A Justiça alemã decidiu extraditar o líder independentista da Catalunha Carles Puigdemont por uso indevido de dinheiro público. Porém, o Tribunal de Schleswig Holstein rejeitou o pedido para mandá-lo de volta ao seu país de origem pelo crime de rebelião. Não está claro quando que o processo será concluído, ainda cabe um último apelo de Puigdemont ao Tribunal Constitucional contra a expulsão.
O ex-presidente regional da Catalunha é acusado pelo governo espanhol dos crimes de rebelião e de financiar com recursos públicos a tentativa de independência da Catalunha, que aconteceu em outubro de 2017. Em outubro de 2017, Puigdemont realizou um referendo referente a separação da Catalunha da Espanha. Na consulta popular, 90% dos votantes (2 milhões de pessoas, o equivalente a 43% do território catalão) foram a favor da independência.
Puigdemont foi detido na Alemanha, em 25 de março, após cruzar de carro a fronteira com a Dinamarca, voltando de uma viagem que fez à Finlândia. Em 4 abril, ele foi colocado em liberdade após pagar fiança de 75 mil euros (cerca de R$ 305 mil).
Para Puigdemont, a decisão da justiça alemã de não reconhecer o crime de rebelião é favorável a ele. “Derrotamos a principal mentira sustentada pelo Estado. A Justiça alemã nega que o referendo de 1 de outubro tratou-se de rebelião. Cada minuto que passam com nossos companheiros na prisão é um minuto de vergonha e injustiça. Lutaremos até o final, e ganharemos!”, escreveu no Twitter.
Referendo da Catalunha
Após o resultado do referendo realizado no dia 1° de outubro de 2017, onde 90% dos catalães votaram a favor da separação, Carles Puigdemont declarou independência e logo passou a ser perseguido pelo governo central de Madrid. Ele buscou refugio na Bélgica e foi preso na Alemanha enquanto viajava de carro. Seus aliados estão presos e são considerados presos políticos por parte significativa dos catalães.
Marcela Rodrigues says:
Merkel safada. Bando de lacraias!