a favor. Espero que minha argumentação, as fontes que sugiro e as conclusões que delas retiro possam contribuir para a reflexão crítica e pessoal e para a decisão final do voto de quem se dispuser a ler este texto até o final.

PARTE 1 – Marionete de forças ocultas?

Acordei com um insight. Acho que meu subconsciente de psicanalisada ficou trabalhando a fala do candidato ao desautorizar seu vice, no Jornal Nacional: “Eu sou capitão do exército e ele é general, mas, como presidente, eu serei o chefe!”.

Qual poderia ser a motivação psicológica mais profunda de um indivíduo despreparado, intelectualmente tosco, que como deputado federal teve atuação irrelevante e medíocre – para abusar, durante quase 30 anos, da prerrogativa do foro privilegiado esbravejando impunemente falas violentas, misóginas, de cunho racista ou homofóbico, e a favor da ditadura, especialmente da tortura, crime “inafiançável e insuscetível de graça ou anistia”, segundo o Código Penal Brasileiro, e cuja pena pode ter um acréscimo de até 1/3 se cometido por agente público?

Acordei com este insight: no fundo ele não aguenta a frustração de ter sido reformado precocemente do Exército (chegando apenas à patente de capitão de pijama), ao ser considerado inapto a fazer parte das Forças Armadas por seu descontrole e sua violência desmedida. Em suma, um “mau militar” segundo Geisel:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/nem-geisel-suportava-bolsonaro-ummau-%20militar-completamente-fora-do-normal-por-kiko-nogueira/

Ou seja, para vingarse de seu trauma, o capitão deseja alcançar o poder de mandar nos generais que o puniram!

Eureka! No fundo do subconsciente, o capitão de pijama quer ser o comandante em chefe das Forças Armadas brasileiras!

Ora, mas é evidente que uma motivação psicológica profunda e inconsciente, por si só, não é confessável nem garante a quantidade espantosa de votos obtidos no primeiro turno das eleições. E a ação de um partido inexpressivo e quase sem verbas de fundo partidário explica menos ainda tamanho sucesso nas urnas, sobretudo quando se sabe que o candidato foge de todo debate de ideias com o adversário!

A explicação vem à luz agora, com a revelação de que a campanha do capitão de pijama recorre a um jogo sujo e subterrâneo, posto em prática no fim do primeiro turno e no segundo turno das eleições! Recentemente noticiou-se também que o próprio candidato propôs dois decretos-lei em 2017, um voltado a facilitar o uso do WhatsApp, outro a dificultar o julgamento por crime de abuso de poder econômico de quem o utilize para finalidades ilícitas – projetos esses completamente destoantes das inúmeras propostas por ele feitas ao longo de 28 anos na Câmara dos Deputados, tão irrelevantes que apenas duas (não estas) foram aprovadas.

Só depois do primeiro turno, porém, veio a público o teor da manipulação psicológica preparada para a campanha, com a assessoria da empresa Cambridge Analytica, pertencente a Steven Bannon, idealizador da campanha vitoriosa de Donald Trump para a presidência dos EEUU.

Recomendo fortemente que se assista do começo ao fim o vídeo elucidativo e estarrecedor constante do link: https://youtu.be/IiQWIgP3-x4. Nele fica explícito o uso sistemático e reiterado da mentira como método de manipulação de emoções, com a difusão de afirmações falsas sobre o adversário e seu partido, a fim de gerar ódios e medos capazes de confundir informações. Com efeito, nessa campanha a outra candidatura é acusada de praticar tudo o que, de fato, é praticado pela campanha do próprio capitão! O objetivo da estratégia é bloquear a capacidade de análise crítica dos eleitores sobre os candidatos e obter adesões irracionais, baseadas no apelo ao ódio.

É conhecido o mecanismo psicológico que leva um indivíduo a atribuir a outros exatamente os defeitos ou fraquezas que não pode ou não quer enxergar em si próprio. A macabra “ideia genial” de Steven Bannon é utilizar essa tática para manipular consciências coletivamente, a partir do levantamento em larga escala, no espaço cibernético, de perfis e valores comuns a diferentes grupos sociais – e assim poder influenciá-los utilizando as redes sociais! Essa estratégia de campanha vem sendo montada há anos; os dois decretos propostos em 2017 pelo deputado (na época futuro candidato à presidência) mostram agora que o esquema foi concebido bem antes (ver: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/18/politica/1539873857_405677.html.)

É mais que evidente que a concretização de tal esquema demanda muita grana – um dinheiro que seguramente não provém do fundo de campanha do PSL, quase
nulo, e muito menos da “fortuna” pessoal ou familiar do candidato, embora ela tenha crescido de forma espantosa, incompatível com um salário de deputado (cf. https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2018/01/patrimonio-de-jair-bolsonaro-e-filhos-semultiplica-em-apenas-dez-anos.html). A conclusão necessária é que existem poderes ocultos e escusos por trás desta campanha que, agora se vê, foi milionária.

É preciso identificar os financiadores!

É preciso identificar os verdadeiros interesses econômicos por trás da campanha do capitão de pijama!

É preciso combater e punir os responsáveis pelo caixa 2 ilegal!

Mais, é preciso identificar os verdadeiros interesses desse poder econômico que se esconde e controla as ações e declarações do candidato fake!

Ora, se há um poder econômico a controlar a campanha, é porque seus próprios interesses – ocultos para os eleitores – prevalecerão num eventual governo do capitão de pijama. Essa nova conclusão é confirmada, aliás, pelo próprio capitão, quando admite seu despreparo para a tomada de decisões, por exemplo, em matéria de economia ou saúde, e diz que irá escolher “os melhores especialistas” sem, no entanto, demonstrar competência para definir critérios sólidos ou equilíbrio pessoal para a tomada de decisões dessa relevância.

Fica assim demonstrado quem é a verdadeira marionete, manipulada por forças até agora invisíveis para o público em geral. Como aconteceu com Eduardo Cunha, o capitão será facilmente descartado assim que oportuno ou conveniente, depois de cumprir o papel que lhe coube: alçar ao poder quem não se apresenta honesta e democraticamente para disputar a preferência da população por meio do voto e monta uma fraude eleitoral! Sendo eleito o messias de pijama, a verdadeira face desse projeto de poder ficará evidente mais dia, menos dia.

Eventualmente tarde demais para que nossa debilitada democracia possa sobreviver. O crescimento do candidato do PSL nas intenções de voto baseia-se sobretudo em notícias falsas sobre o adversário e no discurso de ódio que demoniza o PT. Nesta reta final do segundo turno o próprio o capitão gravou vídeo onde faz ameaça explícita de extermínio físico dos opositores (como ele próprio apregoa ser a prática na Venezuela!), tendo antes dito que vai “acabar com todo ativismo (social?)”. Ele se recusa ao debate de ideias e propostas; tem um programa de governo vago, incompleto e incoerente. Demonstra falta de respeito para com o eleitor, menospreza a democracia e expõe explícita e claramente seu viés autoritário, além de exibir absoluto descontrole e violência verbal – exatamente as características pessoais que o levaram a ser primeiro preso e depois “expulso” do exército!

É esse o “líder” (führer de um “Brasil acima de tudo” – Brazil über alles) que se diz cristão? Não serviu para comandante de tropa do exército, mas agora serve para levar uma horda de apoiadores a pôr em prática seu discurso autoritário de ódio e discriminação, intimidando e espancando casais homoafetivos; ferindo de morte a facão uma travesti no centro de São Paulo; gravando a canivete uma suástica na pele de uma jovem contrária a sua eleição; usando uma barra de ferro para agredir um jovem negro que fazia campanha pelo adversário; matando com doze facadas nas costas o mestre capoeira e compositor negro Moa do Katendê, por declarar seu voto em Haddad na noite do primeiro turno das eleições. Seu exemplo está, já neste momento, autorizando e naturalizando a falta de empatia e solidariedade humanas, ao liberar os impulsos agressivos que normalmente são contidos por um ambiente social de civilidade. Seu filho se sente à vontade para fazer ameaças à jornalista da Folha de S.P. e ao STF (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/fala-de-eduardobolsonaro-e-golpista-diz-celso-de-mello-decano-do-stf.shtml)!

Imagine-se o que poderá acontecer, se o capitão de pijama vencer as eleições?

Por tudo isso e mais ainda é necessário bradar com convicção e força: #Elenão!!!

PARTE 2 – Poste do Lula?

O momento político nacional é delicado, sensível e muito difícil, com a sociedade dividida em duas “facções” incapazes de dialogar usando a razão, aparentemente, inconciliáveis. No entanto, trata-se de uma falsa dicotomia. Pode-se observar que a maioria dos indivíduos não fundamenta suas convicções pessoais nem argumenta com serenidade ao justificar sua adesão a um ou outro lado: petismo x antipetismo.

