Brasil

Feita por telefone fixo, pesquisa que dá liderança a Bolsonaro reduz a presença das classes C e D.

A primeira pesquisa realizada após a agressão ao candidato Jair Bolsonaro foi divulgada hoje e dá a ele a liderança isolada, com 30% dos votos estimulados. Realizada pelo banco BTG/Pactual, a pesquisa traz em segundo lugar o candidato Ciro Gomes e, embolados em terceiro lugar, Fernando Haddad, Marina Silva e Geraldo Alckmin. Na intenção de voto espontânea, Bolsonaro aparece em primeiro lugar com 26%, seguido por Lula, com 12%.

O Instituto FSB, responsável pela pesquisa, informa que “entrevistou, por telefone, 2.000 eleitores com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação.”

Nocaute pediu a alguns especialistas em pesquisas de opinião pública para interpretar os resultados divulgados pelo BTG/Pactual. Os técnicos ouvidos foram unânimes em afirmar que toda pesquisa realizada por telefone reduz significativamente a representatividade do universo de eleitores, já que o uso de telefones fixos (utilizados para a consulta) tornou-se algo restrito a setores das classes A e B, enquanto as classes C e D utilizam majoritariamente telefones celulares. Estas, portanto, aparecerão de forma reduzida no universo pesquisado.

Um dos especialistas declarou ao Nocaute que, se a ordem fosse invertida – ou seja, se a pesquisa fosse realizada apenas com eleitores das classes C e D, usuárias de celulares – muito provavelmente Haddad estaria folgadamente acima de Jair Bolsonaro.

Outro ponto levantado: na pesquisa espontânea Lula aparece com 12% das preferências, a despeito da massa permanente de informações dando conta de que o ex-presidente não será candidato. “Seria o mesmo que alguém dissesse que gostaria de votar no Papa Francisco”, ressaltou um dos especialistas ouvidos.

Além de Bolsonaro, que subiu 4 pontos percentuais desde a última pesquisa, o único outro nome a crescer dentre os primeiros colocados foi Haddad, que subiu 2 pontos percentuais, apesar de ainda não ter sido anunciado como candidato do PT. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin estagnaram, e Marina Silva caiu 3 pontos.

Perguntados se votariam em Haddad, 63% dos eleitores de Lula dizem que “não votariam de jeito nenhum”, 32% afirmam com certeza ou que “poderiam votar”, e 4% dizem que “não sabem responder”.

Ainda com relação aos índices de rejeição, Marina Silva lidera com 64%, seguida por Geraldo Alckmin, com 61%. Em terceiro vêm empatados Henrique Meirelles e Fernando Haddad, com 52%.

Veja, a seguir, as tabelas da pesquisa.

 

 

 

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