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Temer torrou R$ 10 bi, botou o Exército nas ruas e o Brasil continua parado

A greve dos caminhoneiros continua pelo oitavo dia seguido nesta segunda-feira (28), apesar de Michel Temer ter anunciado medidas para acabar com a paralisação: a redução de 46 centavos do preço do diesel, o congelamento desse valor por 60 dias, a suspensão da cobrança de eixo suspenso, 30% dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento para caminhoneiros autônomos e o estabelecimento de uma tabela mínima de frete.
Segundo o portal G1, três entidades de caminhoneiros dizem que aceitam a proposta feita pelo governo para encerrar a greve. Elas afirmam que estão comunicando os grevistas sobre o fim do movimento.
Outras entidades e lideranças, como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e o Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos, não tratam a paralisação como encerrada. O dia amanheceu com rodovias bloqueadas em 14 estados do país e Distrito Federal.
O transporte está funcionando de forma parcial em algumas cidade, como São Paulo e Rio, e com 100% da frota em outras capitais, como Curitiba, Belo Horizonte e Recife.
Neste domingo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), descartou feriado e garantiu o funcionamento de serviços essenciais, mas disse que se a greve continuar não haverá combustível suficiente para que os ônibus rodem na terça-feira (29).
Em São Paulo, a USP e a Unicamp suspenderam as aulas. No Rio, não haverá aulas na rede municipal de ensino. Em BH, as aulas da rede estadual também não acontecerão.
Em ao menos 13 estados não há aula nas universidades federais: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Não haverá aula na rede estadual de ensino em três estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe) e também no Distrito Federal.
Tribunais também suspenderam suas atividades pelo Brasil ao longo da última semana por conta da dificuldade de locomoção gerada pela greve.
O reabastecimento dos postos ainda não foi normalizado. Em diversas cidades pelo país há filas nas poucas bombas que ainda possuem combustível. Mesmo onde a mobilização foi encerrada, a oferta nos postos deve levar cerca de uma semana para ser normalizada, como em Alagoas.
Os mercados e feiras também devem levar algum tempo para retomar a oferta normal de alimentos nos lugares em que o tráfego já foi liberado.
O abastecimento de carne de aves e suínos pode demorar até dois meses para se normalizar depois que for encerrada a greve, segundo os produtores. Nos lugares onde ainda há itens frescos, o preço aumentou.
Uma carta assinada por 106 hospitais privados em todo o país informou não ser mais possível garantir o cuidado a pacientes a partir desta segunda-feira (28) se a paralisação continuar.
Os hospitais e unidades de saúde públicos já sofrem com falta de combustível e materiais, o que causa cancelamento de cirurgias agendadas e outros atendimentos.
Desde o início do dia, 8 dos 54 aeroportos administrados pela Infraero ainda estavam sem combustível. São eles: São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Teresina (PI).
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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Perdão, mas o Fernando Morais não disse que mesmo isto sendo um locaute ele daria força, apenas para derrubar o governo Temer? Portanto, se o que ele coloca neste post é verdade, então ele não deveria estar reclamando, mas sim celebrando. Ou não?

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