Brasil

Frias corrige notícia sobre uso de carros da Folha pela ditadura

Prezado Fernando Morais
Em nota recente que envolvia meu nome, seu blog fez menção às acusações de que veículos da então Folha da Tarde, pertencente ao Grupo Folha, teriam sido usados pela repressão à guerrilha no começo dos anos 70.
Em 2011, solicitei que uma pesquisa exaustiva fosse realizada para esclarecer o episódio. Seus resultados constam do livro “Folha Explica a Folha” (2012; págs. 49 a 61), da jornalista Ana Estela de Sousa Pinto.
Não foram encontrados registros que comprovem essa utilização nem nos arquivos da ditadura, nem nos jornais clandestinos mantidos pela luta armada na época. A acusação se baseia no depoimento de dois militantes presos que afirmaram ter visto veículos do jornal no prédio do DOI-Codi (Vila Mariana, SP).
Os atentados terroristas contra veículos da Folha, praticados pelo grupo ALN, ocorreram quatro dias depois da morte pela repressão do guerrilheiro Carlos Lamarca no interior da Bahia, sugerindo que o motivo do ataque foi a cobertura, bastante hostil, que a Folha da Tarde fez daquele fato.
A Folha sempre afirmou que, se a cessão de veículos ocorreu, foi de forma episódica e sem conhecimento nem autorização de sua direção.
Agradeço se esta versão for também publicada em seu blog.
Obrigado,
Otavio Frias Filho

Notícias relacionadas

  1. Avatar

    Bom jornalismo é isso; dar publicidade aos vários atores da notícia, indiferente de ser verdadeira ou não a fala do ator.
    A Folha poderia aprender isso com o Nocaute.

  2. Avatar
    Alberto Bayón says:

    Nenhuma empresa ajudou a patrocinar o golpe. Nem a Folha, nem a Ultragás, nem a Volkswagen, nenhumazinha. Quem articulou a ditadura militar no Brasil foram Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente e um bando de ogros e duendes sádicos e torturadores.

  3. Avatar
    Wagner Martos says:

    Prezado Fernando Morais
    Em nota recente que envolvia meu nome, seu blog fez menção às acusações de que eu escrevi um editorial dizendo que a ditadura civil-militar não foi uma terrível e sanguinária ditadura mas sim uma “ditabranda”.
    Em 2018, solicitei que uma pesquisa exaustiva fosse realizada para esclarecer o episódio. Seus resultados não constam do livro “Folha Explica a Folha” (2012; págs. 49 a 61), da jornalista Ana Estela de Sousa Pinto.
    Não foram encontrados registros que comprovem a existência desse editorial em nossos registros, nem nos arquivos da ditadura, nem nos jornais clandestinos mantidos pela luta armada na época. A acusação se baseia no depoimento de dois militantes presos que afirmaram terem lido o jornal, logo pela manhã, sentados confortavelmente numa mesa onde farto café era servido aos hóspedes nas dependências do DOI-Codi (Vila Mariana, SP).
    Lembro, ainda, que atentados terroristas contra veículos da Folha, praticados pelo grupo ALN, ocorreram quatro dias depois da morte pela repressão do guerrilheiro Carlos Lamarca no interior da Bahia, sugerindo que o motivo do ataque foi a cobertura, bastante honesta, correta e sem nenhum viés de apoio ao assassinato do referido guerrilheiro, que a Folha da Tarde fez daquele fato.
    A Folha sempre afirmou que, se esse editorial fora escrito, não o fora com conhecimento ou autorização de sua direção.
    se existiu, tal editorial se enquadra na categoria dos fake-editorial-news.
    Agradeço se esta versão for também publicada em seu blog.
    Obrigado,
    Otavio Frias Filho

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *