Assim como no Brasil e no México, a medida de Mauricio Macri deve resultar em mais mortes e corrupção dentro da instituição.
Novidades da Argentina de Mauricio Macri. Como costuma acontecer em 96% das vezes que tem alguma novidade do Macri na Argentina, essa é preocupante. Ele decidiu que as Forças Armadas da Argentina vão fazer tarefas de segurança pública.
Há exemplos antecedentes. O México, por exemplo, há uns 15 anos colocou as Forças Armadas para combater o narcotráfico. Resultado número 1: além de ter uma polícia corrupta, agora tem parte de suas Forças Armadas também corrompida. Resultado número 2: uma média de 50 mil mortos por ano, mais do que a guerra na Síria.
Outro antecedente: nós aqui no Rio de Janeiro. A intervenção militar de Michel Temer conseguiu por um lado diminuir o número de roubos e duplicar o número de assassinatos. Quer dizer, os antecedentes não servem de exemplo para Macri.
Há um problema sério tanto no caso da Argentina quanto no brasileiro no uso das Forças Armadas para controle de segurança pública interna. No caso brasileiro é absolutamente ineficaz. No caso argentino o Macri pode mobilizar Exército e Marinha para reprimir manifestações e movimentos populares. A situação é muito preocupante.
Tanto Argentina quanto Brasil deveriam dedicar parte de seus esforços para uma coisa elementar chamada fronteira. A fronteira brasileira não é nem uma peneira, porque peneira retém alguma coisa. A fronteira brasileira é um corredor aberto para tráfico de armas e drogas, tudo que você possa imaginar.
Mauricio Macri, novidade dele é muito parecida com as de Michel Temer: são sempre muito ruins.
Confira a playlist do Eric Nepomuceno em nosso canal do Youtube:
