Brasil

Com Echtegoyen, a ABIN está mais para Agência Brasileira de Incompetência


Na segunda-feira agora, Michel Temer disse que tinha absoluta convicção de que no dia seguinte, na terça a greve ia acabar e que voltaria a tranquilidade ao país. Imediatamente isso me deu a pronta convicção de que a greve não ia acabar na terça-feira e que tranquilidade é outro produto em falta.
Pelo menos enquanto ele estiver lá.
Aliás, tudo isso que aconteceu. Esse locaute, meio greve é um bom motivo para a gente pensar: até quando o Temer vai ficar. Que condição ele tem de ficar. Se ficar, mais do que nunca, é decorativo. E nas mãos de um Congresso cujo nível ético é abaixo de qualquer limite.
O que vai acontecer no Brasil.
Está bom, o Temer fica. E daí, faltam sete meses. E se o Temer sai, vem quem? Tudo é muito complexo. Na verdade, quem hoje manda no Brasil é o presidente da Câmara dos deputados, o presidente do Senado, aquele juiz lá de Curitiba e um general chamado Sérgio Echtegoyen que é quem tem o comando das operações que supostamente têm por objetivo liberar as estradas sem violência.
E quem é o Echtegoyen?
O chefe máximo da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). Uma das funções, por lei, da ABIN é detectar ameaças internas e externas da ordem democrática. O Serviço de Inteligência não soube detectar um negócio que está sendo anunciado desde outubro do ano passado. E que nos últimos vinte dias foi avisado diretamente ao gabinete presidencial.
Eles avisaram. Cuidado. Vai tumultuar tudo. Hospitais, transporte público, polícia, que já não é lá essas coisas, sem gasolina é o que? Nada.
General Echtegoyen, inteligência não é com ele não. Não é com ele mesmo. É mais pra Agência Brasileira de Burrice, de Inépcia, de Incompetência. Nesse quadro o que está faltando?
Aí vem o Raul Jungmann, ministro de Segurança Pública e como todo integrante do governo Temer, sem nem uma única e miserável exceção, não merece resquício de respeito, vem o empertigado e empinado Raul Jungmann e com cara de quem acredita no que está dizendo, garante que não há chance de intervenção militar.
Caramba. Meu deus.
Quer dizer, o Temer está convicto de que a greve vai acabar e não acabou. Vem esse Jungmann e diz que não há chance de ter intervenção militar.
Para mim essas chances aumentaram muito. Principalmente depois dele ter dito isso.

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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Certo. Agora o Nepomuceno fala que houve tentativa de golpe. Mas antes estava assanhado, dando a maior força a este movimento de locaute, na base do “bravos caminhoneiros”, “desmonte da Petrobrás” e outras coisas, torcendo pelo “quanto pior, melhor”, verdade? Sim, o governo leu mal e reagiu mal aos sinais da baderna que se montou para forçar uma intervenção. Só que reagiu bem, depois – antes tarde do que nunca. E não vai ter intervenção militar. De jeito nenhum. Os próprios militares – a maioria esmagadora e que está pronta para acabar com qualquer tipo de subversão à ordem constitucional, como quis fazer Dilma com aquele ensaio de “estado de defesa” que foi liminarmente rejeitado por eles, por inconstitucional – não querem disso. Não admitem isso. Não querem entrar nessa canoa furada outra vez. Não vão entrar nessa canoa furada outra vez. Ponto. Tem gente que quer? Claro. Tem doido para tudo. E tem doidos de direita que são ajudados por irresponsáveis de esquerda que querem ver o circo pegar fogo. Só que não vão ter esse gostinho. Ponto. Preocupem-se com uma estratégia decente para derrotar legal e democraticamente Bolsonaro nas urnas – este, sim, um aproveitador barato do caos, um perigo e uma ameaça à ordem, à inteligência e ao estado de direito.

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