Ora, a sociedade e as convicções do que possam ser os melhores caminhos para o desenvolvimento do Brasil são plurais! Esse clima social não permite a construção de uma nação inclusiva de todos seus cidadãos e cidadãs, com respeito e acolhimento da diversidade e divergência, para que se possa voltar a uma prosperidade econômica, com combate à miséria e igualdade de oportunidade a todos. Trata-se de uma situação que foi sendo construída no tempo. Sim, a partir de erros cometidos – por governos ou por decisões no âmbito do legislativo – por políticos de vários partidos, inclusive do PT. A partir de 2013, com a interveniência de protestos nas ruas (ativismos?) e outras ações políticas deliberadas menos visíveis da população em geral, essa polarização foi se estendendo mais amplamente na sociedade. Neste momento o ódio e a irracionalidade convergem para manter essa dicotomia forjada, por isso o que realmente importa agora é a pacificação dos ânimos. É imprescindível pôr um ponto final na “conversa de surdos” para que o país possa crescer com sustentabilidade, inclusão social e democracia. Precisamos eleger um presidente com características pessoais de equilíbrio emocional e capaz de promover a pacificação. Precisamos eleger um presidente com estofo intelectual reconhecido e compromisso histórico com a democracia: alguém com autoridade moral para liderar uma frente democrática e mediar conflitos, alguém comprometido com o apoio à diversidade e avesso ao preconceito e à exclusão de minorias.

O Estado Democrático de Direito está ameaçado, e com ele a Constituição cidadã, promulgada há apenas 30 anos, depois muita luta da sociedade contra a ditadura e por meio de acordos entre posições diferentes, todas do campo da democracia.

Estamos diante de uma encruzilhada, e não em pólos opostos – “duas faces da mesma moeda”. Temos diante de nós dois caminhos radicalmente distintos: de um lado a democracia, de outro o obscuro caminho do autoritarismo, do ódio e da violência social. Trata-se de moedas completamente distintas e, de fato, opostas. As opções colocadas agora são: TOTALITARISMO x DEMOCRACIA.

Neste segundo turno das eleições presidenciais, muito claramente, Fernando Haddad é o candidato que personifica a opção pela democracia. Para além de seu partido, Haddad vem buscando alianças no campo democrático, inclusive operando mudanças em seu programa partidário para poder representar uma frente mais ampla de posições. Tem obtido apoios importantes de opositores históricos, até por ser o candidato que representa a possibilidade de manutenção do direito ao contraditório, inclusive o de se poder continuar discordando do próximo governo através do parlamento ou dos mecanismos democráticos de participação popular.

Haddad está longe de ser um cidadão desconhecido. Biografia, currículo acadêmico (http://lattes.cnpq.br/3158797418399228) e trajetória de vida como professor universitário e em suas gestões à frente do MEC e da Prefeitura de São Paulo são de conhecimento público. Nunca foi um político tradicional, nunca enriqueceu. Depoimentos de alunos, colegas, colaboradores, correligionários e até opositores atestam suas firmes convicções democráticas, sua disposição sincera e efetiva ao diálogo, sua honestidade de propósitos e seu entusiasmo na busca de soluções abrangentes os problemas complexos pertinentes às funções públicas que exerceu. Sim seu partido é o PT, sigla que tem virado simplesmente sinônimo de “todo o mal” com a campanha difamatória em curso. Sim Haddad respeita e admira o presidente Lula, como protagonista importante da história política e social de nosso país. Professor universitário de ciência política, nunca escondeu sua compreensão quanto ao papel destinado Lula na historiografia brasileira, por sua trajetória extraordinária (no sentido de “além do ordinário”) como grande líder interno e estadista reconhecido internacionalmente, na condição de presidente do Brasil por dois mandatos. Com a honestidade intelectual dos acadêmicos sérios, não cede a oportunismos eleitoreiros e afirma sua convicção, isenta das circunstâncias atuais, que tentam fazer de Lula um foco de amor e de ódio: de antagonismos inconciliáveis.

Expõe com clareza o que pensa terem sido as contribuições positivas dos governos petistas e não deixa de fazer autocríticas, por exemplo quanto à corrupção nas estatais, apontando o que se pode aprender com erros anteriores e propondo providências para evitá-los. Todo professor sabe que reconhecer erros é uma das condições mais importantes para a verdadeira aprendizagem.

Saber ouvir, praticar o diálogo e respeitar as divergências são características próprias do bom professor, claramente observáveis em Haddad em todos os debates e entrevistas de que participou.

Sobre sua atuação no MEC, o PNE (Plano Nacional da Educação) é eloquente. Lei aprovada pelo Congresso Nacional em 2014 e produzida sob sua coordenação pela equipe no Ministério da Educação e enviada como projeto de lei em 2014 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm).

Dele consta um plano decenal para a Educação Brasileira que abrange todos os segmentos e modalidades educacionais, desde a creche à pós-graduação, além de garantir condições mais adequadas de formação continuada, de trabalho e remuneração condigna aos professores, bem como garantias à gestão democrática das escolas e ao financiamento da Educação Pública. Tudo isso está regulamentado na lei por meio de um conjunto de 20 metas que se complementam mutuamente, com a formulação de estratégias e prazos para seus cumprimentos. Vale a pena conferir a amplitude, a complexidade e a harmonia orgânica do quadro que a lei desenha para o desenvolvimento da Educação Pública de qualidade no Brasil. É importante apontar que a equipe que assumiu MEC a partir de 2016 não vem cumprindo o PNE e vem tentando desmontar programas importantes que, por iniciativa e trabalho de Haddad, tinham sido transformados em programa de Estado e não mais de governo, como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), com o qual contribuí durante cerca de 20 anos, e pude acompanhar de perto o quanto foi aperfeiçoado durante sua gestão.

