Vice de Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão (PRTB) criticou o pagamento de 13º salário e de adicional de férias. Segundo reportagem da revista Veja, as declarações foram feitas em uma palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, nessa terça-feira (25).
Pelo Twitter, Bolsonaro desmentiu o general algumas horas depois que a declaração foi divulgada pela mídia.
O militar chamou os direitos trabalhistas de “jabuticabas” e defendeu uma “implementação séria da reforma trabalhista”.
“Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada doze, como é que nós pagamos treze? É complicado, e é o único lugar em que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no Brasil. São coisas nossas, a legislação que está aí, é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo”, disse Mourão.
O vice de Bolsonaro criticou o pagamento de imposto sindical, extinto pela reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em 2017. “Sabemos perfeitamente o custo que tem o trabalhador essa questão do sindicato, do imposto sindical, em cima da atividade produtiva, é o mais custo que existe”, disse Mourão.
O general também defendeu um ajuste fiscal com “disciplina fiscal”. “Terá que ser produzido um ajuste fiscal, se não for produzido um ajuste fiscal o governo vai fechar. Isso vai importar em sacrifício de toda ordem, quem está dizendo que vai ser anos maravilhosos logo no começo está mentindo escandalosamente para a população”, afirmou ele, que propôs “enxugamento do Estado”, “liberalização financeira”, “desregulamentação”, abertura comercial e revisão progressiva de desonerações.
Elena says:
E por que ele não critica o recebimento de pensão vitalícia pelas filhas solteiras de militares, apesar de estarem “casadas” em união estável para não perderem a boquinha? Isso ele não critica, né?
Regina Di Ciommo says:
Olha só a opinião inteligente do general. Como será que ele pensa que o comércio vai sobreviver se não houver 13o do trabalhador no final do ano? E será que políticos, juizes e ministros vão abrir mão do 14o?
Charles Chaves says:
Isso vindo de um milico é a coisa mais cínica do mundo. Esses caras tem uma visão totalmente tacanha a respeito do estado, estado é o povo e uma sociedade que não cuida de seu povo é e sempre será uma sociedade desequilibrada, injusta e atrasada
Zenio Silva says:
Claro que não, ele nan e doido!!!
Regina Maria de Souza says:
O general abriria mão do seu auxílio-moradia ou, se não mais recebê-lo (hum?!), do dos companheiros de armas da ativa? É o triplo do dos membros do judiciário, cerca de R$ 12 mil. Aqui em Brasília, quase todos os empregados e funcionários públicos trocariam, sem reserva, toda a sua remuneração pelo simples auxílio-moradia da oficialidade (e até mesmo pelo mais modesto auxílio dos membros do judiciário).