Brasil

Acusados de fabricar fake news para Bolsonaro haviam oferecido seus serviços a Alckmin

Segundo reportagem de Patrícia Campos Mello, publicada na edição digital da Folha, uma das empresas acusadas de disparar mentiras para Bolsonaro já havia oferecido seus serviços a Alckmin. O PSDB reconheceu que contratou os serviços, mas com mensagens dirigidas apenas a seus filiados no dia da eleição.

A folha de S.Paulo publicou neste sábado (20), e-mails e a proposta de um contrato que confirma o esquema denunciado pela jornalista Patrícia Campos Mello sobre a existência de ofertas de disparo de mensagens pelo WhatsApp.

De acordo com o jornal, a empresa Croc Services teria oferecido à campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) um pacote de disparo em massa de mensagens via aplicativo. A oferta incluiria disparos para números de celulares obtidos pela própria agência, o que é ilegal, de acordo com a legislação eleitoral. A campanha, porém, recusou a proposta, que custaria R$ 8,7 milhões, de acordo com a Folha.

A reportagem apurou também que a equipe do ex-candidato tucano comprou disparos para uma lista de telefones de militantes membros do PSDB e de apoiadores que fornecem dados nas redes do candidato, o que é legal. O custo total foi de R$ 495 mil, R$ 0,09 para cada um dos disparos, de acordo com Marcelo Vitorino, coordenador da área digital da campanha de Alckmin, entrevistado pela Folha.

Paulo Freitas, sócio-diretor da Croc, afirmou à Folha não saber que a prática de disparos em massa de mensagens a celulares obtidos pela própria agência seria ilegal. Freitas afirmou ter prestado serviço somente a campanha de Romeu Zema (Novo), candidato ao governo de Minas Gerais, e ao próprio Alckmin, em ambos os casos usando a base de dados dos próprios candidatos, o que é permitido pela Justiça Eleitoral.

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