Como prefeito de São Paulo, Haddad recuperou milhões em verbas de contratos superfaturados e saneou as contas do município. Foi criativo e abrangente nos programas que desenvolveu na cidade, por exemplo melhorando a educação nas escolas públicas municipais e as condições de trabalho dos professores. Promoveu mudanças inovadoras na mobilidade urbana. Criou instrumentos e procedimentos de atendimento a dependentes químico em situação de rua. Ao deixar de investir na publicidade de seus programas, talvez não tenha tido o reconhecimento de muitos cidadãos, mas recebeu prêmios internacionais pela qualidade e importância de seus programas.

Seguem links com informações sobre alguns dos programas e prêmios outorgados ao prefeito Haddad por ações implantadas:

https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/haddad-vence-desafio-de-prefeitos-e-sp-ganha-us-5-milhoes-para-projeto.ghtml

https://jornalggn.com.br/noticia/onu-premia-plano-diretor-de-sao-paulo-da-gestao-haddad

Para Wall Street Journal, Fernando Haddad é visionário

http://www.pt.org.br/melhor-prefeito-do-mundo-conheca-os-premios-da-gestao-haddad/

https://www.obrasilfelizdenovo.com/haddad-prefeito-visionario/.

Diante de todo o exposto, fica evidente que chamar Fernando Haddad de “preposto do Lula” é mero pretexto do capitão de pijama para se ausentar de debates.

Mais verossímil é que fuja do debate para não evidenciar seu despreparo, seu pensamento raso e tosco, sua incapacidade de fornecer argumentos lógicos ou de sustentar com racionalidade sua (falta de) proposta de governo. Prefere banalizar o processo eleitoral e desrespeitar seus próprios eleitores que querem assistir um confronto de ideias eleitor, do que expor-se ao ridículo previsível!

Neste momento importantíssimo para o futuro do país, é fundamental refletir de forma aprofundada e serena sobre tudo o que está em jogo nesta eleição. Neste longo texto, procurei expor minha reflexão pessoal como contribuição a quem, neste momento, esteja buscando confirmar ou repensar sua opção de voto no primeiro turno. É típica do discurso autoritário a redução de realidades complexas a slogans simples, de forte apelo emocional e de fácil adesão, como forma de bloquear o pensamento crítico para manter seus seguidores sob controle. Neste momento é fundamental pesquisar informações em fontes confiáveis para poder separar o que são fatos reais do que é inventado, embasar racionalmente o voto e avaliar as possíveis consequências do resultado final da eleição presidencial.

Não podemos ignorar a ameaça que ronda a democracia brasileira. Votar em branco ou nulo é temerário, é esquivar-se do que está realmente em jogo nestes segundo turno das eleições presidenciais, onde vence o candidato que obtenha o maior número de votos válidos. Meu voto é em Fernando Haddad para presidente e em Manuela D’Ávila para vice-presidente! Voto 13!

Vote a favor da democracia! Vote a favor do Estado democrático de direito!

Vote #HaddadManu13!

(*) Iole de Freitas druck é professora do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo.

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    • Avatar

      Você pode não concordar com o que ela escreve, mas eu a conheço e posso garantir que é uma pessoa muito séria, competente, com preocupação social. Talvez o caminho que ela aponta não seja mesmo o melhor para enfrentar o problema social do nosso país, mas ela tem caráter e, absolutamente, não é idiota!!!

  1. Avatar
    Fabio Rossano says:

    Excelente texto da professora Dra. Iole Druck. Também temo que a elucidação deste embuste, de forma mais ampla, atingindo aqueles que acreditaram nas tantas mentiras e que se alimentam exclusivamente do ódio e da violência, seja tarde demais (muito provável que não aconteça) para que nossa debilitada democracia possa sobreviver. Muitas vezes me pergunto, o que leva pessoas votarem num candidato que faz apologia ao estupro, que manipula crianças no colo apontando “arminha” com suas mãos, que ameaça de morte pessoas e a execução dos seus adversários políticos, que passou um período de 28 anos como um deputado medíocre onde teve apenas duas propostas aprovadas, que defende a pena de morte, que tem como ídolo o maior torturador que o Brasil conheceu. O biólogo Richard Dawkins, uma das maiores autoridades em evolução, num dos seus brilhantes textos, diz que temos que ter compaixão com estas pessoas, que encontram no ódio e na violência argumentos para a sua completa ignorância.

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