Brasil

Sob o comando de Aloysio, Itamaraty começa caça às bruxas interna

A campanha de Bolsonaro acusa diplomatas brasileiros de estarem por trás de reportagens negativas sobre o presidenciável, veiculadas nas principais publicações da Europa, Estados Unidos, e América Latina.

Neste domingo (21), na coluna de Eliane Cantanhêde no jornal O Estado de S.Paulo, foi divulgado que o Itamaraty sofre com a polarização política que tomou conta do país. Segundo o jornal, caso Bolsonaro vença o pleito eleitoral, haverá grandes mudanças na política externa brasileira e diplomatas considerados “pró-PT” serão imediatamente desligados de seus cargos.

O comitê de campanha de Bolsonaro acusa que diplomatas brasileiros estão por trás das reportagens negativas sobre o deputado, veiculadas nas principais publicações da Europa, Estados Unidos e América Latina.

The Economist, Financial Times, Liberation, The New York Times e Le Figaro, entre outros, publicaram alertas sobre a candidatura do pesselista. O comando de campanha bolsonarista acusou os diplomatas de municiarem jornais e jornalistas estrangeiros com informaçõe negativas a respeito do candidato.

Celso Amorim (colaborador regular do Nocaute) e José Viegas, ex-ministros da Defesa nos governos do PT, seriam os “líderes da campanha” difamatória.

Celso Amorim forjou uma geração de diplomatas vistos, pela campanha de Bolsonaro, como “petistas em cargos-chave” e citam como seus principais alvos os nomes:

Paulo de Oliveira Campos foi chefe do Cerimonial da Presidência de Lula e hoje é embaixador em Paris;

Mauro Vieira, ex-chanceler, na ONU, em Nova York;

Antonio Patriota, também ex-chanceler de Dilma, em Roma;

Antonio Simões, em Montevidéu, sede do Mercosul.

A equipe acusa “os petistas do Itamaraty” de estarem fazendo listas de colegas que tenham manifestado apoio ou simpatia por Bolsonaro e dizem que o “aparelhamento” do PT na administração pública, estatais, bancos públicos e agências reguladoras se estendeu a órgãos internacionais, citando como exemplo a ex-ministra de Dilma, Ideli Salvatti, que ganhou uma função na Organização dos Estados Americano (OEA), em Washington.

Para a equipe de Bolsonaro, é desses órgãos que saem as notícias negativas não apenas contra o ex-militar, “mas contra o Brasil”. Caso o deputado saia vitorioso, sua intenção é trazer de volta esses técnicos e modificar os quadros nas embaixadas e consulados, além de cancelar postos abertos por Amorim em pequenos países, considerados de alto custo e baixo retorno para o Brasil.

Devemos esperar também uma guinada na política externa, os principais objetivos seriam: “recuperar o pragmatismo, a liderança natural do Brasil na América do Sul e os parceiros tradicionais, como os EUA” e o fim dos acordos com a Venezuela.

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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Perdão, mas o que é que o Aloysio Nunes tem a ver com isso? A matéria não o cita em momento algum, mas sim afirma que “caso Bolsonaro vença o pleito eleitoral, haverá grandes mudanças na política externa brasileira e diplomatas considerados ‘pró-PT’ serão imediatamente desligados de seus cargos.
    Por que esta raiva cega de Aloysio Nunes, manifestada em clara distorção de matéria jornalística e esta foto pessimamente retocada? Tudo indica que Bolsonaro vai ganhar, infelizmente, mas tal coisa é de enorme baixeza e traduz desespero.

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