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Damous estreia no Nocaute: "Alteração diária no preço do combustível é algo absolutamente inaceitável".

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) passa a publicar semanalmente no Nocaute, e já começa pondo os pingos nos ‘is’: “alteração diária no preço do combustível, que ocorre de acordo com a oscilação do dólar, é algo inaceitável. É preciso investigar essa história a fundo, isto está me cheirando corrupção “da grossa” no seio da Petrobras, patrocinada por esse Pedro Parente e pelo governo golpista que lá o colocou.

Nos governos Lula e Dilma, a Petrobras tornou-se um instrumento poderosíssimo de desenvolvimento econômico e social. Ela deixou de ser uma mera empresa de extração de petróleo e transformou-se na linha mestra de uma política de desenvolvimento econômico e social.
Transformou-se em uma das maiores empresas do mundo.
Depois da descoberta do pré-sal, que se deu em 2006 graças ao talento da engenharia brasileira, os “olhos de abutres” do capitalismo financeiro internacional e das petroleiras estrangeiras, se voltaram para o Brasil.
Isso explica o golpe de estado de 2016, que depôs a presidenta Dilma Rousseff.
A cereja no bolo foi o processo de desmoralização da Petrobras com as acusações da existência de corrupção em seu âmbito – que a chamada Operação Lava Jato alardeou – em uma história até hoje absolutamente mal contada.
E isso serviu de justificativa para o desmantelamento da Petrobras e do seu entorno. As empresas que com ela mantinham contratos foram acusadas da prática de corrupção. A engenharia nacional foi demolida, algumas dessas empresas concorriam com multinacionais americanas, e em território americano, foram destruídas e hoje o que estamos vendo é o sucateamento da Petrobras.
Isso explica também o que está acontecendo nessa greve de caminhoneiros.
Se colocou à frente um verdadeiro criminoso, um irresponsável, um tucano de baixíssima plumagem, chamado de Pedro Parente.
Essa história de alteração diária no preço do combustível, que ocorre de acordo com a oscilação do dólar, é algo absolutamente estapafúrdio e inaceitável. É preciso investigar essa história a fundo, isto está me cheirando corrupção “da grossa” no seio da Petrobras, patrocinada por esse Pedro Parente e pelo governo golpista que lá o colocou.
Sobre a greve em si, algo preocupante. Porque lideranças de caminhoneiros indo às portas do quartéis pedindo intervenção militar, isto não é coisa de liderança de movimento sindical.
Essa turma tem que ser isolada.
O que nós temos visto por aí é o país semi-paralisado, aviões que não decolam, barcos que não ganham os mares, não ganham as baías transportando passageiros, ônibus que não circulam. Tudo isso por falta de combustível.
E por falar em combustível, estão colocando mais lenha na fogueira com a adesão dos Petroleiros a essa greve dos caminhoneiros. Obviamente a Globo, e seus satélites aqui no Brasil, já começam a pintar um cenário de crise, de ameaça a democracia, insinuando a necessidade de intervenção dos militares para pôr ordem na casa.
Esse filme nós já vimos e não queremos assistir de novo.
Mais Nocaute:

Reivindicação central dos caminhoneiros deveria ser "Fora, Pedro Parente"

Petroleiros param na quarta, por soberania nacional e pela cabeça de Parente

Os Bodes – 166: Governo neoliberal


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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Dahmous parece viver em realidade paralela, já que: 1) Não haverá mais aumentos diários, mas através de média móvel; 2) Ele, que tanto habita as redes sociais, já deveria ter visto que os caminhoneiros e os seus simpatizantes não querem se associar à CUT de forma alguma, pelo que a cantilena de juntar a greve dos caminhoneiros e esta que se propõe não é pauta aceitável nem por aqueles e nem pela sociedade na sua quase maioria, quer se goste disso ou não; 3) Eke deveria estar mais preocupado – como qualquer democrata, de qualquer matiz – em expor e combater não somente o locaute que está por trás desta “greve” dos caminhoneiros e baderneiros de direita nela infiltrados como, ainda, a exploração dela feita pelos bolsonaristas, verdadeiro perigo para a sociedade como um todo. Mas, pelo visto, ele insiste neste conversê que remete aos anos 50…

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