Brasil

Haddad avisa que não porá um banqueiro no Ministério da Fazenda

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira em entrevista à rádio Guaíba que o Ministério da Fazenda de seu eventual governo será comandado por um nome “ligado à produção” e não por um banqueiro. E garantiu que escolherá para o cargo um perfil “completamente diferente” do economista Paulo Guedes, principal assessor econômico de Jair Bolsonaro (PSL).

Ele afirmou que o nome a ser escolhido para comandar a economia pode ser um empresário ou um economista ligado ao setor produtivo. “O que eu posso te dizer é que não será um banqueiro”, quando indagado sobre seu futuro ministro da Fazenda.

Na entrevista Haddad atribuiu a ida ao segundo turno das eleições ao apoio político do ex-presidente Lula e rechaçou a tese de quem defende o distanciamento do candidato com Lula. “Eu só cheguei ao segundo turno em função do projeto que Lula representa. Eu jamais vou negar a minha amizade por ele e jamais vou negar que ele foi condenado sem provas. Eu viajei por 30 países e todo mundo queria um governante como ele para combater a fome, para ajudar a distribuir renda, moradia e educação”.

Haddad relatou que considera “exitosa” a votação que teve, apesar do tempo de campanha reduzido. O candidato disse que ainda precisa se apresentar a uma parte do eleitorado brasileiro. “É importante falar no rádio, na televisão. Nós temos que nos comunicar com milhões. Eu tinha que viajar pelo país para conversar com as pessoas, para apresentar o meu plano de governo. Agora está apresentado o plano de governo e tenho de me apresentar. Muitas pessoas ainda não me conhecem”, disse.

Questionado sobre a influência das fake news no processo eleitoral, o ex-prefeito afirmou que Bolsonaro não está preocupado em combatê-las porque não quis assinar o protocolo ético proposto pelo petista. “Se o Bolsonaro estivesse interessado em afastar as mentiras da Internet, teria aceitado assinar o protocolo ético. Como vêm dele as mentiras, não vai assinar protocolo nenhum. Ele vai seguir atacando, como tem acontecido com a Manuela. Ela tem sofrido diariamente com isso. Ele não tem interesse em assinar porque só cresce na mentira, não cresce na verdade”.

Haddad espera que Bolsonaro participe dos debates para que os brasileiros possam ter mais clareza sobre as candidaturas que estão em jogo.“Espero que ele compareça. O segundo turno é para você comparar os dois projetos escolhidos pela população para um confronto democrático. Eu nunca fugi de um debate. Como ele tem dado entrevistas, creio que esteja em condições de debater. É o futuro do Brasil em jogo, o mundo inteiro quer saber o que vai acontecer no país.”

Com informações da Agência Reuters e do Portal Rádio Guaíba

Assista a entrevista completa:

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