Em entrevista concedida à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o ministro do STF Luís Roberto Barroso afirmou que o STF funciona como uma “ação entre amigos”: “No Supremo, você tem gabinete distribuindo senha para soltar corrupto. Sem qualquer forma de direito e numa espécie de ação entre amigos”.
O ministro também afirmou que o impeachment contra a ex-presidenta Dilma Rousseff não fez bem para o Brasil. “A minha visão é que [com o impeachment] se interrompeu artificialmente um ciclo que deveria ter tido o seu curso natural […] O impeachment não fez bem ao Brasil. Criou um ressentimento e uma polarização que eu tenho a esperança que as eleições sejam capazes de cicatrizar. Houve também uma reversão de expectativas”.
Barroso classificou os dois anos do governo Lula como um momento venturoso para o Brasil. “Não sou analista político. Mas os dois primeiros governos de Lula foram momentos venturosos do Brasil, com crescimento econômico, inclusão social e aumento de renda”.
Questionado sobre um possível risco do golpe militar, o ministro afirmou não ver nenhum risco da volta do regime militar, mas afirmou que existem duas regras básicas para renovarmos o compromisso democrático: “A primeira: quem ganhar a eleição leva. E deve se respeitar o direito de a maioria governar […] A segunda regra: só é aceitável a maioria governar democraticamente. E, portanto, ela tem que respeitar as regras do jogo democrático e os direitos fundamentais de todos”.
Vagner Silva says:
Ministro poliana!