Brasil

Haddad pede prisão de financiadores de campanha de difamação pelo WhatsApp

Em coletiva de imprensa Haddad diz que basta prender um único empresário envolvido no esquema para que seja desmontada a operação de difamação orquestrada por Jair Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (18), o candidato Fernando Haddad afirmou que é preciso prender pelo menos um dos empresários que compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp para que caia toda a “quadrilha”.

Acompanhe a íntegra da entrevista:

O importante agora é prender os empresários que com caixa dois financiaram o Bolsonaro em uma campanha de difamação. É isso o que vocês tem que cobrir hoje. Não adianta vir aqui fazer …

Ele disse que tudo isso é uma piada, o que o senhor acha disso?

Quem falou isso?

O Bolsonaro.

Prende. Se você prender um empresário desse, ele vai fazer delação premiada. Basta prender um empresário que ele vai fazer delação premiada e vai entregar a quadrilha toda. Nós estamos falando de 20 a 30 empresários envolvidos nesse esquema. Se prender um em menos de dez dias a gente vai ter a relação de todos os empresários que estão financiando, com caixa dois, uma campanha difamatória. É nisso que a imprensa tem que se concentrar hoje. É a democracia que está em jogo, nós vamos entrar com ações.

Ele disse que o PT está sendo prejudicado pela verdade.

Olha, ele já foi condenado pela justiça eleitoral a retirar um vídeo me acusando de uma mentira. Ele está sendo condenado diariamente pela Justiça Eleitoral a retirar as difamações que ele faz contra mim e agora a gente sabe que ele está fazendo isso com dinheiro sujo. Com dinheiro sujo. Quero saber … Todas as ações judiciais, inclusive a prisão preventiva porque é um crime continuado, eles estão financiando o WhatsApp que deveria estar sendo perguntado o que será feito para evitar que esse crime continue.

A candidatura dele deve ser impugnada?

Eu acho.

O PDT pediu a nulidade da eleição.

O PDT tem o direito de pedir o que ele quiser. Porque depois de uma fraude dessa, é um absurdo. Agora, eu acho que o segundo turno tem que se dar entre mim e o Ciro. É isso que é o correto e é isso que a legislação prevê porque ele tentou fraudar a eleição. Felizmente não deu o primeiro turno, porque se desse o primeiro turno isso iria tudo para baixo do tapete. Como não deu no primeiro turno eu quero ver a imprensa internacional, a OEA, que está em missão aqui para acompanhar as eleições, e a imprensa local fazer o trabalho. Todo mundo fazer o trabalho.

Você acha que ele fraudou a eleição?

Ele estava em um jantar pedindo recursos para o WhatsApp. Todo mundo sabe disso, a Piauí sabe disso, saiu publicado pela imprensa. Ou vocês desmentem a Piauí, vocês podem desmentir também a Piauí, dizer que eles mentiram. Agora, eu estou me baseando em uma informação publicada em uma revista que eu suponho ser séria. Assim como a Folha de São Paulo, que eu suponho que seja séria.

Você acha que isso seria o suficiente para invalidar o resultado da eleição?

Eu acho que é o suficiente para mandar prender quem, comprovadamente, contratou serviços ilegalmente para difamar uma candidatura. Eu acho suficiente.

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  1. Avatar
    Darwin Ferraretto says:

    1 – Se a candidatura de #B171 for mesmo impugnada teremos duas possibilidades.

    a – Os votos dele são considerados nulos mas a eleição do 1º turno continua válida. Neste caso, Fernando Haddad seria declarado presidente eleito porque teria mais de 50% dos votos válidos. (Haddad teve quase 30% dos votos e todos os outros tiveram somados quase 25%)
    b – Os votos dele são considerados nulos e a eleição do 1º turno perde a validade por ter mais de 50% de votos nulos. Neste caso, seria convocada uma nova eleição presidencial.
    é claro também que esta fraude não beneficiou somente #B171. Muitos deputados e senadores eleitos se locupletaram no esquema. O problema é provar isto…apontar quais foram os beneficiários e qual a extensão deste benefício.

  2. Avatar

    Um pouco irritante essa lenga-lenga de “Ah… Primeiro, o PT tem que fazer autocrítica” – quando o país está à beira do fascismo. Devem ter dito o mesmo ao Deutsche Zentrumspartei, antes das eleições de 1932, na República de Weimar.

    E o que dizer do PSDB, que, logo após as eleições, conspirou para desestabilizar e, afinal, depor, “em nome de Deus e do coronel Ustra”, uma governante eleita democraticamente? Esse não precisa fazer autocrítica?

    E os ‘soi-disants’ democratas (como o ‘farol de Alexandria’), que, por birra, ressentimento ou cálculo interesseiro, lavam as mãos diante da ascensão do fascismo? Nada de autocrítica?

    E quanto ao MPF e ao Judiciário (desde os juízes de 1ª instância até desembargadores e ministros de STJ e STF), que têm dado nó na Constituição, transformando a Justiça numa longa sessão de descarrego midiático para purificar este país corrompido, interferindo partidariamente na esfera política? Não cabe autocrítica nesse caso?

    E a grande mídia, convertida em boneco de ventríloquo desses próceres da Justiça, promovendo o linchamento de reputações com base em delações sem provas? Essses também não teriam que fazer autocrítica?

    E o “mercado”, a banca, os empresários (nacionais ou não), que continuam a financiar esse festival de horrores – também não precisariam fazer autocrítica?

    Lula foi condenado, sem provas, com base na presunção de culpa, o que é absolutamente inconstitucional. O mundo inteiro viu isso. E é o PT que deve fazer autocrítica em primeiro lugar?

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